| 𝑰𝒔𝒍𝒂 - 𝑱𝒂𝒔𝒑𝒆𝒓 𝑾𝒊𝒕𝒉𝒍𝒐𝒄𝒌 |
Isla passou por dois enormes traumas em menos de um ano, a morte da irmã mais velha, e o abandono da mãe. Sem ter mais condições de permanecer em sua cidade natal, ela e o pai se mudam para a cidade mais...
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O resto do final de semana seria composto por, basicamente, pesquisas na internet.
Me sentia levemente lunática ao cogitar as hipóteses que rondavam minha cabeça. Eu, uma bruxa? Como Sarah Good da lenda? Bem, eu tinha o mesmo sobrenome, mas existem muitos Goods no mundo, não era tão incomum. E meu outro questionamento era ainda mais absurdo, ainda que fizesse sentido: os Cullen seriam vampiros?
Por mais que estivesse cética em relação a ambas as teorias, cada vez que eu mexia algo de lugar, ou mudava cores de roupas, com a força do pensamento, isso se provava bem mais real. E se eu realmente fosse alguma parente distante – extremamente distante – de Sarah? Certo, eu devia mesmo estar ficando louca.
Depois de horas trancada no quarto em pleno domingo, lendo sobre lendas quileutes, não pude deixar de lembrar de Bella, que sempre acreditou em todo tipo de história – eu sempre fui a cética da família.
"– Por favor, Bella, você precisa parar de dar ouvidos as lendas! – Eu ria de sua cara apavorada.
Eu tinha 14, e Bella 16, ainda assim, minha irmã se apoiava em mim em muitos aspectos. Éramos o pilar uma da outra, Isabella era minha modelo, minha heroína, e eu era seu cristal, sua pequena irmãzinha que a seguia para todo lado. Além de irmãs, éramos melhores amigas.
– Eles contaram de uma forma muito convincente, Isla! – Bella tentou se defender, o que me fez rir ainda mais.
Ela estava apavorada com as lendas brasileiras que contaram na escola hoje. Havia uma intercambista em sua sala, e ela disse que essas lendas eram chamadas de lendas folclóricas – o que quer que isso significasse. Bella estava apavorada com um garoto que tinha os pés ao contrário.
– Bella, relaxa, apenas não vá ao Brasil. – Coloquei a mão em seu ombro, tentando não rir, e falhando miseravelmente. Bella me olhou, fingindo irritação.
– Divirta-se com meu sofrimento, sua ingrata. – E rimos juntas. "
A memória me fez sorrir, e, caminhando pelo quarto, encontrei um dos livros de Bella: Romeu e Julieta. Eu não era a mais romântica das garotas, deixava essa parte para Bella, nossas conversas de madrugada eram sempre voltadas a isso.
Éramos confidentes acima de tudo.
"– Me conte mais sobre o garoto novo. – Disse rindo, deitando ao lado de Bella.
Eu tinha 15, e Bella 17, eram por volta de 2:00 da manhã, e nenhuma de nós havia dormido ainda. Então, quando isso acontecia, deitavamos juntas na cama de uma de nós e contávamos nossos maiores segredos.
– O nome dele é Beauford, – Fiz uma careta, e ela riu – não olhe assim! Isla e Isabella também não são os mais normais!
– Pelo menos nós combinamos né... – murmurei, e nós rimos em seguida.
