- Então, você acha que é melhor eu comprar as passagens do ônibus agora ou na hora? - Perguntei a Noah.
- Hmm, acho que você pode deixar para comprar na hora. - Ele sorriu para mim. - Não se preocupe, Gi. Vai dar tudo certo. - Sorri de volta para ele.
- Você não disse que o taxista estava nos esperando? Cadê ele? - Olhei para ele e questionei arqueando uma das minhas sobrancelhas.
- Era para estar aqui. - Ele disse olhando ao nosso redor e depois checando o celular.
Demorou uns dois minutos para que ouvíssemos uma voz familiar vindo de trás de nós.
- A senhorita está precisando de uma carona? - Nem precisei me virar para saber de quem era aquela voz tão doce. Fechei os olhos por um segundo e sorri.
- Charlie! - Pulei nos braços dele e o abracei fortemente. Charlie me ergueu, tirando meus pés do chão e eu aproveitei para enroscar minhas pernas em sua cintura. - O que está fazendo aqui? Quando chegou? Como? - Perguntei depois de lhe dar vários beijos pelo seu rosto.
- Teremos muito tempo para conversamos sobre isso. - Ele me colocou no chão e notei algo em sua mão. Inclinei minha cabeça para observar melhor e Charlie percebeu meu gesto. - Isso aqui é para você. - Ele me entregou um pequeno girassol.
- Obrigada, amor. - Abracei-o novamente e lhe dei um selinho.
- Um girassol do deserto. - Ele sorriu para mim, antes de continuar. - Eles são bem comuns no Arizona e no sul da Califórnia, e por sorte, há uma floricultura aqui do lado.
- Obrigada, mesmo. - Sorri.
- Obrigado Noah, por ter me ajudado hoje. - Charlie dirigiu a palavra a Noah e eu fiquei confusa.
- Você já sabia disso tudo? - Perguntei olhando para o Noah.
- Sim, meio que eu não fui ao banheiro. Na verdade, vim me encontrar com o Charlie. - Ele deu um sorriso de culpado e eu dei um risinho.
- Ah, então é por isso que você disse para eu comprar depois as passagens... - Falei, entendendo tudo.
- Exatamente. - Noah deu uma piscadinha.
- E eu estava dentro do carro te esperando, então surtei quando você me ligou, com medo de você reconhecer onde eu estava e estragar a surpresa. Por isso deitei no banco traseiro. - Charlie complementou.
- Faz todo o sentido agora. - Falei e Charlie me puxou para mais perto e me abraçou de lado.
- E então, vamos pegar suas coisas no hotel e partir para LA? - Charlie me puxou para mais perto e me abraçou de lado.
- Agora é a hora de nos despedirmos. - Noah começou a falar, mas foi interrompido.
- Eu te levo até o hotel, cara.
- Obrigado, Charlie. Mas vocês precisam aproveitar o tempo perdido longe um do outro. - Ele sorriu para nós e eu sorri de volta. Estou gostando desse novo Noah.
Charlie insistiu mais algumas vezes, mas ele não mudou de decisão, logo nos despedimos de Noah e fomos buscar minhas coisas no hotel e fizemos o check-out. E então, demos início a nossa jornada de cinco horas até Los Angeles.
- E então... pode começar me contando como veio parar aqui. - Falei assim que demos partida.
- Bom, apesar de termos ficado 80 dias sem nos vermos, eu não queria ficar mais um dia. Então aproveitei que tinha pedido uns dias de folga do set e resolvi fazer essa loucura de vir te buscar. - Eu o olhava com uma carinha de apaixonada, pensando em como tenho sorte de ter ele e não disse nada até ele me olhar e perceber que eu o estava encarado. - O que foi? - Ele me perguntou com confuso.

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Minha vida em Vancouver
Hayran KurguUma história baseada nas imaginações de duas melhores amigas apaixonadas pelo Charlie Gillespie e Owen Joyner.