Capítulo 01

3.7K 416 925
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

SUE TANNER

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

SUE TANNER

Já cansada de tanto esperar, eu cruzei os braços e encarei de relance a porta de madeira da sala de estar do meu apartamento. Minha mãe organizava a mesa apropriadamente enquanto Payton e sua mãe não chegavam.

E por mim, poderiam não chegar nunca.

Digamos que Moormeier e eu não temos a melhor experiência de convívio. Para o meu azar, nossas mães são amigas há décadas. Ambas insistem diariamente em ao menos uma amizade entre eu e Moormeier. Mas não rola. Nunca rolou.

Ele é o típico garoto arrogante e convencido que se acha superior aos demais. Durante a noite, usa garotas como seu brinquedo e depois simplesmente as descarta, como um inútil pedaço de papel. E felizmente, eu não tolero uma palavra que saia de sua boca.

— Sue, abra a porta. — minha mãe mandou assim que a campainha soou repentinamente pela casa. E então eu caminhei até a mesma e a abri, logo revelando Payton e sua mãe, Joanne.

— Oi, querida! Senti sua falta. — a mulher sorriu para mim e entrou na casa. Eu retribui educadamente, mesmo que a minha maior vontade fosse fugir dali para o mais longe possível.

É evidente que aturar Moormeier não é uma das minhas imensuráveis especialidades.

— Não cansa de me perseguir, não? — ao ver o garoto ainda parado na minha frente, eu perguntei. Ele sorriu forçado e guardou seu vape em um dos bolsos da calça preta que vestia.

— A culpa não é minha se a sua mãe me ama. — Payton bateu de leve em meus ombros, sem sequer me olhar. — Aliás, muito bom te ver de novo, pirralha.

Oh céus, não mesmo. Não era muito bom. Na verdade não era nem um pouco bom. Aquilo parecia-se mais com um eterno tormento.

— Oi, tia. — ele cumprimentou gentilmente a minha mãe, a abraçando e beijando sua mão.

— Oi, meu bem. Já falou com a Sue?

— Já sim. Essa roupa caiu bem nela. — eu revirei os olhos, Payton abriu um sorriso sínico ao mesmo tempo que apontava para mim.

Joanne ajudou minha mãe a arrumar os pratos na mesa novamente. Eu e Moormeier nos sentamos, frente à frente. Tentávamos ao máximo não encarar um ao outro.

Por mais estúpido que isso parecesse ser, não era. Um simples olhar poderia desencadear uma conversa. E uma conversa minha com Moormeier sempre acabava em discórdia.

— E então? Animados para o primeiro dia de aula amanhã? — minha mãe perguntou, se sentando ao lado de Payton. Nós finalmente nos entreolhamos pela primeira vez na noite.

— Ahn... não? Estou normal. — eu respondi indiferente, dando de ombros.

Eu não dava a mínima importância para isso. Por incrível que pareça, colégio, notas e aulas ainda eram os menores dos meus problemas.

— E você, Payton? — Moormeier mexia em seu celular enquanto conduzia o garfo até a boca.

— Quê? — ele desviou o olhar para minha mãe, ainda com a droga do celular na mão. — Ah, também não, eu 'tô de boa.

— Payton, larga esse celular. — Joanne tentou ser discreta ao reclamar com Moormeier, mas não deu muito certo.

O garoto ainda mexia no celular enquanto jantávamos, e então ele bufou, deixando o aparelho em cima da mesa. Coincidentemente, ao lado do meu prato. Era impossível não perceber as inúmeras notificações surgindo na tela.

"Já conseguiu o dinheiro da aposta?" — eu li uma das notificações em voz alta, com a testa franzida. — Aposta? Sério, Moormeier?

— Dá pra parar de olhar as minhas coisas? — Payton colocou o objeto em seu colo, me repreendendo com o olhar. Felizmente, aquele olhar não me intimidava nem um pouco.

— Você colocou o próprio celular ao meu lado, e essa merda não para de vibrar. Não posso fazer nada além de tentar não prestar atenção nele.

— Tanto faz, olhar as coisas dos outros sem permissão é falta de educação, não sabia não?

— Você quer mesmo falar sobre educação? Que moral você tem para falar sobre isso? Que tipo de educação você teve quando apostou em alguém?

Payton ignorou tudo o que eu disse e sorriu.
— Você calada fica bem mais bonita, Tanner.

— Vai se foder. — levantei o dedo do meio para Moormeier, que novamente sorriu sarcástico. Eu odeio esse garoto.

— Sue! — o olhar da minha mãe exalava fúria, e se eu a conheço bem, isso não significava absolutamente nada além do óbvio.

Por mais tolo e idiota que Payton fosse, eu ainda precisava aprender a conviver com ele sem reclamar. E vendo agora, eu aprendi do pior jeito possível.

Aquilo seria muito mais complicado do que eu imaginava.

Aquilo seria muito mais complicado do que eu imaginava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

• não se esqueçam de votar caso
tenham gostado. <33

GOLD RUSH - Payton MoormeierOnde histórias criam vida. Descubra agora