Shawn Mendes - O show

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Acordei no sábado (22.01) pior do que no dia anterior. Além de sentir todos os sintomas que já estava sentindo, veio a febre. Olhei para o lado e me deparei com meu namorado dormindo lindamente. Me levantei devagar para não acordá-lo e fui para o nosso banheiro tomar um banho de água morna para ver se diminuía a febre.

Não deu nem dois minutos e Charlie abriu a porta do banheiro.

- Tá tudo bem? - Ele perguntou preocupado. - Desculpa entrar sem pedir permissão, eu acordei e fiquei preocupado por não te encontrar lá.

- Eu estou com febre, mas fica tranquilo. Já estou resolvendo isso. - Falei dando um sorriso fraco. - Pode me fazer companhia se quiser.

Ele se sentou no assento da privada e ficou me encarando.

- Não acha melhor ir no médico? Eu te levo. Seria melhor fazer uns exames para ver como você realmente está e se nosso suposto bebê está bem. - Ele disse com uma carinha preocupada e isso cortou meu coração. Eu não sabia se estava mais agoniada pela sua carinha ou por saber que teria que contar o que descobri.

- Charlie, sobre isso... - Falei desligando o chuveiro e me enrolando na toalha. - Antes de vir tomar banho, eu notei que estou menstruada mesmo e por conta da febre deduzo que fui sorteada por ter uma virose bem nesses dias. Então... - Parei de falar e olhei em seus olhos.

- Então você não está grávida. - Ele falou dando um suspiro quase que imperceptível. Assenti com a cabeça. - Eu não sei como devo me sentir em relação a isso. Mais preocupado ainda por você estar doente? Triste ou aliviado, porque não vamos ter um bebê? Eu não sei. - Ele desabafou com a cabeça baixa, fitando o chão. Me aproximei dele e entrelacei nossas mãos.

- Charlie... - Eu o chamei e ele voltou a olhar em meus olhos. - Eu estou exatamente como você. Mas acho que devemos confiar em Deus. Ele sabe a hora certa das coisas e talvez não seja nossa hora de sermos pais. Mas se for da vontade dEle, essa hora ainda vai chegar, querido. Fique tranquilo. - Sorri e ele sorriu de volta.

- Tem razão. - Ele se levantou sem desgrudar nossas mãos. - Eu amo você, Gi. - Ele aproximou seus lábios dos meus, mas eu me afastei.

- Desculpa, eu amo você também, mas não quero que você fique doente. - Eu disse e ele fez uma careta e levou as mãos até a sua barriga. - O que foi?

- Nada. - Ele mentiu. Eu já presumia que ele estava começando a ter os mesmos sintomas que eu.

- Você está com dor né? - Perguntei preocupada. Toquei sua testa e seu pescoço. - Meu Deus, Charlie! Você está queimando. Com certeza está com febre também.

- Eu estou bem, Gi. Não deve ser nada. - Ele falou tentando ser forte, mas eu vi ele se controlar para não se encolher de dor.

- Charlie, vá tomar um banho para tentar diminuir essa febre, enquanto isso vou me trocar e fazer um chá para você tomar e melhorar essa dor na barriga. - Ele abriu a boca para falar algo e eu interrompi. - Shiu, nem ouse contra argumentar. Eu cuido de você e você cuida de mim, está bem? - Falei dando um sorriso e ele sorriu de volta.

- Está bem. - Ele concordou enquanto tirava sua roupa.

Me troquei rapidamente, colocando um moletom confortável e fui até a cozinha fazer um chá de erva doce. Aproveitei e fiz um de camomila para mim. Eu não sou fã de chá, mas as vezes gosto para relaxar, para me acalmar.

Voltei para o quarto e Charlie ainda estava no banheiro. Como a porta estava fechada, apenas falei mais alto para ele me ouvir:

- Está tudo bem, querido?

- Na medida do possível. - Ele abriu a porta enquanto escovava os dentes. Charlie estava apenas com uma toalha enrolada na cintura. - É, acho que nós dois estamos doentes. - Ele deu um sorriso fraco.

Minha vida em VancouverOnde histórias criam vida. Descubra agora