— Senhora Kang?
Um homem fardado confirma a identidade da mulher a sua frente assim que a mesma abre a porta.
— Sim? — A mulher responde meio desconfiada.
— A Senhora está presa pelo assassinato de Park Jihyo há dezenove anos atrás, e por agressão a sua filha, Kang Seulgi.
O homem colocava as algemas nas mãos da mulher, enquanto continuava sua fala
— A Senhora tem o direto de permanecer calada, tudo que disser pode e vai ser usado no tribunal, a senhora tem o direto de um advogado.
A mulher não entendia o que estava acontecendo, mas não se abalou, ela tinha o apoio de seu filho, e sabia o quanto ele era bom em tudo que faz.
FLASHBACK ON
dois dias atrás
Minho olhava sua mãe sentada na mesa da cozinha aproveitando seu café da manhã, tentava disfarçar o máximo seu descontentamento pelo que ouviu sua mãe dizer há uns dias atrás, quando estava bêbada. A mulher parecia bem, feliz, apesar de estar se divorciando de um casamento de longa data, ela parecia tranquila e feliz.
O Kang mais velho pôs o celular em cima da mesa e junto com seus braços, que agora estavam ambos deitados também sobre a mesa. O rapaz ainda olhava atentamente sua mãe enquanto ela terminava de tomar seu chá gelado.
— Mãe? — Chamou em tom baixo.
— Sim, meu amor. — A mulher transpareceu um sorriso ao olhar seu precioso filho.
— Eu tenho uma pergunta.
— Qualquer coisa meu filho. — O sorriso continuava em seu rosto.
— Na noite em que eu cheguei a senhora me disse umas coisas estranhas.
— Como o que?
— Disse que matou a mãe da Seulgi, isso é verdade?
A mulher deixou o sorriso em seu rosto desaparecer assim que ouviu o nome da Kang mais nova.
— Sim, e eu tenho orgulho disso. — A mulher não demostrava remorço algum em suas palavras, e esse fato deixou Minho extremamente irritado.
— Orgulho? — Ele tentou ao máximo não deixar sua raiva transparecer nas palavras.
— Só uma coisa deu errado, Seulgi deveria ter morrido, esse era o plano. Tudo começou a desandar por causa daquela drogada infeliz. Se dependesse de mim ela apanharia até a morte.
Minho pegou o celular de cima da mesa, olhando a tela, parecia estar se certificando de algo, mas a mulher não percebeu. Ela estava ocupada demais sentido ódio de Seulgi e sua mãe para se tocar que estava falando com um advogado, pra ela seu filho sempre estaria ao seu lado, então não era um problema contar a verdade sobre tudo que ela queria fazer com Seulgi.
Seu filho ouviu todas aquelas palavras tentando diagnosticar que tipo de doença mental sua mãe poderia estar sofrendo naquele momento, pra que tanto ódio por uma garota que não fez nada pra ela? Minho se lembrava das palavras de sua irmã e assim ele se desligava da voz de Dara e focava no que tinha conversado com Seulgi.
Sem dizer nada, pegou o celular e subiu para o quarto, já tinha tudo que precisava. Sua mãe não entendeu o que aconteceu, mas continuou tomando seu chá gelado.
No quarto Minho só queria uma coisa, falar com Seulgi. Discou o número de Joohyun e esperou que sua irmã atendesse. Chamou uma, duas, três, dez, vinte vezes, nada. O que Seulgi estaria fazendo de mais importante que não poderia atender o telefone?
Mandou uma mensagem já com raiva.
"Seulgi porque não atente a droga do telefone, eu preciso te ver. Eu consegui Seulgi."
Algum tempo depois da mensagem, recebeu uma ligação da irmã.— O que você conseguiu?
— Garota onde você estava?
—Eu estava ocupada, desculpa. — Pôde ouvir a irmã sorriu do outro lado da linha.
— Me encontra na delegacia, agora.
E desligou o telefone, não queria mais esperar para entregar sua mãe, toda aquela situação era doentia demais, Minho não queria pensar sobre, ele precisava agir rápido. Sabia que se esperasse poderia hesitar, afinal aquela era sua mãe. Psicopata e assustadora agora, mas ainda assim, sua mãe.
Os dois estavam na delegacia agora. Seulgi e Minho sentados um do lado do outro esperando para entregarem sua mãe. Era uma situação triste para o mais velho, mas ele sabia que aquilo era a coisa certa a se fazer.
A princípio pensou em não se envolver, ele não queria se sentir mais culpado por sua mãe ir parar na cadeia, mas depois resolveu ser o promotor do caso, na verdade ele teve um grande incentivo de Seulgi.
Daniel soube de tudo um dia antes do mandado de prisão para Dara, os papéis do divórcio já estavam assinados e ele já não morava na mesma casa que a mulher. Depois de toda aquela confissão espontânea de Dara o homem percebeu que o ódio pela mulher crescia a cada dia que passava. A imagem da mulher chutando sua filha de uma forma tão cruel se repetia em sua cabeça todos os dias. Ele não suportava mais olhar para a mulher, então preferiu manter distância, decidiu que não complicaria as coisas, tirando a diretoria da escola e todo seu dinheiro, ele daria a mulher tudo que ela o pedisse, mas para sua surpresa ela apenas pediu a casa.
voltando para o dia que a mulher foi presa, agora temos uma Dara conformada dentro da sala de interrogatório. Sabia que o promotor faria algumas perguntas, mas estava disposta a mentir em todas as respostas até seu filho chegar e ajudá-la a sair daquele lugar horrível.
A porta se abre e a surpresa invade o rosto da mulher que antes estava perfeitamente tranquila.
— Minho?
— Peço que não me chame pelo nome por favor, hoje eu quero me chame pelo meu sobrenome. Serei o promotor desse caso e agora farei algumas perguntas.
O rapaz falava e sua mãe ainda mantinha o olhar incrédulo no rosto. Minho tira o aparelho de telefone do bolso e inicia uma gravação feita por ele dois dias atrás.
— A senhora confirma que essa é a voz da senhora?
Dara estava desacreditada.
— Filho, você me denunciou? — Havia lágrimas em seu rosto.
— Pela primeira vez na minha vida, eu sinto vergonha de ser seu filho. Você matou uma pessoa, e ainda machucou minha irmã por todos esses anos. É por isso que eu vou te colocar na cadeia agora. Então, por favor, só responda o que eu perguntar.
O rapaz dizia enquanto via lágrimas descerem pelo rosto de sua mãe.
Dara não poderia dizer o quanto estava decepcionada por seu filho não honrar os laços familiares. Como ele poderia achar aquela drogada problemática mais importante do que sua própria mãe? Agora sentia uma dor imensa atingir seu peito. Minho fazia perguntas, mas o som de sua voz estava cada vez mais longe dos ouvidos da mulher, enquanto a dor no peito só aumentava.
Acordou duas horas depois em uma cama de hospital e com uma algema prendendo-a na cama, havia tido um ataque cardíaco.
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Girlfriend for Hire - Seulrene
Fanfiction• Concluída • Seulgi estava em suas redes sociais quando recebe um link, completamente idiota, mas por tédio talvez ou apenas pura curiosidade, ela abre o app e se cadastra nele, recebendo logo em seguida uma ligação de Joohyun, sua mais nova namora...