- é mais esperto do que parece – soltou um sorriso e voltou a coloração normal dos seus olhos
- você ainda não respondeu a minha pergunta... como chegou aqui? – puxei o meu braço com força e ele me largou
- com isso – ele mostrou um colar que estava em seu pescoço
Eu tenho um colar com o mesmo tipo de pingente, uma águia alçando voo, ganhei quando tinha sete anos de presente das minhas tias mais distantes
- ele me permite viajar pelo espaço conhecido – pressionou o colar e desapareceu em plena vista
- ele fez de novo – Fernando falou em pânico
- eu não acredito que isso tá acontecendo – David parecia estar com medo
- ok, que tal nós irmos embora? – sugeriu Gabriela se virando e dando um grito de susto
- acho que não vão a lugar algum agora – Luca estava no teto do carro de pernas cruzadas
- v-vai m-matar a gente é isso? Utilizar os nossos corpos como oferendas satânicas de magia negra - Fernando estava genuinamente com medo
- matar?... – perguntou dando um sorriso e logo desapareceu – ... não – falou aparecendo com a mão no meu ombro
- acho que eu vou ter um infarto – falei tentando me afastar mas ele insistiu em me segurar
- vocês estão aqui por algo maior, maior de que todos nós – deu um sorriso frio – vocês são a salvação do nosso mundo contra a Ascenção das bruxas e de seu imperador do caos – apertou o meu ombro com um pouco de força
- eu não faço muito o estilo de super herói, muito obrigado pela oportunidade – falou Fernando dando as costas e indo para o carro
- sinto muito mas você não vai a lugar nenhum – estendeu a mão na direção do carro, o chão começou a estremecer de uma forma devastadora, meus amigos caíram no chão com a força do terremoto e eu só continuava de pé por que Luca estava me segurando
- CHEGA – Fernando gritou com raiva em nossa direção, fazendo com uma força invisível e potente nós atingisse.
Era como se uma onda colossal tivesse me atingido com tudo, como se a gravidade da terra tivesse sido jogada contra mim e assim que me atingiu, fui jogado pra trás, acabei batendo a cabeça no chão com a força do impacto, meus ouvidos zuniam muito alto, meu corpo estava doendo muito
- acho que tive uma hemorragia cerebral depois desse choque – ainda deitado no chão David veio me ajudar a levantar quando os tremores pararam
- consegue se mexer? – perguntou abaixando do meu lado
- não – tentei mexer o braço mas ele não reagia além do mais minha cabeça parecia que ia explodir, a dor da pancada que estava sentindo por causa do choque com o chão é imensa
- Marcos...merda, me desculpa – Fernando se levantou do chão e correu na minha direção tremendo.
- eu consigo sentir o meu corpo mas não consigo me mover – estava começando a entrar em pânico de vez
Gabriela já estava perto de mim, ela tocava a minha mão a fim de que eu sentisse algo mas não sentia nada.
- me desculpa – Fernando estava realmente mal por aquilo
- Fernando se eu voltar a me mexer eu vou te esganar – meus olhos começavam a lacrimejar pela dor
- se você voltar a se mexer eu deixo e não revido – sorriu preocupado comigo
- faz alguma coisa por favor – David encarou Luca que apenas revirou os olhos sorrindo
- está vendo por que eu não posso mais deixar vocês irem? São um perigo a todos a sua volta por não serem treinados adequadamente – se abaixou na minha direção e me encarou – eu não posso fazer nada...- se levantou novamente e me encarou de cima - ... mas você pode – apontou para a Gabriela que me olhou por alguns segundos e fechou os olhos
Das palmas de suas mãos saiam luzes brancas que ao entrarem em contato com a minha pele me acalmavam, relaxavam, e pelo que eu estava sentindo aos poucos me curavam
- acho que tá funcionando – sorri com aquilo quando mexi a minha mão novamente
- sente isso? – perguntou Fernando apertando a minha cintura, me fazendo começar a gargalhar por que sentia cócegas ali
Enquanto eu gargalhava um som de algo quebrando pode ser ouvido do meu lado, me virando pra aquele lugar estava David com a mão enterrada no chão, não tinha como ter sido outra coisa.
- o que foi isso? – Gabriela olhou para David e na direção onde ele havia socado
- você quebrou o chão – Fernando estava de boca aberta olhando aquele feito
- suas emoções são o que ativam as suas forças... se eu deixasse vocês saírem eu estaria transformando vocês na principal causa da destruição do mundo – Luca olhava tudo de cima como se fosse superior
- o Marcos não é uma ameaça... – Fernando parou subitamente
-... ainda- Gabriela completou
- vamos ver quais são os poderes dele – David se levantou pigarreando e me puxando para me levantar junto
- eu posso me levantar sozinho – me larguei dele devagar só pra ter certeza
- ou talvez ele não tenha... – Luca começou a me analisar de cima a baixo -... isso é impossível nossos leitores nunca falharam, provavelmente deve ser por que você é mais fraco que eles por isso seu poder ainda não foi mostrado – ele se virou e atravessou aquela proteção
- acho que nós devemos seguir ele – Fernando entrou na minha frente e foi para dentro da proteção.
- então vamos - andei até ele toquei na mesma a textura fina como se fosse uma bolha de sabão gigante
Assim que atravessei dei de cara com um espaço muito lindo, era um imenso Campus cheio de pesso... O que é aquilo? Eu em sentia em uma revista de quadrinhos, eles estavam usando os seus poderes, e por mais que as vezes pareça assustador saber que isso existe no mundo, em nesse momento eu estou completamente impressionado de saber que existe pessoas com capacidades e poderes extraordinários de verdade.
- só eu estou enxergando isso? - me virei para os meus amigos que estavam encarando tudo pasmos
- acho que não, eu também estou vendo isso – Gabriela olhava para tudo e todos
- isso é incrível, eu achei que só existia em filmes – David encarou algo que parecia ser um fauno
- tudo bem isso está muito estranho, onde ele está? – falou Fernando procurando Luca
- eu não sei, era pra estar aqui bem na nossa frente – olhei ao redor em busca dele mas não vi nada
- acho que ele vai aparecer do nada de novo, para assustar a gente – falou David
- O QUE VOCÊS ESTÃO ESPERANDO? – gritou o Luca sentado debaixo de uma macieira a cem metros de nós
- acho que sabemos o que aconteceu com o Houdini- falei indo até ele junto dos meus amigos
- como assim? – Gabriela não havia entendido a piada
- o mestre do escapismo – assim que chegamos lá Fernando foi o primeiro a se sentar no chão já que estávamos abaixo de uma macieira
- do que vocês estão falando? – perguntou Luca sem entender
- que você parece o Houdini – me sentei ao lado dele
- você acha? Olha ele lá! – apontou pra frente onde um homem totalmente igual ao Houdini andava com um livro na mão
- quem é ele? E por que se parece tanto com o Houdini – encarei mais o homem parecia muito com o Houdini, era como se o próprio estivesse ali
- é por que ele é o Houdini, por isso perguntei se me pareço com ele – bufou e tocou na árvore
A árvore começou a se mexer bem devagar e dela além de cair várias maçãs também caiu um caderno azul.
- espera se ele é o Houdini, como é possível que esteja vivo? por que mesmo que não tivesse morrido quando tinha 52 anos, teria morrido agora em 2020
- o que isso tem haver? – perguntou Luca indiferente
- cara, ele nasceu em 1874 e “morreu" em 1926 com 52 anos – David tentava fazer ele enxergar o quanto aquilo era incomum
- idai? – disse lentamente mordendo uma maçã e abrindo o caderno azul
- idai que... – peguei o caderno da mão dele, o que não o agradou muito pois me lançou um olhar fulminante logo em seguida – fazendo as contas era pra ele estar com 146 anos – arregalei os olhos com a possibilidade
- não sei quanto de intelecto você tem mas presta atenção... – me encarou e depois olhou para cada um dos meus amigos – você – apontou para Fernando – criou uma onda telecinética tão forte que quase matou o seu amigo... você – apontou agora para Gabriela – curou o seu amigo com luzes brancas que saiam da suas mãos e penetrava o corpo do mesmo... você – apontou para David que engoliu em seco com o que o homem iria falar – socou o chão com tanta força que fez um buraco nele por algum motivo que eu não entendi... e você – dessa vez ele apontou pra mim – ainda não fez nada mas se pegar o meu caderno de novo eu corto as suas mãos fora – deixou os seus olhos negros e depois voltou eles ao normal com a intensão de apenas me assustar... o que funcionou
- ok – coloquei o caderno dele de volta no seu colo bem devagar
- ah, então ele está vivo... – Fernando cruzou as pernas e começou a assobiar
- sim, agora caiu a ficha? – perguntou abrindo o caderno novamente e lendo algo por alguns segundos antes de jogar ele pro ar novamente, caindo não galhos da macieira.
- vamos entrar eu tenho que deixar cada um de vocês nos seus dormitórios assim que passarem pela difusão de raças – se levantou e esperou que nós também o fizéssemos
- como assim por raça? Que lugar é esse que julga pela cor da pele...
- Gabi – toquei no ombro dela já que a mesma não havia entendido e Luca já estava perdendo a paciência novamente
- espera... eu não creio que em um lugar cheio de criaturas estranhas vocês ainda julgam pela cor da pele – as pessoas ao nosso redor estavam encarando ela chocado e de boca aberta
- Gabi... – toquei novamente no ombro dela já que eles estavam começando a cochichar entre si
- espera... sinceramente eu não...
- GABRIELA... – gritei com raiva e chamando a atenção da garota – ele não está falando de cor e sim de raça... acho que mutante... – olhei ao redor pra ver se algum dava um sinal que eram assim que se chamavam
- não chamando a gente de humano tá ótimo – falou alguém em meio a risadas
- aquele garoto cheira a humano – alguém estava dizendo isso é parecia estar muito perto por que conseguia ouvir perfeitamente
- Marcos...
- quem são aqueles?
- hummm ele parece humano...
- um humano aqui? Esse instituto está se degradando a cada dia
- Marcos...
- humano nojento...
- se esse humano estudar aqui eu juro que vou embora...
- ele até que é bonitinho mas é uma pena ser um humano...
- se for um humano eu juro que irei matar ele
- quem é aquele humano ao lado do Mestre?
- aquele humano vai sofrer aqui ou em qualquer lugar que ele vá ficar
- é claro, um humano esnobe quer entrar na elite?... isso não vai ser possível
- MARCOS – alguém me sacudia sem parar
- o que foi? – as pessoas pararam de falar, acho que eu sou o humano
- você virou o rosto e entrou em transe – Fernando colocou a mão no meu ombro
- eu estava ouvindo... as árvores balançarem – olhei ao redor e todos me encaravam com nojo e pena – me acalma – me senti desconfortável, quando acontece eu sempre cruzo os braços e abaixo o olhar
- ok, vamos o Luca vai nos levar para os nossos alojamentos – Gabriela me puxou pelo braço para mais perto deles
- antes que eu me esqueça... – Luca se virou na nossa direção – aqui de modo algum devem me chamar pelo meu nome... me chamem apenas de Mestre – deu um sorriso
- por que? – perguntei
- por que se você não me chamar assim, eu arranco o seu coração fora, só que não é só a mim que deve se referir dessa forma mas sim, a todos os seus superiores – deixou os seus olhos negros e se virou em direção às portas de entrada
- acho que nós entramos no exército – Fernando falou em meio a uma risada nasalada
- eu também acho – senti os olhos de alguém queimando nas minhas costas assim que me virei uma garota loira me encarava de cima a baixo, pelo menos ela não tem visão de calor
Chegando em uma sala sem janelas, que continha apenas um caldeirão brilhoso.
- aqui nós faremos a difusão – pegou uma agulha com algumas imagens nela, reconhecia aquilo como runas
- eu vou primeiro – David se aproximou de Luca que pegou a sua mão com força e a virou para cima
- espero que não tenha medo de agulha – espetou o dedo de David que gemeu um pouco de dor – jogue a gota de sangue ali – apontou para um caldeirão que estava do lado direito dele
Assim que a gota entrou em contato com o caldeirão uma fumaça verde subiu e logo mostrou uma imagem, era o corpo do David e aquele caldeirão analisava tudo, todos os seus pontos fortes para decidir onde colocar ele. Entre os seus poderes estavam força elevada, velocidade, cura acelerada, transmutação física e cronocinese ou simplificando: o controle sobre a velocidade.
- você é um licantropo – Luca pegou a mão de David e cortou a mesma com uma de suas unhas
- você ficou maluco? – David puxou a mão e se afastou
- olha a sua mão – Luca sorria olhando para o loiro
- tá tudo bem? – me aproximei de David mas o mesmo me afastou
- está tudo bem – levantou a palma que não havia mais nenhum corte
- minha vez – Fernando ficou de frente à Luca que furou o seu dedo
Com Fernando não foi diferente ,aconteceu o mesmo processo e o que foi atribuído a ele foi, telecinesia intermediária, o que dava um leque de habilidades entre elas tinha a capacidade de se curar, resistir a grande impactos, levitar e voar, teletransporte, pressão telecinética e explosões.
- eu sou o mais poderoso de nós – Fez uma dancinha e apontou o dedo no meu rosto e depois nos deles
- sabia que eu posso fazer você explodir acelerando a velocidade do seu organismo? – David levantou uma sobrancelha e encarou Fernando que logo ficou quieto
- calem a boca, é minha vez – Gabriela dou até Luca que fez aquele mesmo processo
Os seus poderes foram considerados como cura, voo, teletransporte, controle sobre o fogo celestial e invocação de armas angelicais
- então... agora é você – Gabriela me empurrou mais perto de Luca que me olhou sem expressão
- ok – estendi a minha mão e ele segurou firme
- eu juro que isso... vai doer – perfurou o meu dedo mas não como os outros, ele enfiou metade da agulha no meu dedo
Conti um grito e o que saiu foi um gemido de dor
- cheiro de sangue – David estava fungando o ar
- deve ser o nosso sangue... – Fernando estava olhando o seu próprio dedo
-não, é muito sangue – olhei pro meu próprio dedo
- deve ser impressão sua – Luca sorriu e me dirigiu até o caldeirão
Assim que meu sangue começou a ser fundido com o líquido do caldeirão, ele começou a borbulhar e a mudar de cor.
- o que é isso? – perguntou Fernando olhando fixamente o caldeirão que aos poucos ia perdendo a sua iluminação
- talvez seja sinal de poder....
- o sangue humano em contato com o caldeirão deve ter feito isso – bufou Luca passando a mão no rosto
- tá legal – respirei fundo contendo um xingamento
- vamos, vou levar vocês aos seus respectivos dormitórios e depois lhes darei as suas grades de horários separadas...
- espera, não vamos ficar juntos? – perguntei erguendo uma de minhas sobrancelhas
- não, cada um tem que estudar uma área específica de acordo com o seu poder latente... vocês não tem noção do quanto são especiais... menos o Marcos, ele é só humano mesmo – sorriu de lado saindo pela porta e nos o acompanhamos
Já do lado de fora da sala nos fomos em direção ao hall, para que chegássemos até as escadas onde ficaríamos divididos pelos andares, subindo para o primeiro andar quem ficaria naqueles dormitórios seria Gabriela, em um só para meninas, no segundo foi Fernando, só para meninos, no terceiro foi o David, em um dormitório misto e no quarto.... ele me arrastou ora uma sala de reuniões.
- senta – andou até a janela e escancarou a mesma
- fala – passei uma mecha do meu cabelo pra trás por que estava caindo no meu olho
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Celeste - Romance/fantasia GAY
Aventuraquatro jovens que descobrem ter poderes incríveis, várias aventuras solos pra que no final se reencontre em suas formas finais, sendo perseguidos por inimigos com poderes além dos seus, terão de testar o limite que sua amizade suporta, descobrindo m...