- o que você fez foi imperdoável, eu tinha te perdoado a duas por matar aqueles garotos mas depois, por que você matou eles? Você sabia que eu gostava dela e tirou a sua vida sem do nem piedade... – a sala começou a tremer
- o que eu fiz? – os olhos dele estavam se enchendo de lágrimas
- você matou a minha família, os meus melhores amigos, a mulher que eu mais amei.... – as lágrimas escorriam pelo seu rosto
- como assim? – dei alguns passos pra trás
- NÃO SE FAÇA DE INOCENTE – a mesa que havia na sala, virou pó com o grito dele.
- Fernando , o que quer que você tenha ouvido não fui eu quem fez isso....– tentei me aproximar dele mas o mesmo me lançou na parede
- CHEGA DE MENTIRAS – a gravidade estava ficando mais pesada
- Fernando, eu juro... – tentei me mexer mas não conseguia
Ele me olhava chorando, seus olhos brilharam de raiva e de decepção
- eu vi tudo, não existe perdão pro que fez a eles... – Fernando estava fechando a mão fazendo os meus órgãos se comprimirem
- repulsa – Vinicius estendeu a mão fazendo Fernando criar um buraco na parede atravessando ela
- o que você fez? – perguntei caindo no chão sem conseguir respirar direto
- ele ia te matar – Vinicius me ajudou a levantar
- ele é o meu amigo... alguma coisa aconteceu
- isso é óbvio – ele começou a correr comigo
- você não vai escapar tão fácil – eu ainda estava sem fôlego, não ia conseguir levar as nossas mentes de volta
- leva a gente de volta – Vinicius pedia vendo a escola começar a desabar
- eu não consigo – senti o meu corpo paralisar
- Marcos? – me olhou com os olhos arregalados antes de ser jogado pra frente e vários escombros cair em cima dele
- Vinicius – estendi a minha mão pra ele e fiz ele evaporar indo pro lugar de onde ele não deveria ter saído, aquilo me esgotou totalmente
- você não merece clemência... – ele me puxou pra perto dele
- Fernando acredita em mim, eu não tenho nada a ver com isso – pedi olhando nos olhos dele
- não... não vai conseguir me convencer, eu sou mais forte que você – ele me arremessou no chão, ouvi alguns ossos meus sendo quebrados, gritei de dor com aquilo
Um filete de sangue escorria pela minha boca, estava começando a me engasgar com o meu próprio sangue.
- eu quero ter o prazer de te matar com as minhas mãos – ele se abaixou sobre mim é começou a pressionar as suas mãos no meu pescoço, me asfixiado
O anel da mente não queria me responder, ele estava se recusando a me ajudar, ele estava gritando aquele mesmo nome
- fer...nando – minha visão estava ficando turva, o ar já não passava de jeito nenhum
Ele estava dando um sorriso de alívio no rosto, era mesmo o Fernando , não era outra pessoa fingindo ser ele.
- espero que queime no inferno – ele sorriu me vendo apagar
Respirei fundo acordando no chão da minha casa nova com Diego com as suas mãos sobre o meu peito, Luah estava do mesmo jeito, seus olhos brilhavam em magenta
4:21, 6 de abril de 2020
Diego soltou o ar como se tivesse prendido ele por muito tempo, Luah fez a mesma coisa
- o que aconteceu? – perguntei com a voz fraca
- você estava se debatendo no chão. Seus ossos começaram a se quebrar, estava morrendo... – ele me olhava com medo – o que aconteceu?
- meu melhor amigo tentou me matar – me sentei no chão com muita dor por ter levantado
- por que ele faria isso? – Luah se ficou ao meu lado enquanto Diego se sentou no sofá
- ele disse que eu matei a família dele, junto com os nossos amigos... - – minha cabeça estava estalando, eu estava instável, mais instável do que antes.
- se seus amigos eram vampiros então ele não mentiu – Diego me encarava, ele também estava pensando .
- não eles não eram... o pior era que é ele mesmo, não havia nada nem ninguém controlando ele – abracei as minhas pernas sentindo o meu estômago doer
- algo deve ter acontecido – Luah me abraçou
- algo aconteceu, e eu vou ter que descobri o que foi... – me soltei dela e subi para o quarto
Meus poderes estavam começaram a falar desde que eu andei na mente do Diego, depois eles pioraram quando nós três estávamos treinado, o que isso quer dizer e o que o Vinicius... Vinicius...
- Vinicius – chamei por ele não ouvindo resposta – Vinicius – gritei mentalmente ouvindo um gemido
ele aparece completamente sujo e cortado na minha frente
- você está vivo, que bom – sorri entrando no meu quarto
- o que foi aquilo e como ele conseguiu nos atingir? – aos poucos ia se curando
- era o Fernando ... meu melhor amigo – dei um sorriso triste
- seus amigos sempre tem o costume de tentar te matar? Deixa pra lá eu já sei que sim – bufou desaparecendo
- espera... e o arquivo que você foi procurar... – ele não me respondeu mais
Tomei um banho demorado e me deitei, o nome Egido ainda era recorrente na minha cabeça, será que esse anel era analfabeto e não sabia dizer Egito?...
Me joguei na cama esperando o meu sono chegar mas não vinha nada, literalmente nada... minha cabeça sempre ia de encontro com o Fernando em enforcando e me mandando ir pro inferno.
Me levantei e desci as escadas pra fora de casa, me sentia sufocado lá dentro, não pensava direito nem nada
- droga – fui até uma clareira que tinha perto, andava lá de um lado pro outro com a cabeça nas nuvens. Estava com raiva, muita raiva, queria sabe quem havia feito aquilo tudo ainda mais ter matado os meus amigos... Eu juro que eu vou matar quem fez isso... promessa é divida.
- ora ora – olhei em busca de alguém
- quem tá aí? – perguntei olhando ao meu redor
- isso é tudo culpa sua, tudo o que eu planejei foi desfeito quando você salvou Luca e Lincoln, graças a isso está acontecendo essas coisas... tive que mudar os meus planos e dessa vez eu não vou te contar
- é claro... – gargalhei freneticamente – você está juntos com eles não é – sorri criando uma arma com um silenciador e atirando pra trás de mim
- acho que isso vai me matar? – deu lá risada
- não... foi só pra saber onde você estava – estendi a minha mão fazendo ele explodir em vários pedaços
Ainda não estava aliviado, estava com muita vontade de matar... agradecimentos ao Fernando . Respirei fundo e voltei pra casa indo pro subsolo.
- o que você vai fazer? Eu não consigo... – Vinicius apareceu mas eu fiz ele desaparecer imediatamente, estava sem cabeça pra ouvir sermões dele
- vamos lá – chegando no meio da arena fiz força pra tirar os acessórios que não estavam querendo sair de jeito nenhum mas no final eu consegui
Joguei eles no chão e fechei os meus olhos, ativei o anel remotamente infundindo os dois juntos.
- só parem quando eu perder a consciência – os acessórios começaram a brilhar fortemente.
O acessório de proteção se transformou em um tipo de humanoide sem rosto, o acessório de ataque também ficou do mesmo jeito, eles tinham uma certa consciência. Eles me olharam por alguns segundos e se colocaram em posição de ataque. Uma luz verde começava a emanar deles, os dois deram as mãos.
- o que vocês estão fazendo? – dei alguns passos pra trás sentindo o ar telepático da sala pesar
- o que você nos mandou – eles se juntaram em um só e se colocaram em posição de ataque, sem nem esperar vieram na minha direção em uma velocidade gigantesca.
Fui arremessado na parede onde estavam as armas, ela caíram em cima de mim me machucando um pouco mais. Peguei duas katanas e me preparei.
- pode vir – pressionei um pouco os olhos e esperei por ele, o mesmo criou uma espada enorme, ele parecia estar crescendo mais que o normal... ou eu estava ficando pequeno – o que você está fazendo? – dei alguns passos pra trás
- os desafiados podem escolher o modo e condições das batalhas, e eu escolho mostrar todos os nossos potenciais... – estava parecendo mais humano que o normal
- droga – bufei e respirei fundo
- Egido – ele veio na minha direção, eu não tinha muita coisa o que fazer.
- o que eu faço? – sussurrei pra mim mesmo indo pra trás até encostar na parede - ... as pernas, quanto maior o tamanho maior a queda – corri na direção dele o mais rápido que eu podia.
A sala estava ficando pequena...
- você está alterando a minha mente? – cortei a perna dele mas não fez efeito
- eu disse pra mostrar o nosso potencial, onde está o seu? – perguntou me chutando na parede
- então me devolva os acessórios e aí sim eu te mostro o meu potencial – ele deu uma risada e me pegou pela minha blusa apena com dois dedos
- caia no abismo da sua mente... – ele me soltou e eu me senti caindo em um abismo – você tenta dar lição de moral mas não sabe de nada, tenta parecer forte mas não é, fala sobre o perdão... mesmo nunca perdoou os outros mas apenas a si mesmo... você sabe bem que o seu traumas não era aquele, com o passar do tempo virou outra coisa... ou alguém.
- CHEGA, EU QUERO QUE ISSO ACABE AGORA – ele estava colocando imagens na minha cabeça
- por que fez isso?...
- mãe? – olhei pra cima mas não era... a mesma pessoa de antes. Ela estava como se fosse um cadáver, apenas pele e osso
- você matou o papai – minha prima apareceu do meu lado com a mão no meu ombro
- ela nunca vai saber como é ter um pai por que você matou ele...
- eu morri por culpa sua... – meu tio apareceu na minha frente me empurrando pra trás
Eu estava em choque, puxei as minhas pernas e abracei elas o máximo que eu podia.
- isso é tudo culpa sua – era a voz do meu irmão mais velho
- você merece morrer, eu espero que apodreça no inferno – o Fernando me levantou pelo pescoço e me deu um soco, me lançando no chão novamente
- o que vai fazer quanto a isso?
Eu estava chorando de raiva e medo, não sabia explicar o que diabos estava acontecendo... meu corpo fervia, minha cabeça parecia que ia estourar.
Me apoiei no chão pra levantar enquanto ele passava as memórias de todas as vezes que eu fui ferido emocionalmente de diversas maneiras, tanto físicas quanto emocionais
- do que adianta ter força bruta ou saber lutar se no momento que eu toco a sua mente fica totalmente vulnerável?
- você é fraco... igual ao seu irmão – meu pai sorria me olhando com um cinto na mão
- eu não sou fraco – encarava ele com raiva
- então faça algo – ele sorria me olhando. Estendeu o cinto e bateu com ele no meu rosto, eu não conseguia me mexer em momento algum, o meu corpo estava travado – fraco – ele pegou no meu queixo e se aproximou mais de mim
- não me toca – mexi meu pescoço tentando tirar a mão dele de mim
- e se eu não quiser?
- eu mandei me soltar... – fechei os meus olhos fortemente sentindo a energia da sala começar a se esvair, ele estava apertando o meu pescoço mais forte ainda – eu mandei me soltar – naquele momento a energia da sala havia sumido, meu corpo estava tremendo muito me sentia muito cheio
- eu não quero – a mão dele parou de me tocar
- tire a sua mão imunda de mim – abri os meus olhos vendo ele tremer
- isso não era pra acontecer – o meu pai desapareceu e eu voltei pro mesmo lugar de antes – pare o que estiver fazendo – estendeu a mão pra mim
- acho que não – deixei explodir fazendo ele literalmente virar pó – eu quero que você sinta – entrei dentro do próprio anel da mente – ... o que? - fui tirado de lá antes de ver muita coisa
- não tinha o direto de fazer isso
- eu mostrei o meu potencial – estendi a mão fazendo ele se desfazer.
A sala voltou ao seu tamanho normal, só que nem tudo voltou... tudo ficou destruindo, totalmente destruído
- me sinto bem melhor e você? – peguei os acessórios do chão – por que ficou calado? – dei uma risada com aquilo, pra quem estava me dando lições ficou quieto rapidamente
- o que aconteceu aqui? – Diego chegou correndo e com os olhos arregalados olhando tudo
- wow – Luah estava ao lado dele
- Marcos? O que aconteceu? – ele se aproximou mais de mim
- não foi nada – sorri por alguns segundos sem nem perceber
- o que foi isso? – ele se afastou dando alguns passos pra trás
- o que? – perguntei sem entender
- seus olhos brilharam em Rosa Pink – ela me olhava de cima a baixo
- como assim? Eu acho que é o costume – dei uma gargalhada
- não Marcos, quando vocês brilham os olhos só as suas íris ficam dessa cor mas dessa vez foi o seu olho inteiro, era como se fosse feito de pura energia – os dois estavam juntos me encarando
- deve ser coisa da cabeça de vocês – sai passando por eles e terminei de colocar o bracelete e o anel
- tudo bem – não me virei apenas continuei andando até chegar no “elevador"
- eu ainda não acredito que foi possível fazer tudo isso... nunca vi fazerem isso nas HQs de super heróis – sussurrei indo pro meu quarto
< Marcos, se você estiver me ouvindo fuja, existe um complô contra você >
< isso não é novidade meu querido, principalmente por que vocês também fazem parte disso >
< sério? Desde quando aliados ficam trancafiados? >
< preciso ver isso >
Me deitei rindo e fechando os olhos, me coloquei em transe e fui até eles, dessa vez não precisei passar por aquele lugar escuro que eu chamo de mente.
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Celeste - Romance/fantasia GAY
Adventurequatro jovens que descobrem ter poderes incríveis, várias aventuras solos pra que no final se reencontre em suas formas finais, sendo perseguidos por inimigos com poderes além dos seus, terão de testar o limite que sua amizade suporta, descobrindo m...