「 capítulo vinte e cinco 」

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Mesmo na escola – uma semana depois do episódio em meu quarto –, a sombra estava lá

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Mesmo na escola – uma semana depois do episódio em meu quarto –, a sombra estava lá.

Nas janelas, nos espelhos, em todo lugar reflexivo, eu via a mulher de olhos escuros. Em casa, eu evitava passar perto dos espelhos, era perturbador vê-la atrás de mim, me encarando nos olhos. Sua face era intimidadora.

Às vezes, meu grimório abria em momentos aleatórios do dia, sempre na mesma página escrita em vermelho; uma magia oculta. Entretanto, eu sequer lia qual feitiço era, Elizabeth havia dito para ser feito apenas se extremamente necessário, o que não era o caso – a assombração entenderia isso em breve e me deixaria em paz, certo?

Eu torcia que sim.

Naquela manhã, eu me concentrava em manter meu olhos no caderno, receosa de encarar qualquer vidro, onde veria aquela mulher novamente. Seria um sinal de que, finalmente, todas aquelas informações jogadas para mim durante esses dias, estavam me enlouquecendo?

– Isla, o que foi? – A voz de Edward me despertou.

Edward era o meu Cullen favorito – após Jasper –, já que o mesmo se mantinha em silêncio na maior parte do tempo, ainda que, nas poucas vezes que conversamos, ele se mostrou um conhecedor de diversas áreas.

Edward era legal, geralmente.

– Eu não sei ao certo, – Suspirei baixo, encarando o acobreado com receio – você promete não me achar louca? – O telepata apertou os lábios, rindo.

– Claro, pseudo-cunhada. – Brincou ele, enquanto revirava meus olhos.

– Eu estou tendo alucinações. – Sussurrei, e ele estreitou os olhos em minha direção.

– Está traumatizada com a história de Jasper? Bem, eu não te culpo, mas... – Eu o interrompi.

– Não é isso! Cada vez que olho para um vidro, ou espelho, vejo uma mulher poucos anos mais velha – Expliquei –, ela está sempre me encarando, parece impaciente.

Edward pensou por um momento, e eu resolvi manter os episódios com o grimório apenas para mim. Era assustador saber que o livro de Elizabeth se abria para fantasmas.

– Vá para nossa casa hoje, ligaremos para Carlisle e você contará isso – Edward decretou por fim –, ele saberá o que fazer.

Me perguntei até que ponto iria a confiança de todos os Cullen com Carlisle.

Equivocadamente, olhei para a janela, e a sombra estava lá. A mulher estranhamente familiar ergueu uma das sombrancelhas, cruzando os braços.
Diferente das outras vezes, encarei o olhar escuro dela, determinada. Aquele fantasma tinha que ir embora.

A mulher apontou para si mesma, e fez um V com os dedos.

Isla. – O sussurro apareceu novamente – Isla Good...

Isla - 𝒋. 𝒉𝒂𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora