A viagem

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Quando o relógio marcou 9 da noite eu já estava com duas bolsas prontas, estava no sofá dando a mamadeira com o suprimento pra minha baby quando o interfone toca. O que é estranho porque as meninas não precisam de identificação pra subir aqui; deixo minha pequena no sofá mamando e vou atender.

--- Desculpa pela hora dona Dinah, mas tem um senhor aqui na porta insistindo muito pra falar com a senhora. O que faço? Dispensou ou a senhora vem falar com ele?

Diz seu João, porteiro do meu prédio.

--- Ele se identificou pelo menos? Estou sozinha com a Ally, não posso descer. Sem falar da pequena pergunta quem é e peça pra deixar um numero que irei retornar, por favor.

Alguns minutos depois ele me fala algo meio desesperador, que o homem lá embaixo era o pai da Ally e deixou o número do seu celular pra contato. Agradeci ao meu porteiro e logo fui avisar as meninas; liguei pra Mani logo em seguida.

+ Ligação on

--- Mani sou eu, presta atenção. O pai da Ally está na porta do meu prédio agora, não sei como descobriu onde moro e veio Aqui não sei onde estão mas não vem pra cá agora, me encontra ma casa da Lauren. Vou colocar as coisas no carro e vou pra lá agora.

--- Cassete Dinah, estou indo pra lá, no caminho aviso a Mila e toma cuidado quando for sair, ele pode estar de olho.

+ Ligação off.

Volto pra sala e percebo que minha pequena se acomodou no sofá e está vendo desenho na tv. Me achego em sua frente pra ter sua atenção.

--- Meu amor continue quietinha aqui que a ma vai fechar nossa casa e levar as bolsas pro elevador. Nós vamos pra casa da tia Laur ta bom meu bebê? Fique quietinha ta bem, já venho te buscar.

Me levanto e vou fechar as portas e janelas do meu apartamento, com as bolsas nas mãos as levo até a porta do elevador. Volto correndo pra pegar minha baby que já estava sentada atenta a cada movimento meu. Desligou a TV e a pego no colo, tranco a porta e vou em direção ao elevador.
Quem vê de fora parece que estou fugindo ou algo assim, mas enquanto eu não assinar aqueles papéis domingo não me sentirei segura de andar com minha pequena.

Quando ele para e se abre, vazio, graças aos deuses, empurro com o pé as bolsas e entro. Meu celular começa a tocar e num malabarismo digno de circo consigo atender, era Camila avisando que está no estacionamento me esperando pra ajudar. Melhor pessoa sempre.

Mal desligo e a caixa de metal abre e a vejo vindo pra pegar as bolsas. Enquanto ela guarda nossas bolsas na mala do meu carro ajeito a pequena no banco traseiro, pedi que ela levasse o carro que eu ia atrás com a Ally, não quero dar mole com ela assim.

Ao passar do portão tinha um carro desconhecido parado em frente ao portaria principal e percebendo quem era fomos na direção contrária. Sem perceber estou abraçada a Ally que apenas esconde o rosto em meu pescoço e retribui o abraço. Alguns minutos depois paramos em frente ao apartamento da Lauren e a própria Camila liga pra ela pedindo para descerem logo. Logo tenho ao meu lado uma palhaça dizendo estar num filme de ação, se sentindo a mocinha fugindo do vilão...

Combinamos que Camila e eu iremos nos revezar na ida e na volta Laurmani. Assim não ficaria cansado nem pesado demais pra ninguém;
Estamos na estrada há pouco mais de duas horas e tinha em meu colo uma Ally com a fralda pesada e com fome.

--- Mila, quando puder parar vou agradecer muitão. Preciso trocar a fralda dela.

Falo chamando a atenção dela.

--- Segundo o GPS logo aparece um posto e lanchonete...

Foi ela falar e avistamos um posto de gasolina com algumas lojas em torno dele logo, ela para para abastecer e depois numa vaga para podermos comer. Enquanto troco a fralda dela as meninas esticam as pernas e Mani vem me zoar como sempre.

Minha pequena gigante ---- Concluída. Onde histórias criam vida. Descubra agora