Amado Professor

XXVI - Más Notícias

          Chegaram na casa de Kabuto. 06:20. Contaram tudo sobre a viagem e mostraram as fotos tiradas nos celulares para Tia Konan.

          Por insistência de Kabuto, Orochimaru ficou para o jantar, e depois, ajudou o namorado a organizar a cozinha. O professor ainda precisava preparar seus materiais para a aula do dia seguinte, por isso, assim que ele e o platinado terminaram, despediu-se de Tia Konan e Tio Nagato. O namorado o acompanhou até o carro, onde ficaram namorando por um tempinho....

          - Foi o melhor final de semana da minha vida - disse Kabuto, com os olhos brilhando por baixo dos óculos

          - O meu também. Foi maravilhoso acordar com você. Estar ao seu lado... Os momentos que desfrutamos naquela cama... - Kabuto ficou vermelho e escondeu seu rosto no peito do amado -
Conhecer seu amigo foi um bônus - disse beijando-o em seguida - Agora preciso ir, Amor. E pare de se esfregar assim em mim ou vou enfiar você nesse carro e te levar comigo pra casa. Depois, você que se entenda com a Tia Konan...

          - Quase valeria a pena - disse o mais novo com um suspiro - Mas pode ser que de castigo ela não deixe a gente se ver. Melhor não - deu um beijo cheio de saudade no amado e se afastou - Até amanhã...

         Ficou olhando o carro sumir e entrou, indo direto para o quarto.

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          Quando chegou em casa, foi mimar o Senhor Manda e contou pra ele tudo o que aconteceu. A cobra se enroscou no seu colo, como se escutasse, mas provavelmente só sentiu saudades do dono.

          Estava organizando as suas coisas quando a campainha tocou. "Quem será a essa hora?"

          Pegou a chave e acendeu as luzes externas. Viu um homem alto, com cabelos longos espetados. Usava um terno bem cortado, aparentando ser rico. Tinha certa imponência no seu porte. Ainda sim, não se sentiu bem a respeito daquela visita. Os olhos dele eram, por falta de uma palavra melhor, malvados.

          Aproximou-se do portão, mas não o suficiente para ficar ao alcance do estranho.

         - Boa noite. Em que posso ajudar, senhor...?

         - Meu nome é Madara, professor Orochimaru, preciso conversar com você a respeito disso - pegou o celular, acendeu e mostrou uma foto.

          O professor empalideceu e suas pernas falharam. Era uma foto de Hiruzen no chão, todo machucado.  Destrancou o portão com as mãos tremendo e pediu pro homem entrar. Nem o trancou novamente, e entrou, sendo seguido pelo outro.

          Chegando na sala, disse ao estranho que se sentasse. Mas notou o olhar assustado do outro, percebendo  que Manda ainda estava no sofá e erguia o corpo em uma postura agressiva na direção do estranho.

          - Calma, Manda, fique calmo - disse sentando ao lado dele e acariciando a cobra e virando-se para o visitante - Ele é tranquilo. Apenas não gosta de estranhos. Não precisa se preocupar. Agora diga, por favor, o que aconteceu com Hiruzen ? - pediu aflito.

          O estranho sentou-se o mais longe da cobra que conseguiu e começou a falar.

          - Eu aconteci, na verdade. Quero que você faça uma coisa e achei que isso poderia persuadi-lo a agir de acordo - disse num tom frio que arrepiou Orochimaru e fez com que a cobra reagisse agressivamente.

          - Como assim? Você fez isso com o Hiruzen? Como ele está? Por quê? - o professor sentia inconscientemente que corria perigo.

          - Acalme-se. O velhote está bem. Foi só uma pequena surra, mais para efeito do que pra machucar, só um aviso. Eu mandei fazerem isso com ele porque quero que você termine seu namoro com o Yakushi. Quero fazer ele sofrer - o olhar do estranho tomou ares de loucura - Os pais dele me tiraram a pessoa que eu amava há quase dezoito anos atrás. E os miseráveis morreram sem que eu pudesse me vingar. Então, o moleque vai sentir na pele o que eu senti. E eu terei minha vingança.