Parque Nacional de Haleakala

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Charlie preparou praticamente uma viagem para o nosso dia de aventura. Ele colocou um monte de coisas dentro de uma mochila. Eu até cheguei a pensar que nós viajaríamos e ficaríamos fora por mais de um dia.

Ele tinha escolhido irmos ao Parque Nacional de Haleakala, onde há piscinas naturais alimentadas por cachoeiras.

Fomos de moto para chegarmos mais rápido ao parque e termos mais tempo para aproveitar

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Fomos de moto para chegarmos mais rápido ao parque e termos mais tempo para aproveitar. Eu preferia mil vezes carro, mas andar agarrada nele não era algo tão ruim, na verdade era maravilhoso.

No parque há diversas trilhas que serpenteiam por florestas de bambu, passando por cascatas ruidosas até o coração verde da ilha. Como queríamos ficar o mais sozinhos possível, decidimos pegar a mais longa, Pipiwai, uma das melhores trilhas da ilha, que leva às Cataratas Wiamoku de 120 metros.

Fomos caminhando em um ritmo confortável, nem rápido, nem lentamente. Eu já estava adorando nosso encontro, pois sempre gostei de fazer trilhas, mas nunca tive alguém que gostasse para me acompanhar. Tanto que fiz apenas uma única vez.

- Uma vez, em um acampamento de jovens, nós fizemos uma trilha até uma trincheira. - Comentei enquanto nós atravessávamos um tronco caído.

- Que legal! Me conte mais. - Charlie falou empolgado.

Comecei a contar a história. Era uma viagem de formatura da oitava série, eu estava com uma das minhas melhores amigas, Débora, e lá tinha várias programações aventureiras, e uma delas era ir até a trincheira que foi usada na revolução de 1932. Nós decidimos ir lá, pois achamos que seria divertido. Era um sábado de manhã e vários alunos decidiram ir também, então acabou que foi um grupo grande. Alguns dos monitores do acampamento foi nos guiando e contando a história do local. Foi cansativo ter que subir um morro enorme até chegarmos a trincheira, mas foi divertido.

- A parte que eu mais gostei foi entrar na trincheira. Lá era bem escuro e apertado, tínhamos que usar a lanterna do celular para enxergar aonde andávamos.

- Nossa, que emocionante. Vocês encontraram algum bicho? - Charlie perguntou.

- Sim, e eu e a Deeh quase surtamos. Tinham sapos e não sei, mas nada me tira da cabeça que tinha também morcegos. - Fiz uma cara de nojo e nós rimos. - Ai, que saudade daquele dia. Acho que foi o dia mais aventureiro da minha vida.

- Até hoje. - Charlie comentou com um sorrisinho malicioso no rosto.

- Por que eu tenho a impressão de que você está aprontando algo indecente? - Perguntei desconfiada.

- Vamos aproveitar o momento e deixar acontecer naturalmente. - Ele falou e eu me lembrei do pagodinho que eu gostava e parei de andar para dar uma sambada.

- Deixa acontecer naturalmente! - Eu cantei e Charlie ficou confuso, me fazendo rir da situação. - Ah, é que você disse para deixar acontecer naturalmente e eu me recordei de uma música brasileira que fala isso. - Expliquei para ele.

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