- então eu vou pegar as minhas coisas e te encontro daqui a pouco, ok? - perguntei pegando uma cestinha pra colocar as minhas coisas
- pode ser, só não demora muito - falou me dando um beijo na bochecha antes de eu sair de perto dela em busca aos meus alimentos
Olhando, olhado, e olhando, comprei tudo o que eu sabia que poderia me fazer ter uma pedra nos rins, junto com uma disenteria.... ou seja só chips, refrigerante, chocolates, balas, biscoitos, chocolates, chocolates.... Eu já falei chocolates? Pois então ponha mais.
Após passar um certo tempo eu já estava quase acabado, só faltava eu escolher algo pra entregar de presente para o meu primo Matheus, já que hoje era o aniversário dele.
- me desculpa- falei esbarrando em alguém e derrubando as minhas coisas no chão
- olha por onde anda... - era ele, aqueles mesmo homem que estava me encarando do outro lado da rua.
Peguei as minhas coisa e sai de perto dele, o homem estava parado no mesmo lugar sem mexer um músculo se quer, era como se ele nem mesmo estivesse respirando.
- mãe, eu já- falei me aproximando dela e me virando pra trás, pra ver se aquele maluco estava me seguindo.
- ora, ora, ora, o que te trás aqui? - perguntou um homem na minha frente me encarando no fundo dos meus olhos, eu não conseguia enxergar ele direito mas ainda sim dava pra se enxergar um borrão
- onde eu estou? - perguntei não conseguindo me mover
- eu só preciso testar uma coisa... - colocou a mão no meu rosto, enquanto o que eu acho ser os seus olhos, estavam em brilhar em amarelo
- filho o que houve? - minha mãe me sacudiu, possui várias vezes olhando para os lados constatando que aquele borrão não estava mais ali.
- não foi nada - sorri, Fernando de fazer as comprar com ela.
Quando acabamos tudo foi o mesmo esquema, pagamos chamamos o Uber, pagamos o Uber e novamente uma moto quase arranca um dos espelhos laterais.
Entrando dentro de casa a minha cabeça estava estourando.
- estou com fome - eu a segui direto pra lá
- ainda não fiz comida - apareceu atrás de mim
- Affs, se bem que eu cheguei mais cedo - dei de ombros
- quer me ajudar a fazer? - perguntou colocando as compras em cima da mesa
- eu faço e a senhora guarda as compras... - fui pro pé do fogão fazer o que eu melhor sei fazer... comida
Depois de exatamente uma hora com diversas coisas cozinhando ao mesmo tempo, tudo estava divinamente pronto, o cheiro impregnava a casa de tão bom que estava, não sei se o gosto está bom, mas o cheiro já salva.
- muito bom - sorria minha mãe após se servir
- fico feliz que tenha gostado - falei enquanto colocava o meu prato
- eu... só um minuto... - se levantou pegando o telefone na mesinha que insistia em tocar
Mesmo estando longe eu pude ouvir que meu padrasto iria atrasar um pouco hoje, mas que logo chegaria.
Almoçamos, assistimos vários reality shows juntos e conversamos sobre diversos tipos de assuntos.
- é amanhã - falou sorrindo enquanto subimos pros nossos respectivos quartos pra descansar.
- eu sei, só de lembrar eu sinto um frio na barriga - olhei para a mala em cima da cama
- entendo, espero que venha me visitar se não vou lá e te arrasto pelos cabelos. - sorriu me abraçando e saindo de lá.
Eu estava feliz, e ao mesmo tempo triste em ter que ir embora
Assim que entardeceu meu padrasto e meu irmão chegaram em casa
- hoje é aniversário do Matheus , você vai? - perguntou Gilvan meu padrasto me olhando
- claro que vou, não perco comida de graça por nada nesse mundo - sorri colocando as pernas em cima do sofá
- eu vou me arrumar - minha mãe se levantou e foi para o seu quarto tomar banho
- eu também vou - falou João, o meu irmão se levantando e saindo
- fui - me levantei e sai correndo da sala deixando o meu padrasto pra trás
Fui para o meu quarto também é resolvi tomar outro banho, olhei ao redor e percebi o quanto minha mãe e meu padrasto tiveram que suar para comprar uma casa melhor que a nossa antiga.
Minha mãe, se chama Valdecy (mas as pessoas costumam apenas chamar ela pelo apelido, que no caso é Nena) tem um ótimo comércio de salgados que deu muitos lucros e nós ajudou a estarmos aqui, nesse lugar que estamos hoje.
Fui para o meu banheiro e me senti tonto, logo me apoiei na pia.
- de novo não - falei me encarando no espelho que começava a ficar negro
<eu estou aqui>
- não - falei me virando e novamente já não estava mais no banheiro - onde eu estou? - olhei em volta analisando o local
- venha pra mim - outra voz me chamava só que parecia estar muito perto
- quem é você? - falei me virando
- ainda com problemas pra saber o que deve fazer? - perguntou alguém tocando o meu ombro
- eu só não me acostumei com esse fato... desde que a mamãe se foi fica mais difícil a cada dia de controlar esses poderes... - bufou alguém onde eu estava antes
- por mais que pareça cruel, é preciso... eles estão formando um complô contra nós, eu sei que ano acredita em mim então se quiser ver por si própria - o homem deu de ombros
- mas a humanidade é boa, eles são bons, eu sei disso... aqui dentro - colocou a mão em sei peito
- filha, eles são detentores, a destruição faz parte deles, não apenas destruíram a nós, e a si próprios, como ao planeta também... - olhando pra baixo dava pra perceber que estavam os em um monte
- mas...
- somos os únicos deuses que restaram... se formos instintos quem irá salvar a alma deles? - perguntou se aproximando mais dela
- fomos os únicos que testamos depois da grande guerra do Olimpo... - a garota dava um sorriso leve
- então o que você vai decidir? Matar eles ou deixar eles nos matarem e depois destruírem o planeta? - perguntou e afastando um pouco dela
- deve haver outro jeito - os olhos da garota estavam marejados
- receio que não há outro jeito Circe, eu não tenho mais meu poder e a sua mãe lhe passou tudo que tinha quando morreu na guerra do olimpo - o homem cruzou os braços e encarou a menininha - se for preciso, me passe o poder e eu vou resolver tudo... - seu rosto não mais expressava nada
- eu preciso pensar direito - passou a mão pelos cabelos sumindo no ar
A imagem se transformou em poeira e sumiu ao vento como se nunca houvesse existido.
- é agora ou nunca - falou a voz do homem loiro atrás de mim
- mas pai eu não tô pronta - a mulher estava apavorada enquanto tentavam derrubar a porta
- eu sei que não filha, então eu vou me livrar de quem se opõe a mim... - o ruivo pegou uma adaga e recitou algumas coisas que Circe rapidamente entendeu, dando um passo pra trás.
- pai? - perguntou a mulher encarando o homem que sorriu e enfiou a adaga na barriga dela.
- eu sei o que você fez de verdade Circe, não vou deixar aquele fedelho ser o dono de todo esse poder - falava com raiva enquanto uma aura colorida saia dela pra adaga - não vou deixar ele levar o que eu custei conquistar - gargalhou rodando a adaga na barriga dela
- pai por favor para - Circe começou a brilhar os seus olhos em um arco-íris.
- entrem - o ruivo jogou Circe no chão e abriu a porta - assim que matarmos ela e o herdeiro, poderemos dominar todo o universo, eu serei o único vivo da nossa linhagem para assumir toda a magia e o poder bruto delas - falou apontando a adaga na direção de Circe
- por que pai? - perguntou Circe estarrecida enquanto estancava o sangue
- por poder, não é obvio? Agora morre logo pra eu ir matar o seu filho, não tenho tanto tempo assim pra esperar - o ruivo sorriu e olhou para os seus aliados
- eu te odeio - falou ela brilhando os seus olhos intensamente - locomoto - Circe desapareceu
- Mestre ela sumiu - falou um dos aliados
- droga de adaga, era para absorver os poderes daquela desgraçada - bufou em ódio - vão para o quarto da criança, ela deve estar lá - falou saindo do cômodo
A adaga a qual ele se referia era a themporis, a qual foi feita por efeito para emergências, caso um Deus se tornasse completamente maligno a ponto de libertar o caos entre todos. Os efeitos dela deveriam absorver e armazenar energias infinitas de outros deuses, pra que já fracos fosse mais fácil de mata-los com um único golpe.
A imagem evaporou e deu espaço a Circe que havia se materializado em um quarto azul
- bloqueo pontentri - falou erguendo as mãos para a porta - droga, não está curando - pressionou uma das mãos na ferida em sua barriga - meu amor - caiu no chão ao lado do berço de um recém nascido que começava a chorar, mudando o clima do lado de fora da casa - me perdoa - se levantou e pegou a criança no colo - sua mãe não foi inteligente o suficiente pra perceber o que estava por vir - depositou um beijo na testa da criança antes que a porta fosse socada com bastante força.
- essa porta não vai me segurar pra sempre - atrás da porta o loiro batia tentando entrar esmurrava constantemente, correndo contra o tempo que lhe era imposto.
- eu te amo - beijou a testa dele novamente - eu estou muito fraca pra seguir com você - colocou a mão na ferida que jorrava muito mais sangue pelo seu uso de magia constante. a criança começava a flutuar diante de Circe que estava com os olhos marejados - você é Maximilian, o filho do poder, do amor, do caos, da lua, da magia...
- abre essa porta - gritou socando e chutando a porta sem parar.
- filho de Circe e de Hades, neto de Hécate e Zeus, o Deus do olimpo e da Deusa da magia - ela acabou se desconcentrando por alguns segundos mas voltou ao que dizia - eu lhe passo todo o meu poder na minha morte, e também o poder de todos os seus antepassados mágicos - em meio a lágrimas ela pegou a criança novamente - em nome da deusa tríplice, do céu, da lua e da noite - passou a mão na testa da criança sussurrando mais uma coisa bem baixo - eu te liberto desse corpo, seja livre e encontre o seu lugar nesse novo mundo... - falou assim que a porta foi derrubada
- NÃO - Gritou o ruivo correndo até ela mas quando chegou a criança havia evaporado e sumido do alcance do ruivo - SUA DESGRAÇADA - gritou enfiando a adaga varias vezes no peito de Circe que caiu no chão ferida fatalmente mas... ainda viva - eu vou matar você - falou levantando a adaga alto para acertar o peito da bruxa uma última vez, tentando roubar o seu poder e assim trazendo a sua morte
- eu morro mas vocês não vão sair ilesos dessa - falou trancando a porta quando todos entraram nela - Tempus immobilis, iisdem in carcerem - gritou fazendo a sala brilhar intensamente
O brilho foi tão intenso que eu tive que tampar os meus olhos para não ficar cego. Quando abri novamente não estava mais naquele lugar e sim no meu quarto totalmente arrumado pra festa, o meu cabelo cheirava ao meu shampoo, além de estar úmido igual ao resto do meu corpo.
- eu tô ficando maluco - me joguei na cama e bufei olhando para o teto.
- Marcos - minha mãe entrou no quarto e logo fechou a porta
- oi mãe - falei me ajeitando e virando pra ela
- já está pronto? - perguntou se mantendo em frente a porta
- já sim... - sorri um pouco confuso
- então vamos... o carro já tá ligado - me puxou pra que eu levantasse logo
- ok, deixa eu só pegar o meu celular... - me levantei e fui pra mesinha de canto onde o meu celular estava depositado
- estão todos prontos? - perguntou meu padrasto batendo na porta
- sim... - falamos juntos e descemos as escadas de pressa até o carro
Após alguns minutos chegamos a casa do meu primo, a festa era bem grande, pra várias pessoas... mas o que eu mais queria estava lá... comida, lógico que e eu não poderia esquecer de entregar o presente pra ele, e foi exatamente o que eu fiz.
Joguei o presente no colo dele e fui me esbaldar naquele monte de comida... tinham diversos tipos de canapês, estavam assando um churrasco do outro lado, uma panela grande de feijão tropeiro e salpicão..... me sentia nas nuvens.
Depois de um tempo comendo eu percebi que a festa tinha começado de verdade. deixando o meu prato de lado fui pro bar... não gosto de cerveja então cai matando nas doses de vodka pura.
Eu não sei o que me deu, mas um tempo depois eu estava dançando em cima de uma mesa por causa de um verdade ou consequência que eu participei... daí pra frente, eu não lembro de nada mais, apenas de alguém se agarrando com a minha prima... parecia o... David, mas eu acho que não era, afinal eu estava muito bêbado, além de um cara me encarando sem parar quando eu estava em cima da mesa.
Percebendo isso, minha mãe me acompanhou com o Uber até em casa, pra depois voltar pra festa novamente, já que eles iriam dormir lá.
Chegando na porta de casa eu quase bati de boca no chão, quase por que foi apenas um lado do rosto, minha mãe já tinha voltado então não havia pra quem eu pudesse pedir ajuda. Me arrastando até o banheiro, eu consegui chegar até o box, eu só espero não acabar desmaiando no chuveiro enquanto tomava um banho.
Coloquei chuveiro no mais gelado possível, pra que eu me curasse logo dessa tontura que eu estava sentindo. Dito e feito, assim que eu terminei de tomar banho, estava quase bem, ainda um pouco bêbado mas bem.
Fui trocar de roupa mas não achei nada além das... por que as roupas do meu padrasto estão no meu guarda roupa? Droga, eu troquei elas....
Me levantei bufando com diversas peças de roupa em minha mãos e fui para o quarto ao lado, onde eram o quarto dos meus pais pra pegar a roupa certa e deixar essas lá.
- oi? - só perguntei pra garantir ninguém houvesse chegado enquanto eu estava no banho - não tem ninguém - sorri e entrei
Fui o mais rápido possível até o armário para colocar as roupas, mas estava tudo uma bagunça, eu havia dobrado as roupas ontem não era possível que ele tivesse bagunçado tudo tão rápido.
- eu não vou dobrar - coloquei a roupa em cima da cama e comecei a pegar as minhas roupas que estavam lá dentro
Tirei várias roupas minhas do armário e comecei a jogar no chão. Quanto mais eu pegava mais fundo eu chegava no armário
- legal, um armário mágico sem fundo - gargalhei com a remota hipótese disso ser possível - o que é isso? - perguntei a mim mesmo quando bati a mão em algo duro que não era o fundo do armário
Apalpei aquilo, e puxei com força; um livro, era só um livro estranho e velho
- meu Deus, que livro é esse? - abri o livro e não tinha nada demais
A campainha da entrada tocou.
- QUEM É? - esperei por alguma resposta mas nada, se bem que eu estava longe da mesma então não teria como ouvir nada.
Peguei umas pecas quais quer e vesti, colocando o meu celular naquele bolso e depois desci as escadas correndo com o livro na mão, fui até a porta saber quem era, talvez algum deles tenha devido voltar pra dormir em casa... mas eles tinham as chaves então deveria ser outra pessoa
- quem é? - abri a porta dando de cara com um homem mais velho, de mais ou menos dois metros, Moreno, olhos castanhos, musculoso... meu sangue gelou por um instante, aquele homens estava me seguindo o dia inteiro... era ele quem em encarava na festa também mas... como ele entrou lá?
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Celeste - Romance/fantasia GAY
Adventurequatro jovens que descobrem ter poderes incríveis, várias aventuras solos pra que no final se reencontre em suas formas finais, sendo perseguidos por inimigos com poderes além dos seus, terão de testar o limite que sua amizade suporta, descobrindo m...