IX - Você quer namorar comigo?

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         Quando o carro parou na frente do pping, Kabuto sentiu aquele frio na barriga característico. Pagou o motorista, respirou fundo e entrou, indo direto à Praça de Alimentação, que já estava cheia naquele horário.

          Suas mãos suavam e seu coração estava acelerado. Depois de procurar um pouco, avistou o professor na fila da loja de uma franquia de lanches e sucos naturais. "Como é lindo!" Pensou e foi até ele, andando devagar, aproveitando para observá-lo, já que ele estava distraído. Mas quando foi chegando perto, parecendo sentir sua presença, Orochimaru se virou, e ao notá-lo, abriu um sorriso radiante, que fez o coração do jovem parar por um segundo, antes de acelerar o dobro.

          - Olá, Kabuto. - ele disse dando-lhe um beijo no canto da boca, que o fez corar e arrepiar - Gosta dos lanches daqui? - perguntou apontando o cardápio que tinha em mãos e se aproximando para que ele pudesse ler o cardápio consigo.

          - S... Sim... - gaguejou. A proximidade o deixava meio tonto...

         - Que tal esse? - apontou para um sanduiche com pão integral, peito de peru, queijo prato, cenoura ralada, alface e molho caesar.

         - E... está ótimo! - respondeu. A ansiedade lhe dava fome...

         - E suco? Qual?- perguntou o mais velho, com os olhos fixos no cardápio - Eu gosto de uva.

         - Abacaxi. Meu p... preferido. - respondeu. Detestava gaguejar daquele jeito, mas o olhar do professor sobre si, seu ombro colado nele, o perfume ... Eram muitas sensações ao mesmo tempo!

          Ficaram num silêncio confortável, enquanto esperavam na fila que ia diminuindo. Quando chegou a sua vez, Kabuto foi pegar a carteira na mochila, mas Orochimaru o impediu.

          - Deixa que eu pago. Eu insisto. - e tentou fazer uma expressão séria, mas Kabuto achou graça e começou a rir.

          - Ei! - disse dando um tapinha no ombro do rapaz - Qual a graça?

          Kabuto não conseguiu parar de rir. O professor pegou o ticket e saiu da fila, puxando Kabuto pelo braço, para o lado, pra esperar o lanche.

         Quando o jovem finalmente parou de rir, Orochimaru que olhava indignado pra ele, perguntou:

          - Do que estava rindo tanto?

          - Da sua cara séria... - começou rir de novo.

          - Que insolência! - disse fingindo-se ofendido. Pegou o seu lanche, Kabuto pegou o dele e foram procurar uma mesa.

          Sentaram e comeram em silêncio. Depois, Kabuto bebeu seu suco e ficou olhando as próprias mãos. Orichimaru terminou o dele, mexeu na bolsa e tirou dois chicletes, entregando um para o jovem.

          - Sempre que como fora, masco chiclete. É uma forma de limpar os dentes quando não posso escovar - comentou, enquanto colocava o chiclete na boca. Depois, olhando para Kabuto, continuou - Eu disse que queria falar com você e percebo que esta ansioso - puxou a cadeira para mais perto dele e pediu - olha pra mim, por favor, Kabuto.

          O jovem estava vermelho pela proximidade, e quase se perdeu dentro daqueles intensos olhos amarelos. Sentiu Orochimaru tomar suas mãos e começar a falar:

          - Kabuto. Estou apaixonado por você. Perdidamente. E preciso saber o que você sente por mim.

          O jovem quase explodiu de alegria. Abriu um sorriso e tentou falar. Mas não conseguiu a princípio.  

Amado ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora