Meu melhor acaso

Capítulo 52

Pov Dulce

A semana estava passando rápido, e meus amigos só sabiam falar da tal festa que aconteceria no sábado, eu ainda não tinha falado ao Ucker que não tinha vontade de ir, mas vi que eles estava todo animado.

- Dul, o que você acha que dormir na minha casa depois da festa? - Ele pergunta, enquanto fazia um cafuné no meu cabelo.
- É.. então, não estou muito afim de ir nessa festa - falei.
- Porque, Dul? Vamos, por favor. Vai ser legal.
- Eu não gosto muito de tanto tumulto, sem contar que na segunda temos prova, prefiro ficar em casa e estudar.
- Não acredito que você prefira ficar em casa num sábado à noite do que sair comigo! - ele levantou, irritado.
- Não é isso, claro que eu quero ficar com você, só não quero ir nessa festa!
- Podemos ficar só um pouco, depois ficamos juntos na minha casa. Prometo.
- Tá bom - bufei - mas não quero demorar lá.
- Não vamos demorar. Até porque, prefixo ficar sozinho com você - ele beija j meu pescoço.

O fato de eu ser uma completa virgem ainda me deixava frustrada, sabia bem o quanto ele era experiente nesse tema, e eu já imaginava o que ele pensava com estarmos sozinhos na casa dela. Eu devia ser sincera de uma vez, não sei se estou pronta para algo assim. Posso ser a garota mais careta que já existiu, mas não dá para evitar. Melhor mudar de assunto. Não quero pensar nisso agora.

- Sabe, ainda temos que aproximar a Annie do Poncho, o que acha de fazermos isso antes da festa? - perguntei, a fim de mudar de assunto.
- Acho que seria ótimo, no que você pensou?
- O que acha de marcar um encontro ? Faríamos bilhetes para colocar no armários dos dois, fingindo ser eles. Assim eles saíram juntos.
- E se eles ficarem bravos e isso só piorar tudo?
- Não seja pessimista, vai dar certo. - peguei uma folha do meu caderno e fiz dois bilhetes, mudei a letras para que eles não reconhecessem.

" Annie, precisamos conversar. Vamos sair? Me encontre no cinema amanhã às 17h"

Fiz o mesmo bilhete com o nome do Poncho, e colocamos nos armários deles, eu tinha certeza que daria certo.

Naquela mesma tarde, eu já estava em casa, mexendo no celular, quando vi que as inscrições para todos os vestibulares já estavam chegando. Claro que eu ja tenho me preparado há um tempo, mas ainda não tinha uma escolha. Sabia que precisava decidir o quanto antes. Comecei a pensar no quê seria bom para mim. Lembrei das palavras da Annie, dizendo que eu devia ser cantora. Eu nunca tinha pensado nisso, por mais que digam que a minha voz é bonita, morro de vergonha de estar em um palco. Mas como seria bom poder cantar para o mundo, mostrar as minhas músicas.

Peguei o violão que estava no canto do meu quarto e decidir tocar um pouco.
Estava com uma melodia na cabeça e queria colocar no papel, ver que podia sair algo bom disso.
Fiquei escrevendo o dia inteiro. Amava escrever, não tinha coisa melhor para fazer quando estiver com algum sentimento aflorado, não importa qual, é uma forma incrível de se expressar.