Capítulo XXVII - ELES estão vigiando...

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Caímos em cima do capô do carro que eu havia pego emprestado, o cara havia acabado de acordar e estava gritando histérico quando nós quase atravessamos o para-brisa e pela casa que havia acabado de explodir.
- MINHAS IRMÃS – gritava olhando pra onde era a sua casa e agora era apenas um monte de destroços.
- vamos, nos temos que ir – desci do carro e abri a porta do carro.
  Guilherme me olhou rapidamente e me deu um soco no meu rosto, revidei o soco novamente quebrando o nariz dele e fazendo o mesmo colocar a mão em cima pra conter o sangramento que havia começado.
- sai – joguei ele pra fora do carro e entrei
  Misty ainda continuava olhando pra sua casa queimada e chorando sem parar.
- Misty vem – chamei ela mas a mesma continuava parada
   Sai do carro correndo quando vi alguém atravessar as chamas e os escombros da casa, ele estava com uma arma na mão.
  Puxei Misty pra dentro do carro, ela se recusava a entrar, seus olhos se iluminaram de raiva assim que viu um dos homens que haviam explodido a casa dela. Usei a força que eu tinha e joguei Misty pra dentro do carro, entrei ligando o mesmo enquanto o homem atirava contra nós, criei um escudo na nossa frente mas como exigia concentração ele não iria durar por muito tempo.
 Dei ré com o carro, catei pneu saindo de perto da casa em chamas, por sorte não tinha ninguém na rua, elas não tinham muitos vizinho, e os que tinham pareciam não estar em casa... ou.
- eles estavam observando...
- o que? – perguntou me vendo balbuciar algo
- não é nada – olhei pelo retrovisor por extinto, não havia ninguém lá.... talvez por que eu estivesse olhando pro lado errado...
- CUIDADO – gritou Misty no meu ouvido quando atravessamos o sinal, um carro colidiu com o nosso, a rua estava cheia demais, só que... eram eles.
 Um dos caçadores deu um aceno pra mim antes de estender a sua ak-47 pela janela do seu carro e começar a atirar conta nós, os barulhos dos tiros assustaram as pessoas na rua que começaram a correr para se proteger. Pisei fundo no acelerador pra fugir deles o maus rápido possível.
- trouxe alguma arma? – Misty me encarava
- por que eu traria uma arma? Usa sua magia – desviei de uma senhora que estava atravessando a faixa de pedestres
- não dá, eles têm um amuleto que funciona pra absorver os nosso feitiços e depois de alguns segundos redirecionar na nossa direção – bufou olhando pela janela, por pouco ela não foi atingida, as balas atingiram o visor do lado do passageiro, quebrando ele imediatamente.
- pega o volante – encarei ela
- EU NÃO SEI DIRIGIR – Misty parecia com medo e raiva, tudo junto.
- pega a droga do volante – coloquei a mão dela no volante e fui pro banco de trás
- merda – falou se sentando no banco do motorista.
Sem me preocupar com a direção, eu poderia me concentrar mesmo com o carro balançando, usei os meus acessórios quebrando o porta malas.
- O QUE VOCES ESTA FAZENDO? – gritou me olhando pelo retrovisor
- SO DIRIGE, DEIXE QUE EU CUIDO DO RESTO – criei uma arma feita de energia
- NÃO PODE USAR ISSO, ELES VÃO ABSORVER E REDIRECIONAR NA NOSSA DIREÇÃO – fez uma curva brusca pra esquerda
- ISSO NÃO É MAGIA, É ENERGIA - comecei a atirar na direção do carro deles, só que o vidro do carro é blindado, as minhas balas eram apenas um pouco mais resistentes do que as balas de uma arma comum, já quem em uma certa distância longe de mim, ela enfraquecia mais – vou ter que aumentar o armamento – criei um fuzil ponto 50 e atirei neles, a bala perfurou o vidro e atingiu o motorista, que perdeu o controle do carro e fez o mesmo capotar diversas vezes e parar dentro de uma loja de souvenir...
Suspirei aliviado por que a energia que eu tenho não é infinita e uma hora eu teria que parar antes de ficar esgotado mas eu acho, que a minha vida não é tão sortuda assim.
Tinham mais três carros e duas motos atrás daqueles que se separaram e aceleraram.
- NÃO VAMOS CONSEGUIR NOS LIVRA DELES – gritou curvando novamente
Eu iria cansar muito rápido caso tivesse que abater todos eles. Enquanto eu pensava no que fazer, uma das motos parou ao lado do motorista.
Me virei o mais rápido que eu pude e criei um escudo no lugar do vidro quando as balas o quebraram, por pouco ela não ficou com um buraco na cabeça.
< marcos, tá me ouvindo? >
< quem é? >
Enquanto conversava com... Eu sei lá quem, criei um escudo abaixo do chão e levantei ele fazendo o motoqueiro bater a moto e cair de cara no chão... acho que eu matei ele pelo impacto que ele fez com o chão, junto da sua alta velocidade... enfim ele que lute.
< eles sabem quem é você e querem o seu anel, se esconde em algum lugar agora > ele parecia nervoso
- merda – passei a mão no rosto
- se abaixa – Misty pressionou minha cabeça pra baixo, os vidros foram quebrados enquanto um dos motoqueiros atirava contra nós.
 Levantei bem rápido e criei um bastão pequeno, que lancei na roda da moto fazendo ele capotar e dar um tiro acidental... nem tanto acidental, que acertou o meu ombro e atravessou o osso.
- VOCE FOI ATINGIDO? – perguntou entrando em uma rua... Eu conheço essa rua
- tá tudo bem... acelera – passei pro banco da frente
- não posso – tentou pisar no freio mas eu a uma impedi
- vai... confia em mim – fechei os meus olhos ignorando a dor latejante no meu ombro.
- se eu morrer, faço questão de voltar a vida pra matar você – bufou mudando de marcha e acelerando ao máximo que podia.
  Os carros ainda estavam na nossa cola e parecia que não sairiam tão cedo.
  Ela começou a gritar quando estávamos chegando bem perto da beirada dela, quando o carro saiu do chão eu me concentrei ao máximo criando um escudo liso, aquilo estava acabando com a minha energia muito rápido, com o meu braço sangrando eu acabei perdendo um pouco da minha concentração, o que fez o escudo começar a se desfazer quando estávamos quase perto do outro lado.
Os primeiros carros a caírem foi os deles que resolveram nós seguir, depois... foi o nosso, que começou a cair. Com o restante da minha energia, eu criei uma arma de pressão de ar abaixo do carro que lançou a gente pra cima, em direção a ponta da estrada.
Quando o carro colidiu com o chão, ele me fez ir pra frente e bater a cabeça no painel do carro, eu já estava cansado, sangrando, com a energia muito baixa, se eu fosse um celular estaria em 1% prestes a chegar em zero.
- Marcos, fica acordado – me sacudia sem parar
  Qual é o problema dessa gente? Eles acham que se sacudir alguém essa pessoa volta ao normal? Isso não é só sono querida, é como se eu fosse morrer, e ninguém se salva da morte sendo sacudido.
- curea – passou a mão pelo meu ombro onde estava o buraco de bala me fazendo gemer – vai ficar tudo bem, você só precisa descansar – meus olhos estavam pesados e se fechavam sem que eu deixasse, me entreguei ao conforto daquela escuridão perfeita.
 Senti o meu corpo se chocando com o chão, me levantei bem devagar por causa das minhas costas, do tanto que eu já cai no chão é capaz de eu ter adquirido uma hérnia de disco.... não havia ninguém lá, além de mim... e um par de olhos misteriosos flutuando no ar.... bufei cruzando os braços e andando na direção oposta daqueles olhos. Agora era só o que faltava, eu aqui de boa, curtindo a escuridão e um par de olhos vermelhos vem tentar tirar a minha paz? Não, querido, não, você não vai fazer isso.
 Me senti pisando em falso, como se você pisasse em uma poça não sabendo ser um buraco enorme de água e afundando... era assim mesmo que eu estava, até bater as costas novamente contra algo meio macio... meio por que era um pouquinho duro.
- acorda – senti alguém me sacudindo
- o que foi? – perguntei abrindo os olhos
- vou te levar pra um lugar especial, você disse que estava a procura de outros donos de objetos da alma certo? – me ajeitei no banco coçando o rosto
- sim – então ela sabia onde eles estavam? É lógico, todas as bruxas são unidas como uma colmeia de abelha.
- então, meus mestres estavam procurando o anel da mente, e parece que ele se conectou a você – ela sorria dirigindo – você provou que não é um deles então merece a minha confiança – entrou em uma área de floresta
- como nos chegamos aqui tão rápido? – perguntei aa vendo o sol
- não foi rápido, eu tive que fazer um feitiço e ainda demorou um dia inteiro – ria ela
- eu dormi por um dia inteiro?
 
   4:17, 3 de abril de 2020
 
- foi, você ficou exausto com aquele esforço
- onde nós estamos? – perguntei olhado a fortaleza que estava a frente
- na sede das bruxas, já que nos fomos expulsas das sedes sobrenaturais, nos fizemos a nossa própria – estacionou o carro e saiu – vem – foi até a minha porta e abriu ela pra que eu saísse.
- claro – sai do carro sem muita vontade, se eles me vissem provavelmente iriam me matar
- não precisa ter medo, eles não vão te machucar – sorriu simpática  
- você não parece estar triste – reparei que ela estava sorrindo sendo que as suas irmãs haviam acabado de ser mortas
- não se preocupe, isso tudo foi um teste que o mestre da natureza fez pra você – travei no lugar
- quer dizer que eu estava sendo observado? – olhei pra ela sentindo o meu sangue ferver
- sim, observamos você desde que saiu do castelo dos vampiros, aqueles monstros sangue sugas – sorria ela me guiando pra dentro
- como vocês me rastrearam? – passei pelo hall de entrada
- com um feitiço, já provou o seu valor – passou a mão em frente ao meu corpo fazendo uma barreira azul ser desfeita
- o que era isso – olhei pra aquilo que estava em volta de mim
- era o que nos usávamos pra te rastrear, dois dos nossos colocaram em você – me puxou mais pra dentro daquele lugar – onde estão os mestres? – perguntou pra recepcionista que estava em frente ao elevador com a sua mesa
- estão em reunião, pediram pra não ser incomodados
- uma reunião sobre o que?
- sobre o ataque de hoje contra os vampiros do Brooklin, pra matar o mestre deles... – ela nem se quer olhou pra... matar o mestre do Brooklin
- como assim matar o mestre do Brooklin? – Frey, Ele foi quem surgiu na minha mente

Celeste - Romance/fantasia GAYOnde histórias criam vida. Descubra agora