Pov Ucker
Já estávamos posicionados à frente da sala, Gabriela optou por ficar na parte técnica, sentou perto do notebook para passar os slides. Eu que comecei a falar. Falei um pouco sobre a vida de John Green, e seus primeiros projetos profissionais. Falei sobre sua ascensão no mundo dos livros e do cinema. Sempre fui de ficar nervoso em apresentação para o público, e sempre me disseram para olhar para alguém que te trazia segundada. Olhei para o canto da sala para que eu pudesse olhar para a Dulce, que de uma forma angelical, prestava atenção em tudo que eu dizia, fiquei mais tranquilo. Em seguida, Gabriela falou sobre alguns livros, dando um breve resumo deles. Culpa é das Estrelas, Cidades de Papel e o Teorema de Katherine. Fiquei feliz por ela ter articulado muito bem o que dizia, eu tinha receio que ela pudesse estragar alguma coisa, mas ao mesmo tempo sabia o quanto ela gostava de ser o centro das atenções.
Enfim terminamos a apresentação, achei mais simples do que o outro grupo, mas de um modo geral, fiquei satisfeito. A professora e o resto dos alunos também pareciam ter aprovado.
Pov Dulce
Notei que durante a apresentação dele, Ucker olhava para mim, fiquei feliz, e eu estava muito orgulhosa com o trabalho dele, ele tinha se dedicado muito. Na parte da Gabriela, preferi não dar muita atenção, ela falava muito alto, e para ser sincera, sentia um ar de arrogância e superioridade da parte dela. Como se achava.
Quando acabou, fui a que mais aplaudi e quando ela passou por mim, peguei em seu braço e sussurrei um "parabéns, foi incrível", ele sorriu e continuou o caminho até a sua carteira.
Os próximos seriam, Chris e a Annie. Que se levantaram com muito entusiasmo. Eles falaram sobre a Stephanie Meyer, autora da saga Crepúsculo. Foi super interessante, colocaram algumas cenas do filme, até a música "A thousand years" e com o jeito todo animado que só o Chris tem, convidou a Annie para dançar. E os dois exibiam a cena do casamento do filme, de forma divertida. Animaram a todos. A professora questionou o porquê do Chris estar com protetor solar no rosto. E ele disse que representava um vampiro e eles não podem tomar sol! Chris é único, que personalidade incrível.
O trabalho deles foi muito aplaudido por todos e pra professora.Mais três grupos já tinham se apresentado, todos foram ótimos. O meu seria o último, então quando o penúltimo grupo estava terminado de apresentar, Bruno e eu fomos nos arrumar.
Eu coloquei um vestido preto, longo e uma blusa de manga cumprida por baixo, ficou muito parecido com a da personagem. Amarrei o cabelo em um coque e passei um batom claro para finalizar.Voltei à sala e já estavam aplaudindo o grupo. Pronto, seria a nossa vez. Comecei a tremer, por mais importante que o trabalho fosse, eu ainda tinha o problema de falar em público.
Bruno estava ao meu lado, ele tinha ficado muito bonito com aquele terno. Ele sorriu pra mim. Começamos o trabalho.Eu fiz os slides com o fundo parecido com a capa do livro, ressaltava tudo que estava escrito.
Minha parte era falar sobre a autora, sobre sua influência feminista da época e como o livro nos influencia até os dias atuais. Logo, Bruno resumiu o livro, e também citou as adaptações do cinema.
Nós ensaiamos uma cena sobre o casal Elizabeth e Mr. Darcy, uma relação que não se trata do amor tão idealizado que estamos acostumados a ver. Era algo mais verdadeiro, mais real.- Eu queria dizer que tive o meu primeiro contato com essa história há uns anos, sempre fui apaixonado por ela ser mais real, porque acredita em segundas chances, na empatia, que ninguém é perfeito, é que os erros também acontecem com quem ama. - Digo.
- A empatia é muito usada nesse livro, porque eles saem da bolha que vivem, livrar-se que preconceitos para ver o outro de uma nova maneira - Ele completa o que eu disse.
- Era isso, obrigada pela atenção - conclui.Todos aplaudiram muito e a professora elogiou a nossa originalidade e dedicação. Eu fiquei muito feliz, e creio que o Bruno também.
Olhei para Ucker, parecia feliz, aplaudiu bastante, mas ao mesmo tempo, parecia incomodado com algo.
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Meu melhor acaso
RomansaAs diferenças podem pesar ou nos fortalecer? Até onde o amor pode nos levar?