XXVII - Não precisa sofrer sozinho.

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          Hiruzen pegou o rosto de Orochimaru entre as mãos, secou suas lágrimas, o fez se levantar e sentar ao seu lado, passando o braço em seu ombro e trazendo-o para perto do seu corpo de forma carinhosa.

          - Como eu poderia um dia te odiar? Você é como se fosse meu otouto. Te amo mais do que você imagina - disse beijando sua testa - E não tenho do que te perdoar, pois isso não é sua culpa. Você não fez nada além de encontrar o amor da sua vida. Tenho certeza de que Kabuto é o amor da sua vida. Então, se acalme. Nós vamos dar um jeito nisso. Além do mais, esse nome, Madara, não me é estranho... - disse pensativo

          - Você... não me odeia? - disse o pupilo incrédulo. E o mais velho pode ver um vislumbre de esperança nos olhos amarelos, que antes estavam opacos e sem vida.

          - Claro que não! Acho que pra mim seria impossível te odiar, mesmo que eu quisesse. Isso só aconteceu por causa de uma pessoa doente. Fique tranquilo - disse acariciando a cabeça dele - Agora se acalme, seque essas lágrimas e vamos pensar o que poderemos fazer para resolver isso - disse firme - Então, me fale mais sobre esse Madara.

          Orochimaru descreveu a postura altiva, os olhos negros e frios, o cabelo longo e arrepiado. E, a cada coisa que dizia, seu professor arregalava mais os olhos. Seria muita coincidência, ele pensava, mas tudo indicava que se tratava do irmão de seu único amor. Quando o pupilo terminou, ele disse:

          - Eu sabia que conhecia esse homem! É o irmão de Izuna! Tenho quase certeza!- disse levantando do sofá e andando pela sala - Você disse que marcou de se encontrar com a tia do Kabuto? Eu vou com você. Preciso de mais informações para confirmar minhas suspeitas e talvez ela tenha. Caso eu esteja certo, vou contar o que sei. Nós vamos resolver isso. Estou afastado da faculdade por cinco dias, devido aos ferimentos. Posso ficar uns dias fora. Seu quarto de hóspedes está vazio? - perguntou e o pupilo confirmou com a cabeça. - Vou me trocar, fazer uma pequena mala e saímos daqui a pouco.

           Orochimaru sorriu, apesar da tristeza. Finalmente via uma luz no fim do túnel.

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         Na escola, Kabuto estava preocupado. Orochimaru ainda não tinha mandado mensagem. Suigetsu percebeu que o amigo não estava bem e, no intervalo, chamou-o para conversarem. Foram lá nas arquibancadas.

         - O que está te incomodando? - perguntou o Azulado

         - Nós passamos um fim de semana maravilhoso na praia. Orochimaru e Kimimaro se entenderam e fizeram amizade. Mas, ontem à noite, ele soube que Hiruzen não estava bem. Então me mandou mensagem que iria vê-lo. Foi por isso que ele faltou hoje. E até agora não me mandou mais nenhuma notícia...

          - Mas faz pouco tempo. Pode ter acabado a bateria... Ele pode estar distraído conversando com o amigo... Qualquer coisa não grave pode ter acontecido. Relaxa! - abriu um sorriso sacana - Eu preciso te contar outra coisa: Está chegando o dia...

          - Dia de quê? - perguntou o platinado confuso

          - O dia da Karin fazer 18 anos. Eu e o Juugo já fizemos.... Então... tcham tcham tcham tcham!

          - O quê? - Kabuto não estava pensando direito

          - A nossa primeira vez tripla.... - o  de óculos ergueu as sobrancelhas em compreensão - Estou ansioso!!!
      
          - Já disse que vai dar tudo certo... - falou tranquilo - Estão conversando sobre isso?

          - Sim. Quando conseguimos desgrudar as bocas - riu coçando a nuca - A coisa está esquentando muito. Está difícil segurar... Quando a Karin passa a mão... - ia continuar descrevendo mas Kabuto colocou a mão na boca dele.

Amado ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora