Capítulo 60

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Pov Dulce

No dia seguinte, eu acordei muito animada, preparei um ótimo café da manhã para os meus pais. Eu cantarolava uma música que eu tinha feito há algum tempo.

- Bom dia, minha filha. Que maravilhosa logo cedo - minha mãe diz ao sentar à mesa.
- Bom dia, mãe, dormiu bem? - pergunto enquanto colocava um bolo de milho que eu havia feito.
- Sim, filha, e pelo visto, você também - Ela sorriu.
- Sim, mãe. Acordei bem feliz hoje.
- Que ótimo, filha - Diz meu pai, que deu um beijo na minha cabeça.

Eu estava sentindo uma sensação tão boa, sabe o momento em que tudo parece estar bem? Sem nenhuma frustração ou preocupação. Era como se nenhum problema existisse, eu só estava feliz em estar vivendo o presente e ter pessoas tão especiais na minha vida. Pela primeira vez, eu não tinha medo de perder ninguém, sabia que ele ficariam.

Fui andando de bicicleta para à escola, fazia tempo que eu não andava, e era ótimo sentir o vento bagunçar os meus cabelos e eu cantar alguma música que me fizesse feliz.

Eu estava tão animada enquanto cantava "Tell me you me", acabei me distraindo, não vi que tinha um buraco no caminho, sem conseguir desviar, acabei caindo no chão. Tudo aconteceu muito rápido, quando me dei conta, já estava no chão. Droga! Gritei, ralei todo o meu joelho, e em uma falha tentativa de colocar minhas mãos no chão, acabei torcendo meu braço. Comecei a chorar, tentei procurar alguém na rua, mas estava deserto. Ótimo, eu estava caída e não tinha ninguém para me socorrer.

Alguns minutos depois, senti alguém pegar em minhas costas, aquele perfume era conhecido.

- Dul, o que aconteceu? - Bruno diz, tentando me levantar do chão.
- Eu me distrai e acabei caindo - Digo essas palavras entre grunhidos.
- Vamos, vou te levar até o pronto-socorro, talvez você tenha quebrado o braço.
- Meu deus, será? Nunca quebrei nada, nem quando eu era criança, não posso quebrar agora, com esse tamanho.
- Que tamanho? Você continua pequena - Ele riu.
- Haha, muito engraçado - revirei os olhos.
- Relaxa, não deve ser grave, mas vamos, o postinho é perto daqui. - eu apenas assenti, não estava em condições de negar alguma coisa naquele momento.

Pov Ucker

Cheguei cedo na escola, procurei pela Dulce, mas ela ainda não tinha chegado. Então fiquei sentado no jardim, ouvindo música.

- Oi, Ucker, precisamos conversar. - Era a Gabriela.
- O que você quer? - Digo de forma antipática.
- A Thalita vai voltar no mês que vem. Para a escola.
- Que? - Levantei.
- Isso mesmo, acho bom você não ter nenhuma surpresa.
- Que surpresa? Qual é o seu problema?
- O meu problema? Você sabe que ele só foi embora por sua causa.
- Para de ficar querendo reviver o passado. Isso já acabou, eu não sou mais daquele jeito.
- Será? - Ela ri - Sua namoradinha devia saber o cara nojento que você é.
- Eu né? Porque você é uma santa.
- Nunca disse que eu era. - ela sorriu - isso esperto, não quero mais confusão para o meu lado. - Ela saiu andando.

Bufei. Se arrependimento matasse, eu já estaria morto em uma hora dessas. Que raiva. Preciso achar o Poncho.

Pov Dulce

Não demorou muito no postinho. Felizmente não quebrei o braço, foi apenas uma luxação, colocaram um gesso bem simples, e uns medicamentos, menos mal. Bom, o suficiente para me deixar longe da bicicleta por tempo indeterminado.

- Pronto, vamos para a aula? Já estamos atrasados.
- Vamos sim, mas por favor, andando, não quero mais saber dessa bicicleta - Ele sorri.
- Tudo bem.

Seguramos as bicicletas e fomos andando.

- Obrigada por ter me acompanhado, eu não saberia o que fazer se estivesse sozinha.
- Magina, estou aqui para o que você precisar - Sorri.
- Desculpa por ter me afastado de você.
- Não precisa se desculpar, eu mereci aquilo.

Desculpem a demora, eu estava muito atarefada, mas postarei bastante nessa semana :)

Meu melhor acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora