Capítulo 61

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Pov Dulce

Quando chegamos à escola, a aula já tinha começado, então não pudemos entrar na primeira aula. Fomos para o jardim.

- Desculpa ter feito você de atrasar para a aula.
- Não tem problema, relaxa, detesto química - sorrimos.
- Eu também detesto.
- O que você vai fazer quando acabar a escola? - ele pergunta.
- Ainda não sei, e você?
- Eu também não sei.
- Sério? Nossa, é bom saber que não sou a única.
- Eu queria viajar, ficar fora por um tempo, seria tão bom.
- É porque não vai?
- Não posso deixar minha mãe e minha irmã, elas precisam de mim. Vou arrumar um emprego.
- Acho muito fofo da sua parte, mas não desista dos seus sonhos. - Coloquei a mão por cima da dele.
- É, não vou... - ele se afasta.
- Tá tudo bem?
- Tá sim, mas o sinal já vai tocar, vou ao banheiro. - Ele saiu correndo.

Achei estranho a reação dele, mas não quis perguntar. Acho tão lindo o jeito que ele cuida da mãe e da irmã. É tão admirável.

Ouvi o sinal tocar, fui para a aula. Fui em direção aos meus amigos.

- Dul, eu estava preocupada, onde você estava? - Ucker levanta e vem em minha direção.
- Vai de bicicleta, então fui até o postinho.
- Sozinha? - Annie pergunta.
- Não, o Bruno viu o incidente e me ajudou, foi muito fofo. Me acompanhou até o médico.
- Que bom que ele estava por perto - May diz.

Ucker não estava com uma cara muito agradável, possivelmente ficou com ciúmes por causa do Bruno, achei melhor não perguntar.

Pov Ucker

Assim que a aula acabou, fui em direção a porta, falar com o Poncho.

- Mano, preciso falar com você.
- Fala ae - ele diz.
- Vamos até o mc?
- Beleza, vou chamar o Chris.
- Não, tem que ser só nós dois.
- Olha, a sua namorada é ruiva - ele riu.
- É sério, cara.
- Nossa, o assunto deve ser sério, tudo bem, vamos.
- Só vou avisar a Dulce. - sai.

Vi que a Dulce conversava com as meninas.

- Amor - cheguei abraçando-a por trás.
- Oie, amor.
- Eu vou ao mc com o Poncho, depois passo na sua casa.
- Tá bom - beijamos-nos.

Seguimos para o Mc Donalds. O Poncho não parava de falar, confesso que eu não consegui prestas atenção em nada do que ele dizia, as palavras da Gabriela não saiam da minha mente.

Depois que sentamos à mesa, comecei a falar:

- Poncho, a Gabriela veio me contar uma coisa hoje.
- O que? - ele diz enquanto comia uma batata frita.
- A Thalita esta voltando para a cidade.
- O que? Do nada?
- Não sei o que aconteceu, é isso nem importa, a questão é que ela vai voltar.
- E daí? Vocês não tem mais nada.
- Nós nunca tivemos nada! - Alterei a tom da voz.
- Ucker, não é o momento pra isso. Relaxa cara, isso ficou no passado.
- Poncho, e se a Dulce descobrir?
- E quem vai falar para ela? A Gabriela? Ela também não gosta de lembrar do quanto foi talarica né - ele ri.
- Mas a Annie e a May também sabem disso.
- Ucker, a escola toda sabe disso, mas ninguém lembra mais, relaxa. Que exagero, parece que você matou alguém.
- Não gosto de lembrar daquela época e do quanto eu era babaca, é só isso.
- Você não é mais um mulherengo safado - ele ri - mas eu sinto saudade, tá? Você não sabe o que tá perdendo.
- Sei o que você está perdendo lutando contra o seu sentimento pela Annie só para poder pegar várias.
- O que o amor já me proporcionou de bom? Nada, mas o sexo me proporciona muita coisa. - rimos.

Meu melhor acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora