II - Apaixonado?

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          Quando todos sentaram, ele foi na frente da sala, colocou as mãos pra trás e disse:

          - Bom dia! Meu nome é Orochimaru e vou ser seu professor biologia esse ano. Hoje é a primeira aula da minha vida docente - falou tentando driblar o nervosismo. - Por favor, falem seus nomes pra que eu possa conhecer vocês. Começando pela fileira da porta, por favor.

          - Tayuya
          - Sakon
          - Ukon
          Quando esses dois últimos falaram seus nomes, a turma fez um coro:
           - Eles são gêmeos!
           - Nem se percebe... - Orochimaru zombou, pois eram idênticos.
           - Jirobo
           - Kidomaro

          - Próxima fileira - apontou o professor e eles continuaram dizendo:

          - Sakura
          - Hinata
          - Ino
          - Shikamaru
          - Gaara
          - Kiba
          - Naruto
          - Sasuke

          E assim foi, até chegar na vez de Kabuto. Mas quando ia abrir a boca o professor disse:

          - Espera, eu já sei o seu nome - Fez uma expressão de quem tentava se lembrar de algo e depois disse: - Kabuto - bem devagar.

           Seu nome pareceu tão doce nos lábios do professor... Era como se ele estivesse degustando, saboreando-o. Kabuto ficou vermelho sob seu o olhar penetrante. Confirmou e abaixou a cabeça. Parece que ninguém mais percebeu, mas aquela sensação quente o acompanharia pelo resto do dia

          Após as apresentações, Orochimaru falou da sua matéria e do currículo daquele ano, além dos exercícios preparatórios para o vestibular, mas Kabuto não conseguia se concentrar. Mesmo quando não olhava para o professor, aqueles olhos penetravam em seu cérebro, causando sensações que ele não conhecia.

          Orochimaru então, passou matéria no quadro sobre células e outras coisas, fazendo uma espécie de revisão rápida da matéria do ano passado. Sua letra era fluida e bela como ele. Parecia ter feito curso de caligrafia. Kabuto observava enquanto o professor estava de costas, e pode ver que ele não era tão magro quanto parecia. Tinha os ombros largos, suas pernas eram um pouco musculosas e o bumbum, embora pequeno, era redondinho e bem feito. O jovem sentiu vontade de apertar. Mas logo tirou aquela ideia da cabeça, o que ele estava pensando? Afinal, aquele era seu professor.

          O resto do dia foi assim, só de apresentações e revisões das matérias do ano passado. Ele já conhecia os outros professores e era conhecido por eles.

          A aula seguinte foi do professor Iruka, de português, um homem alto de cabelos castanhos que viviam presos num rabo-de-cavalo alto. Tinha uma cicatriz engraçada no nariz, mas ninguém ousava perguntar sobre ela. Kabuto até o achava legal. O problema é que ele passava muitas atividades. E aula sim, aula não, mandava os alunos fazerem redação, para depois, no final de cada aula, conversar individualmente com eles sobre os textos. Onde ele achava tempo para ler e corrigir aquilo tudo, ninguém sabia.

          Depois foi a vez de Kakashi, o professor de matemática. Alto, magro, com cabelos prateados e bagunçados. Era muito charmoso. E estava sempre atrasado. Quando às vezes cruzava com ele no corredor,  o platinado estava sempre aéreo, parecia estar perdido em algum cálculo complexo.

          Na saída para o intervalo, tentou fugir de Suigetsu, mas não conseguiu. Até gostava dele, entretanto o rapaz falava muito e Kabuto gostava da solidão e de silêncio. Ficar muito tempo com o amigo deixava-o cansado! Para sua sorte, o rapaz logo encontrou Juugo e Karin e iniciaram uma conversa animada, o que foi uma deixa pra que ele pudesse dizer que iria ao banheiro e sumir.

Amado ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora