XIV- Tarde Gostosa

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Orochimaru achou o quarto de Kabuto muito organizado para um adolescente. Talvez o tio não tivesse apenas brincando quando falou do esforço do jovem na arrumação.

Tinha alguns livros nas prateleiras e vários mangás. Muitos CDs de Rock, pôsteres do AC/DC nas paredes e diferentes action figures de heróis e personagens de mangá. A mesa do computador estava totalmente organizada. A janela tinha cortinas azul marinho, e as paredes eram num tom de azul bebê, cor que certamente fora escolhida por tia Konan. A cama era grande e confortável. Esticou-se nela e fechou os olhos enquanto Kabuto estava no banheiro.

Quando o jovem viu seu namorado deitado na sua cama não resistiu: deitou-se sobre ele e o beijou. Orochimaru, num movimento ágil virou-os, invertendo as posições, ficando entre as pernas do menor.

- Te desejo tanto quanto eu te amo, Meu anjo - sussurou o professor com voz rouca no seu ouvido, deixando uma trilha de beijos que desceu roçando pelo seu queixo até o pescoço - Isso não é pouca coisa!

- E...eu.. também. - gemeu o outro. E foi se deixando levar pelos beijos e mordidas suaves que Orochimaru deixava na pele sensível. Eram tantas sensações prazeirosas e desconhecidas, que o jovem sentia-se flutuar. As mãos do seu namorado acariciavam sua cintura e a lateral do seu corpo. Aquilo devia ser o céu...

- Ah, Kabuto, você me deixa louco! - esfregou sua pélvis mais forte no jovem - Sente isso?

- Hum... - gemeu - Não fiz nada. Estou aqui quietinho.... Vítima indefesa nas suas mãos... - sorriu completamente entregue.

- Kabuto - o tio chamou no corredor, quebrando o clima, fazendo com que sentassem na cama, tentando se recompor - Você e o Orochimaru querem banchá?

- Sim! - respondeu - Já vou pegar.

Respirou fundo, ajeitou como pode a camiseta e foi buscar o chá.

Chegando na cozinha, seus tios mal contiveram o ar de riso. Mesmo tentando se recompor, o jovem não percebera que estava despenteado, além da face rubra e os lábios vermelhos e ligeiramente inchados.

Tia Konan lembrou-se de quando era jovem, com os hormônios à flor da pele e o quanto Nagaro era tímido e gentil. Num flash recordou dos primeiros beijos e carícias afoitas e sorriu.

- O que vocês estavam fazendo? - perguntou Nagato com olhar sacana - Depois balançou a mão na frente do rosto - Não. Acho que nem quero saber. - e foi para a sala.

Tia Konan, no entanto, puxou-o para perto de si, bem no canto da cozinha e disse:

- Kabuto, sei que não é a hora, mas você... Você é virgem?

- Tia!!! - exclamou o jovem, com o rosto no mais forte tom de vermelho que já tinha ficado.

- Eu me preocupo com você. Sei que essas sensações são diferentes e agradáveis. Mas precisa se cuidar. Usar cami... - não conseguiu completar a frase, pois o rapaz colocou as mãos na sua boca, olhando para os lados.

- Tia, não vamos fazer nada... do que você está pensando... Pelo menos, agora! Ai, que vergonha!

Rapido, pegou a bandejinha com as xícaras de Banchá e estava voltando para o quarto, quando ela falou.

-Essa conversa não terminou!

Kabuto fingiu não ouvir e seguiu para o quarto, não sem ouvir uma risadidinha debochada do tio.

Quando entrou no quarto, a visão que teve parecia com um quadro de algum pintor famoso: Orochimaru estava sentado lendo, recostado na cabeceira da sua cama, com as pernas estedidas cruzadas, a direita sobre a esquerda. Ele tinha aberto a cortina e a janela, que era paralela com a cama, e um raio de sol contornava sua silhueta, dando lhe um ar quase sobrenatural. O cabelo longo caia em cascata de um lado do rosto, impedindo que o sol ferisse seus olhos. Como ele podia ficar ainda mais lindo numa pose tão casual?

Amado ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora