Capítulo 76

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Pov Ucker

Notei o quanto ela estava assustada, tentava fazer o possível para acorda-lá sem piorar a situação. Mas felizmente consegui fazer com que ela despertasse. Ela estava tremendo, e muito suada, tentei acalma-la da maneira que eu podia.

- Eu tive um pesadelo, foi horrível - ela diz com a voz um pouco ofegante.
- Sim, eu sei, mas já passou, tá tudo bem - acariciei seu rosto. - Vou buscar um copo de água para você, já volto. - Ela assentiu. Eu corri até a cozinha.

Rapidamente, peguei um copo no armário e enchi com a água do filtro, e logo já estava subindo as escadas.

- Pronto, beba tudo - Entreguei o copo para ela.
- Obrigada. - ela leva o copo até a boca e toma em questões de segundos.
- Agora tenta voltar a dormir... vou deixar você em paz, desculpa, só fiquei preocupado - cocei a nuca com a mão direita.
- Não se desculpe, te agradeço por isso, e por favor... não vá embora, fica aqui comigo, me sinto protegida ao seu lado. - sorri. Nem acreditei no que estava ouvindo.
- Claro que eu fico - deitei ao lado dela. - Só saio daqui quando você estiver dormindo. Ela sorriu.

Eu cobro seu corpo com o cobertor, ela virou de lado e fechou os olhos, fiquei olhando para ela, como eu a amava, como eu queria que tudo estivesse bem, mas não importava, eu só queria estar ao seu lado.
Não pude me conter, fazia cafuné em seus cabelos, sentindo a maciez desse ruivo que eu sempre amei.
Senti uma melodia vir em minha cabeça, comecei a cantarolar.

- Narana narana - sorri. Acho que estava com uma letra na minha mente. - Apesar do vento forte, apensar dos naufrágios... Ao seu lado, sei que estou a salvo. - Ela virou seu corpo em minha direção.
- Eu não sabia que você compunha.
- Não contei para ninguém, até porque não sou bom nisso, só é um passatempo.
- Tá bom sim, Ucker. Você devia explorar mais isso. - sorri.
- E você devia dormir, já está tarde.
- Perdi o sono... - ela senta na cama. - Continua cantando - fixou seus olhos em mim.
- Ao seu lado, sei que estou a salvo, você me faz invencível.
- Esse verso ficou incrível - ela sorri.
- Obrigada... - hesitei - tem você como... inspiração. - Não pude evitar de falar dela, até porque é tudo para ela, eu a amo e não podia evitar.
- Ucker... - eu a interrompo.
- Eu sei, desculpa... - abaixei a cabeça. Eu queria chorar, queria voltar a umas semanas atrás e mudar tudo, mas eu não podia, não tinha mais o que fazer. Senti as lágrimas invadirem o meu rosto. - Não devia ter falado isso, desculpa.
- Não tem problema... - fiquei feliz por ela não ter gritado ou me mandado ir embora. Não conseguia resistir a ela, só queria que ela pudesse me perdoar e querer estar comigo. Fixei meus olhos nos dela. Ela parecia querer estar comigo, conseguia enxergar todo o universo dentro desses olhos castanhos que eu tanto amo. Acabei aproximando meu rosto dela e unidos nossos lábios, ela não revidou, apenas correspondeu aquele beijo com intensidade em seus movimentos, eu podia sentir meu corpo arrepiar.

Pov Dulce

Não pude resistir, quando vi seu rosto aproximar-se do meu, pensei em parar, pensei em me afastar, mas eu questões de segundos já tinha seus lábios selados aos meus. Não podia negar, era tudo que eu queria naquela noite. Eu precisava dele, precisava sentir seu sabor em mim.
Acabou aumentando a velocidade de seus beijos, depositando seus lábios por todo meu corpo. Deitou-me na cama com delicadeza, em seguida tirava minha blusa com suas mãos. Eu estava tão envolvida, tão rendida, precisava somente dele, nada mais importava.
Acariciou meus peitos e logo depositou seus lábios no mesmo local, chupando-os ferozmente.
Passei a mão esquerda por cima de sua calça, notando o quanto seu membro já estava animado, então deixou sob a cama, retirei a bermuda que eles estava usando e logo já estava com a boca em seu membro. Chupava toda a região, ele gemia com intensidade e arqueava seu corpo para trás.

- Meu deus, Dulce... - ele mau conseguia terminar uma frase sem suspeitar de prazer.
- Gostoso! - sorri maliciosa.

Logo senti seu corpo estar em cima do meu, ele abriu minhas pernas e invadiu a minha intimidade, soltei um gemido alto. Ele aumentava o ritmo de seus movimentos, fazendo meu corpo arrepiar-se por completo.

- Amo te sentir por completo, ninguém é como você!! - ele sussurra em meu ouvido.

Nem pude responder, estava anestesiada, só podia pensar em ser dele!
Logo trocamos a posição, fiquei sob seu colo. Eu rebolava em cima de seu membro, ele apertava minha bunda e gemia intensamente.

- Vou gozar! - gritou.

Não demorou para que nós chegamos ao ápice do prazer.
Deitei ao seu lado, estava cansada, estava satisfeita. Acabei adormecendo em seus braços.

*

Acordei com o sol batendo em meu rosto, não fazia ideia do horário. Notei que o Ucker ainda estava dormindo, ao meu lado. Droga! Não acredito que eu realmente tinha ficado com ele, isso não podia ter acontecido. Como eu não pude resistir a ele?
Notei que ele estava abrindo os olhos, sorriu para mim.

- Bom dia, meu amor. - ele disse.
- Bom dia - respondeu, seca - Não me chama assim - Levantei da cama com um lençol cobrindo o meu corpo.
- Dulce... - interrompo-o - Nem precisa terminar de falar. O que aconteceu aqui não muda nada entre nós, entendeu? - ele ficou em silêncio - finge que isso nunca aconteceu!
- Tudo bem... eu.. eu.. - Hesitei - Eu já estou indo, minha mãe já deve estar preocupada, se você precisar de alguma coisa, me liga, por favor - assenti. Ele pegou suas coisas e saiu pela porta.

Desabei em lágrimas, tudo isso não era fácil para mim, mas eu não queria ter que lidar com isso agora, minha vó era a minha prioridade.
Tomei um banho rápido, vesti a primeira roupa que encontrei no guarda roupa e fui para o hospital.

Minha mãe estava encostada na poltrona, dormindo. Tadinha, devia estar exausta. Andei em direção a ela, acariciei seus cabelos.

- Mãe? - chamei, ela acabou despertando.
- Oie, meu amor, dormiu bem? - pergunta.
- Sim, mas você devia descansar. Cadê o papai? - olhei ao redor para ver se eu o encontrava.
- Foi comer alguma coisa. - diz.
- Tem alguma notícia da vovó?
- Parece que o foi tudo bem na cirurgia, mas ainda tem que esperar para ver como ela vai reagir.
- Vai dar tudo certo - sorri e abracei-a.

Meu melhor acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora