Esse poder não me deixava tão fraco quanto o teleporte, sua principal função era acabar com o raciocínio logico, criando colapsos neurais e destruindo totalmente a sua mente.
Uma lágrima caiu pelo meu rosto por ter matado aquelas pessoas inocentes ali em baixo. Luca e Frey caíram no chão... aparentemente mortos.
Não tinha tempo pra chora, mesmo que o morto tenha sido o amor da minha vida.
- Gabriel – fui até ele, toquei a sua cabeça fazendo ele acordar sobressaltado
- o que aconteceu? – esfregou os olhos olhando ao redor e olhando todos mortos
- não posso explicar agora – ajudei ele a se levantar e subimos as escadas o mais rápido possível
- pra onde nós vamos? – perguntou ainda fraco
- pra um lugar seguro... Eu acho – abri a porta do alçapão e saímos.
No momento que chegamos na parte superior vimos vários cadáveres com a boca espumando, parece que foi mais forte do que eu pensei.
- estão todos mortos? – perguntou quase caindo junto comigo
- sim – saímos pela porta de entrada, por sorte ele não era um vampiro, também não queimava com a luz do sol.
- eu não consigo mais andar – ele se sentou no chão.
Eu olhei em volta a procura de algum carro, havia um Porsche preto com vermelho nos portões
- vamos – ajudei ele a se levantar e chegamos rápido no carro, as chaves ainda estavam na ignição, junto com o corpo de um caçador.
- que nojo – entrou no carro empurrando o corpo
- se acostuma – joguei o corpo do homem no chão, mas antes peguei um cartão de crédito e duas pistolas que estavam em ambos os lados da sua perna, encaixadas em seu coldre.
- vamos logo, eu não estou bem – sua respiração estava pesada
Liguei o carro e comecei a dirigir, acho que passei com as rodas por cima da cabeça de um dos guardas de mais cedo
- o que você é? – olhei pra ele que estava encostado no banco de olhos fechados
- eu sou um telecinetico... pra ser exato, eu sou... era o guardião do anel telecinetico – abriu os olhos olhando pra frente
- por que eles te prenderam lá? – ele me encarou por alguns segundos com uma cara estranha
- eu fui colocando lá por que não quiseram me matar de uma vez, depois que pegaram os nossos objetos, eles nos jogaram lá com o Luca sendo o nosso carrasco
- espera... então aquelas pessoas que estavam lá eram outros anciões? – olhei pra ele me sentindo mal
- sim, eles foram amaldiçoados pelas pessoas que roubaram os nossos objetos, só que a algumas semanas chegaram mais pessoas... pareciam ser adolescentes e... acho que o Houdini, mas logo eles foram mortos por não aguentarem muita tortura...– bufou
- o que? – perguntei pisando no freio...
- o que? – ele não havia entendido o por que da pergunta
- os que chegaram eram muitos? – me virei pra ele com medo da resposta
- não, não, eles estavam em cem ou era cento e cinquenta.... não lembro direito o número, só os rostos.... – coçou o bigode olhando fixamente pra frente onde dava um lindo bosque
- e isso pra você é pouco? – estava incrédulo – por acaso você viu.... – puxei o celular que ainda estava no meu bolso e comecei a entrar na internet, depois de três minutos eu achei o que estava procurando – você viu se essas pessoas estavam lá? – mostrei o celular para ele, que estava na minha página da rede social, uma foto minha com o David, a Gabi e o Fernando...
- não... não, eles não estavam lá... – respirei mais aliviado e comecei a pisar no acelerador devagar
- então quem eram os anciãos presos com você? – entrei em um bosque
- são os melhores dentre os melhores, além do seu próprio poder descomunal eles também são ótimos manipuladores
- então se você fosse lá e mostrasse a verdade...
- eles dariam um jeito de convencer eles de que não era eu...
- entendi – fiz uma curva, não prestei atenção na estrada e acabei atropelando uma pessoa.
Freei bruscamente e desci do carro pra oferecer ajuda a quem quer que fosse a vítima, chegando mais perto me assustei com a pessoa, era o Frey. Instantaneamente eu criei uma espada e me coloquei em posição de ataque, ele se levantou me encarando surpreso
- por que você está apontando uma espada pra mim? – levantou a mãos pro alto
- como conseguiu escapar? – pressionei a espada no pescoço dele
- eu não sei do que está falando, fui até o centro da cidade – pegou uma sacola do chão
- isso não vai me convencer – cortei a palma da mão dele
- para com isso – se levantou do chão com raiva
- onde está o meu livro? – perguntei lembrando da resposta dele
- no meu armário, e o livro é meu – a palma da sua mão se curou
- você vai matar ele ou não? – Gabriel colocou a cabeça pra fora do carro
- quem é ele? Pensei que fosse procurar ajuda com a sua mãe e não nos braços de outro homem
- o que?...
- deixa eu falar... – colocou o dedo no meu rosto – eu pensei que você gostasse de mim mas parece que eu estava errado – bufou
- cara, para de drama – Gabriel falava do carro
- garoto cala a boca antes que eu vá aí te encher de soco – ele olhava por cima o meu ombro
-eu sei que você poderia ter achado algo melhor – sorri nervoso
-sua mente distorcida te disse isso... - ele ia me interromper mas eu apenas coloquei um dedo na boca fazendo ele se calar imediatamente – ...se parasse pra me ouvir eu teria dito que encontrei ele em uma espécie de porão debaixo das escadas que o Luca era o carcereiro e “você” era o mandante
-pode me explicar o por que das aspas? - cruzou os braços e arregalou os olhos - você estava no porão? Não viu nenhum homem chamado Michael lá? - ele me segurou pelos ombros
-não, se tiver eu acabei matando – sorri sem querer e logo desmanchei a risada
-acho que você não esta entendendo o ponto aqui... Michael é um metamorfo, ele pode assumir a forma de qualquer pessoa viva, ele sempre vai servir a um mestre...
-então ele se passou por você...
-ou não - bufou – a algumas semanas antes de vocês chegarem fui notificado que havia alguém querendo me ver na minha sala, eu recebi a pessoa e ela sempre ficava olhando pra trás, isso já era sinal de algo errado mas naquele momento eu apenas pensava que ela queria ir embora... já estava tarde e todos estavam dormindo, ate que eu ouvi um baque surdo vindo do hall, corri o mais rápido possível ate a parte de baixo, na escada que dava vista para o hall, eu vi o meu irmão coberto de sangue... ele tinha dito que Michael tentou manipular dois soldados e que ele teve que mata-lo, jogando o seu corpo dentro e que não era pra mim entrar em hipótese alguma que ele poderia acabar escapando de algum jeito – passou a mão elos cabelos em sinal de nervosismo
-Então você acha que seu irmão pode estar morto agora? - cruzei os braços
-acho que sim...
-você gostava do seu irmão por acaso?
-não - entrou no banco de trás
-então esta bom – bufei entrando no carro também
-vocês tem sempre essas conversas aleatórias que começam e acabam do nada? - Gabriel estava com o cenho franzido
-na maioria dos encontros sim... sabia que Augustus era um traidor? - acelerei o carro
-por que não me falou antes? - ele estava incrédulo comigo
-ele ameaçou fazer a mal a você... - ele ia me interromper mas ficou sem palavras
-isso foi fofo da sua parte mas eu sei me defender muito bem – olhei para o homem pelo retrovisor, que estava um pouco vermelho
-serio?... - deixei os meus olhos rosa – ...se de um tapa – olhei de volta para a estrada quando ouvi o som da palma da sua mão se chocar contra o seu rosto
-acho na verdade que você é bem indefeso – Gabriel sorria mas começou a sufocar do nada
-da pra vocês dois pararem de brigar? - freei o carro bruscamente fazendo ambos baterem a cabeça, um no banco e o outro no painel do carro – acabaram de se conhecer, sejam mais amistosos um com o outro- os dois se olhavam de canto de olho tentando não fazer contato visual enquanto eu encarava eles
-eu ainda to fraco... – colocou a mão na cabeça que havia sido cortada - não posso ficar perdendo sangue – mostrou a mão que estava com uma pequena gota de sangue
-vocês reclamam demais – peguei a mão do Frey e puxei ele pra frente
-desculpa se eu ser torturado e quase ser morto todos os dias te incomode – falou irônico se jogando no banco do carro
-esta desculpado – cortei a mão do Frey com uma pequena faca e mostrei pro Gabriel que virou o rosto com nojo – você quer fazer isso por bem ou eu posso te obrigar? - deixei os meus olhos rosa pra mostrar que eu não estava brincando
Ele pegou a mão do Frey e pôs na boca
-me sinto violado – olhei pro Frey pelo retrovisor com raiva
-cala a boca... - e assim ele fez mas foi por pouco tempo
-que nojo a sua boca está fria – Frey puxou a mão de volta e eu liguei o carro
-a sua mão esta com gosto de terra e lubrificante – Gabriel fazia uma careta engraçada...
-lubrificante? - olhei para Frey através do retrovisor
-não é o que você esta pensando... como você sabe o sabor de um lubrificante? - cutucou Gabriel
-na minha primeira vez eu estava...
-chega... isso esta constrangedor – entrei na área nobre do Brooklin em busca de um prédio especifico
-pra onde nos estamos indo? - Gabriel se sentou direito em vez de ficar largado do mesmo jeito que estava antes
-pra casa de um amigo – achei o prédio
-desde quando você tem amigos? - Frey cruzou os braços
-o que você quer dizer com isso? - não queria mais usar os meus poderes nele então vou dar outro jeito
-é só que...
-é só o que? Eu sou um garoto problemático que ninguém quer aturar é isso? Só por conta daquilo... - derramei uma lagrima, estava morrendo de rir por dentro, um ator melhor do que eu é impossível
-não é isso amor, é só que...
-você quer terminar é isso? Esta legal, a gente nem começou mesmo – bufei com raiva
-me desculpa, não pensa isso de mim - não respondi nada vendo ele apenas se remoer de culpa, e depois cair no silencio
-assim é melhor – sorri chegando na entrada do prédio
-você estava fingindo? - Gabriel perguntou rindo
-por que você acha isso? Quer dizer que você me acha falso? Seu babaca – me virei pra janela aberta morrendo de rir mas não demostrei isso pra ele
-não cara é que...
-não fala mais nada – fingi enxugar uma lagrima, minha voz havia saído falha pra convencer
-eu não queria ter de estar aqui – Gabriel sussurrou baixo
-muito menos eu – eles nem sabem onde estão e já estão reclamando?
-como posso ajudar – um homem se escorou na janela
-o Troy está? - abaixei mais o vidro
-quem pergunta?
-a mesma pessoa que esteve aqui a três dias atrás – sorri pra ele mas o mesmo não me correspondeu com um sorriso de volta
-ele esta ocupado agora.. - se virou pra sair
-pode avisar pra ele que o Marcos esta aqui em baixo? - abri a porta do carro
-ele esta ocupado....– está legal, agora ele foi rude comigo
-então eu subo – entrei no carro novamente ligando ele
-vou chamar a segurança – pegou um telefone e começou a discar
-claro, avise pra darem passagem a mim por que estou chegando – brilhei os meus olhos induzindo pensamentos e vontades
-como quiser – abriu a cancela para que eu passasse
-muito obrigado – sorri fechando a porta totalmente e acelerando o carro
Chegando mais a frente avistamos vários seguranças não humanos, eles estavam terminando de falar algo no seu walk-talk, eles acenaram com a cabeça em confirmação. Sai do carro e fui ate o elevador junto dos dois, apertei o ultimo botão que levava ate o lugar onde o Troy ficava.
Chegando em frente, bati na porta esperando ele atender, no final foi uma garota desarrumada e semi nua que abriu a porta.
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Celeste - Romance/fantasia GAY
Adventurequatro jovens que descobrem ter poderes incríveis, várias aventuras solos pra que no final se reencontre em suas formas finais, sendo perseguidos por inimigos com poderes além dos seus, terão de testar o limite que sua amizade suporta, descobrindo m...