「 capítulo dezesseis 」

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Encarei o rosto de Jasper a minha frente, que parecia estranhamente tranquilo, enquanto o meu delatava pavor – já que sabia exatamente o que poderia acontecer se meu pai visse um rapaz desconhecido em minha cama

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Encarei o rosto de Jasper a minha frente, que parecia estranhamente tranquilo, enquanto o meu delatava pavor – já que sabia exatamente o que poderia acontecer se meu pai visse um rapaz desconhecido em minha cama.

Jasper era lindo demais para morrer.

Antes que eu sequer piscasse, porém, o Withlock depositou um beijo em minha testa, correndo janela a fora com a supervelocidade vampírica – ele poderia me carregar e correr daquele jeito? Anotei a pergunta mentalmente.

Logo Charlie bateu em minha porta, e, envergonhada por poucas horas antes, ter pensado em deixá-lo, abri a mesma encarando o chão.

– Isla, se sente melhor? – A preocupação dele ainda me dava vontade de chorar.

Charlie era o melhor pai que qualquer pessoa poderia querer. Eu não o merecia de forma alguma.

Ah, sim pai, acho que foi só um resfriado rápido por causa do tempo. – Falei, me virando e retornando a onde estava minutos antes, ajeitando-me nos cobertores novamente.

– Aqui chove bem mais que em Manchester, não é? – Ele brincou, enquanto entrava no quarto e se sentava na borda da cama.

– Com certeza. – Respondi, tentando dar um leve sorriso.

Meu pai passou a mão pelos meus cabelos devagar, com um olhar nostálgico.

– Isla, minha menina, eu estou tão orgulhoso de você. – Aquilo realmente me pegou de surpresa.

– Está? – Ele sorriu, com os olhos marejados.

– Mas é claro! Eu não consigo imaginar como deve ter sido pra você tudo aquilo, principalmente quando ela foi embora, – Falar o nome de Renée era quase proibido, um combinado silencioso entre nós – mas eu vejo que está melhorando, saindo com seus novos amigos, conversando mais e voltando a ser minha garotinha. – Ele riu – Eu estou muito orgulhoso de você, Isla.

Não me preocupei em segurar as lágrimas.

Meu pai e eu não éramos do tipo que falavam "eu te amo" a cada segundo, nos entendiamos bem daquela forma, pequenas atitudes demonstravam nosso afeto. Entretanto, saber que ele notara as pequenas mudanças – e gostava delas – era muito importante pra mim. Só não sabia se ele ainda iria gostar quando soubesse que, em maior parte, essas mudanças foram causadas por um texano loiro.

Me sentei, abraçando meu pai com toda a força que tinha.

– Eu te amo, pai. – Meu pai apertou o abraço, depositando um beijo em minha cabeça.

– Eu também te amo, minha criança.

Poucas lágrimas depois, e meu pai saiu.

Deitei-me novamente, exausta. Aparentemente, emoções demais de uma vez acabavam com o corpo de alguém. Alguns minutos depois, pude ouvir uma movimentação no quarto, e, olhando para a janela, notei uma silhueta feminina me observando.

Isla - 𝒋. 𝒉𝒂𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora