two

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— Seulgi certo? Essa era a voz de joohyun, que naquele momento tocava o ombro da mais nova levemente.

Elas tinham marcado de se encontrarem em uma das laterais da escola, apenas algumas pessoas passavam por ali naquele momento.

— sim, sou eu... Disse a maior desviando o olhar para a voz que falava com ela. — uau, minha namorada é muito gata. Soltou uma risada.

— é uma pena que não posso dizer o mesmo. Brincou Joohyun

— nossa Hyun, assim você me magoa. Fez um biquinho inocente.

— okay, vamos estabelecer algumas regras. Começou Hyun. — nada de toques bobos, beijos e apelidos como 'Hyun'.

A outra abriu a boca para tentar contestar, mas foi cortada.

—Você pode me chamar de Irene. Você sabe que precisa me pagar, então vão ser cinquenta pratas por dia.

— sem toques, sem beijos, sem apelidos. Listava Seulgi em seus dedos. — quem vai acreditar em um namoro assim Hyun? Perguntou

— eu não disse sem toques, disse sem toques bobos. Já ouvi muita coisa de você Seulgi.

— se ouviu já deve saber o quanto eu sou boa no que faço. Insinuou a mais nova, aproximando um pouco mais os corpos.

— okay, sem álcool, sem cigarros.. listava agora a mais velha. — e sem mais tudo de errado que você faz.

— olha, você é uma chata. Se a gente não vai fumar o que vamos fazer pra nos distrair?

— tá bom Seulgi. Você trouxe o dinheiro?

— sim, aqui está. Tirou do bolso da calça o valor estipulado pela mais velha.

— obrigada. Eu pensei que a gente poderia começar com olhares bobos e conversas que não acabam mais.

— eu te paguei cinquenta pratas pra você ser minha psicóloga?

As duas riram.

— é sério que eu não posso beijar você?

— acréscimo de Vinte pratas pra cada beijo.

— e por que você está se alugando? Precisa de dinheiro para pagar a faculdade ou algo clichê assim?

— na verdade é um clichê sim, mas isso não é da sua conta. Sem perguntas intimas Seulgi-si.

— me chama de Seul.

As duas caminharam em direção a porta da escola agora, atraindo olhares dos alunos, inclusive Sunmi. Que poderia estar com ciúmes, mas Seulgi não saberia dizer.

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— então, me explica de novo por que você quer fazer ciúme em uma mulher casada?

Joohyun se sentou ao lado de Seulgi, na mesa do refeitório em que estavam agora.

— "sem perguntas intimas" só vale pra você?

— sim, só vale pra mim. Aliás eu preciso saber da história, não acha?

— tá bom. Eu conheci ela por um amigo, ele comprava drogas dela então eu quis experimentar também. Por sorte nós viramos amigas e eu pude experimentar o maravilhoso corpo que ela tem, mas nunca passou de uma amizade colorida, nós nunca chegamos a namorar.  Seulgi contou.

— nossa que história comovente. Você quer fazer ciúme em uma pessoa que só usava você.

— basicamente. E você? Por que criou um app de namoro?

— bom eu preciso de dinheiro e você aparentemente é uma garota rica que pode pagar.

Era uma verdade, Kang Seulgi era a filha do diretor, o famigerado clichê que envolvia uma filha sabendo os segredos de seu amado pai.

O senhor Kang tinha uma família fora do casamento, uma filha de cinco anos e uma amante de longa data. Conheceu a mulher na faculdade e tiveram um caso de inicialmente dois anos, mais dois anos separados e eles se encontraram mais uma vez, pouco tempo depois nasceu a criança ilegítima.

Seulgi descobriu toda história fazia três anos, e como não ligava para absolutamente nada além de si mesmo, começou a chantagear seu pai. Sempre achou que sua mãe sabia sobre o tal caso, mas ela não conversaria sobre isso, elas sempre tiveram uma relação difícil, a mulher tinha seu filho favorito e não era Seulgi, era Minho, seu prodígio mais velho que cursou direto e agora era um advogado de Respeito, sua mãe sempre se orgulhou de Minho e sempre deixou claro que odiava o comportamento de sua mais nova e não tinha paciência com ela. Sua mãe não sabia de toda a história com Sunmi, mas sabia sobre o envolvimento de sua filha com as drogas (agora ela estava tentando mudar) sempre achou que sua filha era um caso perdido.

— sim, eu sou rica e problemática.  Mas e você? Não vai contar sua história?

— o que há pra contar? Eu sou pobre e inteligente. Riu das próprias palavras.

Joohyun morava em uma pequena casa de três cômodos com sua avó materna e sua irmã mais nova, Yeri. Não conhecia seu pai e sua mãe? Bom, só Deus sabe onde ela estava. A Bae mais velha tinha dificuldade na fala, então se comunicava pouco, agora sua visão também estava debilitada, mas era reversível, uma cirurgia de aproximadamente dez mil dólares, dinheiro que Joohyun obviamente não tinha. Mas Joohyun era de fato muito inteligente, e nas horas vagas criava alguns aplicativos, apenas por esporte. Teve a ideia de fazer um "namorada de aluguel" e por sorte Seulgi descobriu o aplicativo.

— mas então o beijo é mais vinte pratas né? Seulgi se aproximou sacana já ameaçando tirar uma nota do bolso.

Joohyun, por instinto, afastou a cadeira que estava pra trás.

— eu não trouxe. Mas eu posso fazer isso amanhã. Sorriu

Joohyun sorriu também.

"Tá bom ela é um problema muito fofo"    Pensou.

Girlfriend for Hire - SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora