Excesso? Só se for de amor!

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Pov Dinah.

Poucos minutos após devorar aqueles biscoitos comecei a ouvir algumas reclamações de que algo não estava certo.
Assim que entramos no carro rumo a casa da vó Barbara meu celular desanda a tocar, comigo estranhando completamente tal atitude já que ainda estava dentro do horário combinado de voltar pra casa...

+Ligação on.

--- Diga minha deusa, o que aconteceu? Estamos indo pra casa já!

Saúdo minha amiga assim que atendo o celular.

--- Eu amei o deusa, mas a pequena está numa manha sem começo nem fim! Até febre está dando... foi muito tempo longe de vocês.

--- Era de se esperar pra uma primeira vez, ela resistiu bastante até. Daqui uns 25 minutos estamos aí, consegue dar conta?

Eu já imaginava um acontecimento desse, Sophie estava acostumada a passar no máximo, 3 horas longe da gente. Estamos na rua desde o começo da tarde, já passava das 7 da noite e ainda estamos na rua; sem contar que meus seios estão explodindo de tanto leite.

--- Eu vou tentar com ela aquele truque que você me ensinou, quarto nublado, silencioso...

--- Ela detesta barulho nessas horas, deixa que quando eu chegar dou um banho nela e tudo resolve. Obrigada de novo amiga, amo você.

+Ligação off.

Desligo a chamada e nessa hora vejo que minha baby estava fazendo algumas caretas de dor na barriga. Puxei da minha bolsa um pequeno frasco com antiácido e dei pra ela tomar, iria aliviar bastante até a gente chegar em casa;
Quando o mesmo fez efeito parece que soltou toda a animação que estava presa, Ally desandou a falar sobre o quanto amou e estava amando estar ali, de conhecer a neve, poder estar no gelo novamente. Essa energia foi tanta que no momento que faltavam poucas ruas pra chegar ela amoleceu no banco traseiro e dormiu! Eu estranhei seu silêncio repentino e quando olhei pelo retrosvisor ela estava sendo segurada pelo cinto de segurança e apagada... Parei o carro na garagem e nessa hora ouvi o choro alto e irritado da bebê dentro da casa; são nessas horas que percebo a potência dos pulmões dessa menina.
Sem pegar nada só soltei minha baby e a peguei no colo, com alguma dificuldade consegui abrir a porta da sala, Lauren estava jogada no sofá com o braço no rosto e com a feição irritada, vó Barbara estava com uma mamadeira nas mãos e ia em direção ao quarto onde vinha os berros.

--- Coloca a Ally na cama por favor? Enquanto eu resolvo esse drama? Desculpe...

Falo num tom baixo pra não acordar a baby, minha amiga a pega de mim e some escada a cima me fazendo dar risada pela rapidez em sair dali. Difícil vai ser convencê-la em ter um bebê...

--- Pronto meu amor eu tô aqui, a mamãe voltou pra você!

Entro no quarto da mais velha chamando sua atenção, que diminui o volume do choro e arma um bico digno de Oscar de melhor drama!
Minha amiga estava com os cabelos presos, roupa suja e querendo chorar junto com a pequena. Pedi licença a mais velha e com a bebê no colo me sentei na cama já a arrumando pra dar de mamar; mas era um tal de esfregar os olhinhos, miar, resmungar que assim que abocanhou meu seio chegou a engasgar tamanha sede.
Quando o silêncio reinou senti minha amiga encostar seu rosto em meu ombro com um bico manhoso na boca ameaçando chorar, com minha mão livre encostei em seu rosto como num abraço e beijei sua testa.

--- Obrigada por cuidar dela, eu sei que não é nada fácil tanto tempo assim.

--- Não me agradeça, cê sabe que faço de um tudo por essas meninas! Mas eu não aguentei essa agonia dela por saudade de vocês, sou muito frouxa...

Minha pequena gigante ---- Concluída. Onde histórias criam vida. Descubra agora