Capítulo 72

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Pov Dulce

Por mais que eu estivesse morrendo de vergonha, naquele momento, foi muito bom gravar a minha música, eu me sentia uma cantora de verdade. Pude sentir uma imensa adrenalina embalador todo o meu corpo, eu me sentia mais viva do que nunca, como se eu realmente tivesse nascido para aquilo. Era uma sensação incrível.

Assim que terminamos de gravar, fomos almoçar juntos, ele preparou um piquenique e nós ficamos comendo em uma praça, em baixo de uma árvore.

- Acho que árvore é o Marco da nossa amizade, já reparou? - pergunto.
- Não, porque?
- Porque sempre estamos em uma. Gosto disso - rimos.
- Estou feliz de te ver sorrindo, contribui para você se sentir melhor? - pergunta.
- Claro, obrigada por essa tarde. Acho que se eu tivesse em casa, ficaria chorando o dia inteiro.
- Quer me contar o que aconteceu? - pergunta.
- Eu terminei com o Ucker... só é difícil de lidar com isso.
- Porque vocês terminaram?
- Você tinha razão sobre ele, na verdade, todo mundo tinha. Ele é um mulherengo, mentiroso, sempre foi.
- Ele traiu você? - pergunta, espantado.
- Não.. quer dizer, acho que não. A questão é que ele mentiu para mim, varia vezes em que eu perguntei a verdade sobre o seu passado. Eu não quero ficar com alguém que não seja capaz de admitir as coisas que faz. E você tentou me alertar, e eu não ouvi.
- Olha, relaxa, eu não gosto do Uckermann, acho ele um babaca sim, mas nunca tive propriedade do assunto para afirmar nada, na verdade, ninguém tem essa certeza, apenas os boatos que ouvíamos.
- Que boatos eram esses? Eu preciso saber. - levanto.
- Eu acho que ele devia ter contar isso...
- Mas ele não conta, e eu preciso saber.
- Eu não sou a melhor pessoa para te contar isso...
- Por favor! Você é o único em que eu confio.
- Tudo bem.

Flashback

Pov Ucker

Era aniversário da Thalita neste sábado a noite, eu ainda estava brigada com ela, é só podia lembrar da noite em que fui idiota, bebi mais do que devia e acabei beijando a Gabriela, bom, nós dois estávamos muitos bêbados, é capaz dela nem lembrar o que aconteceu.

- Você vai para a festa da Tha? - poncho me perguntou, enquanto nós dois estávamos na esteira da academia.
- Vou, faria as pazes com ela hoje, comprei um anel de compromisso lindíssimo, ela vai amar.
- Porque você insiste tanto nesse relacionamento? Vocês brigam o tempo inteiro, talvez seja hora de parar, de seguir em frente.
- Tô ligado que eu sempre pego várias e nunca assumo ninguém, mas com ela é diferente, ela é especial. - Eu realmente gostava dela, e queria fazer o possível para manter essa relação.
- Então para de traia a mina! - ele diz.
- Eu só fiz isso uma vez, e eu tava bêbado.

A festa dela estava incrível, felizmente, consegui fazer as pazes com ela! Thalita ficou feliz com o presente que eu dei, e nós estávamos mais unidos do que nunca!
Eu já tinha bebido um pouco mais do que devo, então fui até o quarto dela para me recompor, queria deitar por uns segundos, descansar a cabeça.
Senti alguém deitar ao meu lado, estava tudo escuro, não sabia quem era, mas por achar que era a minha namorada, abracei-a por trás.

- Eu te amo tanto, meu amor. - digo, cambaleando as palavras.
- Eu também te amo, Ucker. - beijou-me. Reparei que não era a Thalita, o beijo era diferente, o cheiro também, mas ainda assim, era alguém familiar. Gabriela! Afastei-me dela.
- Você está louca, Gabriela? Que porra é essa? - Levantei para acender a luz.
- Você acha que eu sou o que? Um objeto? Que você pode me usar e depois me descartar? Eu tenho sentimentos, Ucker!
- Se toca, garota. A gente só se beijou uma vez, foi um erro, eu estava bêbado e triste demais, você se aproveitou, sabe disso.
- Você é um babaca, e eu vou contar tudo para a Thalita e estragar o seu relacionamento de merda.
- Como você é suja, quero ver, vai lá! Conta para a sua melhor amiga que você beijou o namorado dela.
- Vou dizer que você me beijou a força! Vou gritar aqui, agora. E você vai ver.
- Não! - coloquei a mão direita para cobrir a sua boca, e prensei o seu corpo contra a parede.
- Gosto assim! Obediente - ela desceu uma de suas mãos até o meu membro. Senti-lo endurecer aos poucos.
- Para, garota! Não faz isso comigo. - ela começou a abrir o zíper da minha calça.
- Eu sei que você quer! - agarrei a pelo pescoço para um beijo, selvagem, intenso.

Não podia acreditar que havia ficado com ela, que eu tinha transado com ela no dia do aniversário da minha namorado, eu estava me sentido péssimo comigo. E a todo momento, a Gabriela surgia para ficar no meu pé, eu não podia controlar, ela sempre dava um jeito de me convencer a ficar quieto. Eu queria acabar com tudo isso, a Thalita não merecia isso, mas eu também não queria perdê-la.

Algas semana tinham se passado, Thalita e eu estavam ótimos, juntos. A Gabriela tinha me deixado em paz por um tempo, tudo estava certo, ninguém saberia do que aconteceu.
Viajamos no final de semana, toda a galera estava animada, alugamos uma casa para comemorar o fim das aulas, vencemos o segundo ano do ensino médio, agora seria o último. Todos estávamos muito animados com esses cinco dias que passaríamos no litoral.

Assim que chegamos à casa, eu quis dar um mergulho, fui para uma parte mais distante da casa, queria aproveitar e ficar um pouco sozinho.

- Achou que ia se livrar de mim, Ucker? - assustei-me ao ouvir a voz da Gabriela.
- O que você está fazendo aqui? - pergunto, bravo.

Meu melhor acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora