Boas novas

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Percebi que Noah engoliu em seco ao ouvir minha resposta, então tentei tranquilizá-lo.

- Fique tranquilo. É apenas uma conversa entre amigos, nada demais. - Falei. Ele inspirou fundo e depois soltou o ar. - Bom, eu não quero parecer que estou me gabando e nem sei se estou certa das minhas teorias, mas desde que nos conhecemos, eu senti que você tem uma quedinha por mim e sempre tenta chamar a minha atenção. - Ele me ouvia atentamente, praticamente sem piscar. - Até depois que comecei a namorar o Charlie você continuou a dar em cima de mim, ou pelo menos era o que parecia. Mas de uns tempos pra cá, você parou e eu queria lhe agradecer, porque isso me deixava sem graça e eu gosto de você, Noah. Você é um bom amigo e eu não queria que as coisas ficassem estranhas entre a gente. Então, obrigada. - Terminei meu mini desabafo com um sorriso e esperei longos segundos sua resposta.

- Uau. - Ele disse e ficou novamente segundos sem dizer nada. Dava para ver o quanto ele estava pensativo. Como se estivesse travando uma batalha em sua mente. - Bom, você está certa. Eu sou apaixonado por você, Gi. Desde sempre. O dia em que o Charlie te chamou para um encontro oficial, foi o dia que eu criei coragem para me declarar, mas ele foi mais rápido e eu via que você era apaixonada por ele e também quem sou eu para me comparar com o Gillespie, pelo menos em questão de beleza, fama e tudo mais. Não dizendo que você só está com ele por isso. Sei que você o ama por todas as suas qualidades. - Como eu me tornei a ouvinte, fiquei quietinha só ouvindo, mesmo já estando com muita vontade de responder. - De qualquer forma, eu subestimei o Charlie. Eu achei que você seria apenas mais uma conquista dele. Achei que ele era o tipo de cara que pegava todas e quando enjoava jogava elas fora como um brinquedinho. Então eu esperava que você viesse correndo para os meus braços quando isso acontecesse. Mas Charlie não é assim. Ele é um cara de coração enorme e dá para ver em tudo que ele faz como ele te ama. Vocês são um casal incrível. Eu não posso destruir isso. Seria cruel demais.

- Eu já estive do seu lado e é ruim demais. Eu não quero que você sofra o que eu sofri e não quero que nossa amizade acabe, já perdi muita gente na minha vida. Logo, eu farei o que for possível pra você se sentir bem e para continuarmos nossa amizade. Só me diga o que fazer e eu farei. - Ele sorriu como resposta. - Uma dica, não fique parado, procure conhecer outras pessoas. Vai que alguém se apaixona pelo seu sorriso. - Brinquei e ele riu. - A propósito, Meghan gostou de você.

- Meghan Gillespie? - Ele perguntou surpreso e eu assenti com a cabeça. - Não acredito.

- É verdade. Ela te achou gatinho e ela é uma garota maravilhosa, com um coração lindo igual ao do irmão. Se eu fosse você, investiria nela. - Dei umas cutucadas em seu braço com o cotovelo.

- Jamais imaginei que uma garota linda como ela iria ficar a fim de mim. - Ele comentou e eu concordei.

- Tamo junto. Eu pensava a mesma coisa com o Charlie. E olha nós. Quer o número dela? - Perguntei e ele nem pensou.

- Quero.

....

Nossa próxima parada foi em Yale University, localizada na cidade de New Haven, em Connecticut.

Não fizemos praticamente nada na cidade. A única coisa bem legal que aconteceu foi quando o Charlie me ligou no meio da noite para me dizer que tinha encontrado alguém muito especial.

- Quem você encontrou? - Perguntei durante nossa chamada por vídeo. Ele estava com um sorriso de orelha a orelha.

Charlie estava no meio de uma rua com duas amigas antigas dele. E eu estava deitada na minha cama, pronta para dormir.

- Ele quer falar com você. Vou passar o celular para ele. - Charlie respondeu isso e logo apareceu um dos meus atores favoritos.

- Dylan O'Brien?! - Falei surpresa dando um gritinho.

Minha vida em VancouverOnde histórias criam vida. Descubra agora