Girlfriend for Hire - Seulrene

Eighteen

- Seulgi, Seulgi. - Dara se aproxima da porta do quarto da mais nova, empurrando-a para adentrar no quarto

- O que você quer? - Seulgi não estava com paciência aquele dia e seria péssimo ter que conversar (ou brigar) com aquela mulher hoje.

- É assim que você trata a mulher que te aturou todo esse tempo?

- Eu tenho que te agradecer por fazer um péssimo papel de mãe pra mim?

- Seulgi, eu estou muito intrigada com uma coisa. Uma pessoa na verdade, Joohyun. Eu percebi que você anda muito feliz por causa dela.

- Isso deve realmente te deixar muito triste.

- De fato, sua felicidade me deixa muito triste.

- Sinto muito, mas isso não vai mudar.

- Joohyun sabe de todos os problemas que você se envolve?

- Ela sabe tudo sobre mim. - Era mentira, mas ela não iria dar esse gostinho pra sua 'mãe', então se manteve confiante na resposta.

- Isso só prova o quanto você é má influencia onde passa, conseguiu corromper até ela. Parabéns.

Seulg revirou os olhos para a mulher, ignorando sua presença e voltando a usar o aparelho celular.

- Não revire os olhos pra mim, infeliz. - A mulher pegou agressivamente o celular das mãos da garota e jogou no chão com força.

Seulgi olhava perplexa o chão onde o aparelho estava.

- Você é louca? Quebrou meu celular!

- Celular que meu marido te deu!

- Que é meu pai!

- Foi isso que ele disse pra você? Acredita mesmo que a sua mãe só tinha um homem? Ela era prostituta, Seulgi. Sua mãe era uma vadiazinha barata de esquina.

Era mentira, mas Seulgi não sabia muita coisa sobre sua mãe além do que seu pai havia lhe dito há alguns dias atrás, ela não poderia afirmar se aquilo era verdade ou não.

- Cala a boca! - Sendo verdade ou não, Seulgi não queria ouvir aquilo sobre uma mulher que ela nunca teve o direito de conhecer.

Mas Dara queria um motivo para brigar, ela sempre queria. Sempre que se estressava com alguma coisa na escola, algo relacionado ao seu filho ou seu trabalho (uma lojinha de roupas sem muito sucesso) ela descontava toda sua raiva em Seulgi.

- Não fale assim com a mulher que te deixou viver nessa casa todo esse tempo, ou você acha que está aqui por causa do Daniel? Se fosse assim a outra filha dele também estaria não acha?

- Eu odeio você. - Seulgi se levanta da cama e pega o aparelho que ainda estava no chão. Quando se abaixa e fica de costas para a mulher, sente uma dor aguda nas costas. A mulher emburra a garota ao chão com toda força que conseguiu, usando sua sandália Anabela.

- Eu quero você fora da minha casa, ou vou dar um jeito em você igual fiz com sua mãe. - É o que ela diz se virando em direção a porta do quarto.

Quando se virou percebeu que as duas não estavam mais sozinhas na casa. Daniel estava bem parado na porta de Seulgi, vendo tudo o que acontecia.

- O que você fez com a Jihyo? - o homem interroga.

A garota que estava tentando se levantar do chão mas só conseguiu se sentar graças a dor que ainda era forte, ouvia uma voz masculina e se virou para encara os dois agora. Logo foi possível ver um tom de roxo no rosto da mais nova, causado pelo impacto no piso do quarto, havia também um corte em sua boca que não era tão profundo e ao olhar sua filha daquele jeito o homem ficou assustado. Ele não sabia se seguia a pergunta ou socorria a garota.