Pov Dulce
- Oie Dul - Bruno diz ao se aproximar de mim.
- Oie, Bruno. Eu não sabia que você vinha.
- Eu não vinha, não sou muito de festas, ainda mais quando tem várias crianças né - rimos - mas eu precisava sair um pouco de casa...
- Tá tudo bem? - pergunto.
- Sim, nada que você precise de preocupar - sorri - Eu vim te pedir desculpas pela maneira que eu falei com você. Eu não quis te magoar, eu já tinha falado isso, mas vi que você estava meio distante de todo mundo.
- As pessoas me falaram algumas coisas difíceis de ouvir, eu só quis pensar um pouco, não tem nada a ver com você, relaxar, não tem problema.
- Eu entendo. Mas saiba que se precisar de qualquer coisa, estou aqui - ele segura a minha mão direita e acaricia-a.
- Obrigada e eu digo o mesmo a você - sorri.Vi e desaparecer pelo pelo corredor. May e Annie não voltavam logo e eu já estava incomodada de estar sozinha, olhando para todos os lugares tentar achar um rosto conhecido.
Poncho estava jogando sinuca, adoro esse jogo, aproximei-me da mesa.- Posso jogar? - pergunto à ele.
- Claro, ruiva. Fica no meu time.Começamos a partida, percebi que os homens não estavam acreditando que eu realmente sabia jogar. E eles ficaram boquiabertos quando perceberam que eu conseguira derrubar todas as bolas que eu tocava. Eu jogava muita sinuca com o meu avô, quando era mais nova, ele sempre me deu várias dicas, então eu sou ótima nesse jogo.
Quando fui movimentar a última bola, estava em uma posição difícil, porém derrubei. E eu e o Poncho ganhamos!- Isso, ruiva. Você é demais. Meu deus - ele me abraçou.
- Obrigada, você também é ótimo - vi todos os garotos ficarem babando em mim, não queria continuar ali - Poncho, podemos ir para outro lugar, para conversar? - eu disse, seria.
- Claro, Dul. Vamos.Ele me levou até a entrada da casa, que tinha uma cadeira de balanço de madeira, de dois lugares, que ficava ao lado de um pequeno jardim, lindíssimo.
- Pode falar - Ele disse enquanto sentávamos na cadeira.
- Pode me dizer o que você e a Annie tiveram no ano passado? - Fui direta, estava cansada que eles ficassem me enrolando ou me deixando ainda mais confusa.
- Eu e a Annie? Nada demais - Percebi a expressão aflita no rosto dele.
- Não é o que parece.
- Olha, eu realmente não tive nada sério com ela, nem com ninguém. Mas ela ficou brava porque eu não era como ela imaginava. Era já estava toda iludida como se a gente tivesse namorando há meses e eu não tinha nada com ela. Ficamos só uma vez, literalmente.
- E porque vocês se aproximaram agora?
- Olha, eu tentei explicar as coisas para ela desde o início, mas ela só me julgou, me afastei. Mas quis deitar tudo pra trás, eu disse isso a ela. E ficamos em uma boa.
- E voltaram a ficar?
- Fiquei com ela naquela festa que você foi com o Ucker, mas tive medo que acontecesse o mesmo e ela achasse que eu estava iludindo. Nunca foi a minha intenção, de verdade. Eu gosto dela.
- Se gosta, porque não fica com ela?
- Eu não nasci para isso, de verdade.
- Para namorar?
- É, isso não é para mim, nem nunca será. E eu não escondo isso nem dela e nem de ninguém. E não posso ser julgado por isso
- Você tem medo? Ou algum trauma de relacionamento?
- Eu?... não, só acho isso uma besteira - ele fica nervoso e trêmulo em suas palavras.
- Entendi... - achei melhor parar de me intrometer nisso.
- Eu vou lá dentro pegar algo para beber.Ele corre para dentro da casa. Continuei sentada, desejando que o Ucker viesse logo pra irmos embora. Mas quem apareceu, foi a Annie. Estava um pouco bêbada.
- Dul, A May está com o Chris, acho que eles se beijaram - ela cambaleava.
- Sério? Que loucura- sorri - Senta aqui, você vai cair - Apoiei-a em meus braços e coloquei-a na cadeira.
- Tá tudo bem, Annie?
- Tá sim, só estou com sono.
- Vou pedir para o Chris te levar para casa - ela assentiu.Ucker se aproxima com o Chris. Ambos estamos abraçados e rindo.
- Eu tava te procurando, amor - Ucker diz
- Vamos embora? - digo.
- Vamos sim.
- Chris, pode levar a Annie em casa?
- Claro, vamos procurar a May e vamos, Annie - Eles seguiram para dentro da casa.Seguimos andando, de mãos dadas, até a casa dele, que era perto do local.
- Desculpa por não ter ficado com você na festa. Mas os garotos queriam jogar baralho e beber, não me liberavam nunca.
- Tudo bem, até que foi divertido. Até joguei sinuca com o Poncho, nós ganhamos, sou muito boa nisso.
- Você é uma caixinha de surpresas - ele beija minha testa.Não demoramos muito para chegar até a casa dele, confesso estar um pouco nervosa, um pouco não, muito, mas completamente feliz.
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Meu melhor acaso
RomanceAs diferenças podem pesar ou nos fortalecer? Até onde o amor pode nos levar?