Vidas Cruzadas | Spin-off Trilogia Amores

Bônus II - Beatrice e Dereck

Beatrice

Nunca imaginei que a palavra “achamos” fosse um dia tirar um peso tão grande das minhas costas. Quando Natacha me ligou avisando que Gregory estava na casa dela eu já senti que algo ruim iria acontecer, mas preferi espantar esses pensamentos e pensar positivo, só que mesmo assim não adiantou nada. Agora estamos aqui seguindo o caminho para a casa onde minha irmã, Madame e Rebecca estão presas, só peço à Deus que elas estejam bem e que nada pior aconteça.

— Você está bem? — Ethan me olha, de canto de olho enquanto dirigia por entre os carros.

— Sim, estou bem — bebo um pouco de água da minha garrafinha.

Respiro fundo pegando minha arma no coldre em minha perna, vendo se estava toda carregada, a devolvo na capa e observo o caminho. Assim que paramos em frente à casa ela é toda cercada pelos carros, alguns policias vão para o fundo e nos abaixamos assim que vimos a cortina se mexendo, o primeiro tiro é disparado em nossa direção e começa uma troca de balas intensa. Um dos policiais se prepara e uma bomba de efeito moral é jogada dentro da casa, assim que eles saem nós corremos para pegá-los, Marjorie corre rápido, mas eu fui mais.

— Aonde a mocinha pensa que vai? — chuto seu pé e ela cai, me abaixo para lhe algemar, mas ainda levo um tapa.

— Você não vai me prender tão fácil — sorriu.

A seguro pelo cabelo e viro seu rosto para o lado, com a perna consigo a virar de bruços, apoio meu joelho em suas costas, a imobilizando e prendo suas mãos para trás algemando seus pulsos. Faço sinal para um policial e ele prende seus tornozelos com outra algema, me levanto tomando fôlego e ela me fuzila com o olhar.

— Eu vou me vingar por isso, desgraçada — grunhi, ele a leva para o camburão.

— Precisamos saber onde elas estão agora — David fala quando entramos na casa, Thomaz já havia sido preso com Nathan, esse eu já sei que não dura muito tempo.

— Deve ter algum porão por aqui — bato o pé no chão, para ouvir algum barulho oco.

David vai para um lado e eu para o outro, quando chego na lavanderia tiro os baldes que estavam espalhados e só de pisar já senti alguma coisa de diferente, chamo por Becker e aponto para o chão. Andrew procura por uma fechadura e quando encontra uma argola, ele a puxa devagar revelando uma escada, eles descem primeiro e eu vou logo em seguida com Ethan e alguns policias. O lugar era escuro e assim que acendemos as lanternas vimos um corredor médio que levava à uma única porta, que é a que eles estão sem nenhuma dúvida.

— Corredores assim são um perigo, não tem para onde correr — Ethan sussurra em voz baixa.

— Vamos fazer assim. Jeremy vai na frente com o escudo balístico, David e Beatrice atrás, o Ethan e eu fica nos aqui — Andrew explica e concordamos.

Nos posicionamos e caminhamos em fileira até a porta, Jeremy rodou a maçaneta e o delegado Becker me olhou confuso, quando entramos vimos uma sala cheia de armas e caixotes fechados, nos aproximamos de outra entrada, mas essa estava trancada.

— Aqui é a polícia, a casa está cercada, vocês não tem como fugir — David informa, nos afastamos da entrada e ouvimos o destrancar da fechadura e Natacha fez sinal para entrar.

— Como você está solta? — entramos em outro cômodo, Gregory e Elaine estavam encostados na parede, amarrados com as cordas.

— Eu consegui me soltar — foi até Rebecca e Madame, ajudando elas a se levantarem — Marjorie, Thomaz e Nathan estavam aqui também.

— Já foram presos.

— Como se sentem? Pensaram que estariam milionários agora, né? — me abaixo, prendo as mãos de Gregory com a algema e David faz o mesmo com Elaine  — Quem é a delegadinha de merda agora, em? — dou um tapinha na sua bochecha.