Minha vida em Vancouver

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~ Charlie on ~

No domingo cedinho, minha mãe apareceu em nossa casa. A gente tentou convencer ela de que não precisava pegar o avião até Vancouver apenas para cuidar de nós, mas ela insistiu e disse que aproveitaria para passar um tempo conosco, já que fazia meses que não nos víamos.

- Obrigado por ter vindo, mãe. - Eu disse abraçando ela assim que ela chegou em casa. - Eu estava com saudades.

- Eu também, querido. - Ela me deu um beijo na bochecha. - Onde está minha norinha? - Ela perguntou da Gi e eu sorri com tal pergunta.

- Ela já vai descer, estava terminando de tomar banho quando a campainha tocou. - Respondi enquanto nós dois nos sentávamos no sofá.

- Vocês estão melhor?

- Bom, a Gi já está quase 100% bem, só está se sentindo meio fraca, porque perdeu um monte de eletrólitos. - Minha mãe fez uma cara de confusa e eu expliquei. - Ah, resumindo eletrólitos são minerais e eles são essenciais para nosso organismo. Quando a gente vomita ou vai muito no banheiro a gente acaba perdendo bastante ai precisamos repor. A Gi que me ensinou. - Sorri orgulhoso de mim mesmo por ter aprendido tal assunto.

- Uau, vejo que sua namorada está te ensinando muitas coisas. - Minha mãe comentou com um sorriso.

- Sim, ás vezes eu fico sentado ao lado dela enquanto ela lê artigos por conta da pesquisa e ai ela me explica algumas coisas. Ela é muito fofa, inteligente e tem um coração enorme, mãe. - Falei dando um sorriso apaixonado. Eu poderia ficar falando por horas tudo que eu admiro na Giovanna.

- Vejo o quanto você é feliz com ela. Eu sabia que vocês iam namorar. - Fiz uma cara de confuso ao ouvir aquelas palavras e ela explicou. - Eu confesso que espionei vocês dois dançando Perfect Harmony lá em casa e fiquei feliz ao ver que vocês dois estavam felizes juntos. Digamos que eu orei por vocês. - Ouvir aquilo fez meu coração acelerar de emoção e meus olhos se encherem de lágrimas.

- Mãe, você nunca me contou isso. Acho que preciso te agradecer.. - Fui interrompido por Gi que apareceu na sala.

- Oi, senhora Gillespie. - Ela se aproximou da minha mãe que se levantou do sofá para abraçá-la.

- Oi, querida. Eu preciso te dizer: Bem vinda a família. - Pude ver os olhos da Gi se encherem de lágrimas.

- Obrigada. - Ela deu um dos seus sorrisos apaixonados.

- Eu sei que já disse isso por mensagem, mas não é a mesma coisa do que pessoalmente. - Minha mãe se explicou.

- Obrigada, de verdade. Isso é muito importante para mim. - Gi agradeceu e sorriu novamente.

Ficamos conversando um pouco. Senti minha febre voltar e me deitei no sofá. Minha mãe e minha namorada resolveram cozinhar alguma coisa para eu me alimentar. Eu conseguia ver mais ou menos o que se passava lá. As duas estavam se dando super bem. Me concentrei para ouvir o que elas estavam falando.

- Fico feliz que você não tenha fugido depois de descobrir que o Charlie é bagunceiro. Já tentei milhares de vezes ensinar esse menino a arrumar as coisas dele e não tem jeito. - Minha mãe estava me difamando para a minha namorada.

- Confesso que as vezes a gente briga por causa disso, porque eu sou uma pessoa muito organizada e ele não liga para isso e ai eu fico brava por ele bagunçar e ele bravo por eu arrumar. - Giovanna falou e as duas riram. Só estava faltando Meghan para as três mulheres da minha vida ficarem falando mal de mim pelas costas.

- Mas ele tem um bom coração. - Minha mãe disse e eu nem precisava olhar para saber que Gi deveria estar sorrindo.

- Sim, a bagunça é apenas um pequeno defeito. É muito pequeno para o amor que eu sinto por ele. - E então quem sorriu fui eu ao ouvir aquilo.