XVII - Depois do Prazer, mais Prazer

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          O banho, propriamente dito, começou bem depois, quando o corpo deixou de tremer e conseguiram se mover novamente.

          Um banhou o outro com carinho, admirando cada curva, sentindo a textura diferente de cada parte do corpo, como a suavidade de seda da parte interna das coxas, a aspereza do escroto enrugado pelo frio e a maciez esponjosa do falo, agora em repouso.

          Além das marcas deixadas pelos momentos de prazer, Kabuto notou que Orochimaru tinha várias pintas espalhadas pelo corpo, de diferentes tamanhos e em tons variados de marrom, que ia do mais suave ao quase preto. Lembraria de beijar cada uma delas no momento oportuno.

          Orochimaru também observou a beleza do tronco pálido, que tinha uma  tonalidade um pouco mais escura que o seu e a perfeição dos músculos suaves, porém bem delineados sob a mesma. Se encantou com textura firme dos músculos das pernas do mais jovem, que denunciavam uma vida de caminhadas e a falta de bronzeamento destas, que por sua vez, contavam a história de pouca exposição ao sol. Várias cicatrizes mostravam a insistência do jovem nas manobras radicais com o skate.

          O banho foi um momento recheado de carinho e entrega. Não havia mais lugar para timidez nem vergonha. A adoração com que o outro olhava para cada parte do seu corpo ainda fazia Kabuto enrubescer, mas mostrava o quanto era admirado e desejado, apesar de nunca ter se achado digno disso.

          Após o banho, o mais velho o secou com uma toalha macia, e o toque suave dele o deixava à vontade. Em seguida, com outra toalha, também secou seu amado,  notando pela primeira vez que seu rosto possuía  pequenas sardas espalhadas, logo abaixo dos olhos e sobre o nariz. Achou aquilo extremamente fofo.

          - Você tem sardas! Que coisa mais linda! - comentou tocando-as delicadamente com as pontas dos dedos - Como eu não havia reparado?

          - Eu cubro com maquiagem. Não gosto delas! - respondeu enrubescendo levemente.

          - Mas são tão lindas, Orochi...

          - Não, não são - respondeu taxativo enquanto seguia para o quarto.

          Aquela visão do outro nu, caminhando à sua frente era muito excitante. As nádegas cheias, a curva da cintura, a brancura da pele, os cabelos úmidos sobre os ombros, a cadência dos passos... Era demais para seus jovens hormônios. Kabuto seguiu-o rapidamente, agarrando-o por trás, o próprio falo ganhando vida de encontro à pele macia, enquanto colocava os lindos cabelos por sobre o ombro, expondo a nuca alva aos seus lábios famintos.

          Orochimaru arfou e sentiu a pele arrepiar com o toque. O corpo quente encostado ao seu, que agora estava frio, causou um choque térmico agradável, fazendo-o se aconchegar mais nele, se inebriando naquele calor. Kabuto adorou o aumento de contato e caminhou colado nele, deitando-o carinhosamente na cama.

          Agora não tinha mais a urgência do desejo. Queria conhecer o corpo do outro, descobrir os caminhos do prazer. Saber onde e como tocar para fazê-lo gemer rendido. Virou-o para si e dedilhou a pele suave do tórax, sentindo-o suspirar quando tocou os mamilos claros com a ponta dos dedos. Com uma perna de cada lado do corpo, sentou-se sobre seus quadris e acariciou os botões rosados levemente com a língua, monitorando as reações do outro. Foi gradualmente aumentando a intensidade da carícia e sentiu o falo do outro despertar abaixo de si e pulsar quando apertou os biquinhos rígidos entre os dentes.

          Acariciou a lateral do corpo descendo e apertando as coxas firmes, seguindo depois para as nádegas, que agarrou e puxou de encontro a si, sentindo a firmeza do falo, já totalmente desperto, pressionando sua entrada.

Amado ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora