Capítulo 25

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SUE TANNER[

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SUE TANNER
[...]

Vesti meu pijama e corri os dedos pelo meu cabelo molhado, penteando-o. Só de lembrar-me do que aconteceu mais cedo nesta mesma noite, minhas mãos tremem e meu coração dispara.

A incerteza do que o número gravado em meu pulso significa é como uma maldição. Payton parecia relativamente despreocupado, embora, ao estar perto de mim, demonstrasse o mínimo de suplício e angústia.

Mal posso esperar para saber o que acontecerá. Eu estou amedrontada com tudo isto: é inegável.

Sentei-me ao lado de Payton na cama, mantendo uma distância razoável.

— O que esse número significa? Significa que nós vamos ficar aqui por mais 130 anos? 130 meses? 130 dias? — perguntei à ele, ainda que soubesse que não haveria um retorno. — Significa que eu vou morrer daqui à 130 dias? Ou talvez que eu consiga sair daqui em 130 dias?

— Tanner, respire fundo. — ele segurou meu braço, olhando-me agitado. — Eu também não sei o que significa. Isso pode dizer tudo ou nada. Não se precipite.

— Como uma pequena chama de fogo conseguiu escrever um número em minha mão? Como, Payton?

— Não me faça mais essas perguntas. Você sabe que eu não tenho resposta para absolutamente nenhuma delas.

Passei as mãos pelo rosto, frustrada.

— Você é um inútil.

— Você também é uma.

— Sou? Bem, você me dá um pingo de esperanças quando diz: "Vou te tirar daqui, amor", Tudo vai se ajeitar, tudo vai ficar bem", e sabe da maior? Nada nunca se ajeita ou muito menos fica bem, Payton. Nós vamos ficar presos aqui para sempre! — acrescentei, exasperada.

Payton fechou os olhos, ponderando todas as verdades que eu acabara de exprimir.

— Por que está reclamando? — começou ele. — Eu não tenho a obrigação de saber o que fazer quando alguém surta ou chora na minha frente, Tanner. Em situações como esta, eu fico tão nervoso quanto você e não sei se devo te abraçar ou simplesmente mentir para tentar melhorar as coisas.

Após concluir sua fala apática, eu tive a absoluta certeza de que estava fodida. Minhas pernas começam a tremer ainda mais.

— Prefiro que fique quieto. — disse.

Payton olhou-me boquiaberto. Em seguida, voltou ao seu semblante enigmático e não murmurou uma sequer palavra por longos minutos.

— Eu sempre disse que você é uma ingrata do caralho. — afirmou ele, de repente. — Pensei que estivesse enganado, mas você é, de fato, igual à qualquer outra adolescente ignorante do colegial.

Endireitei as costas. Moormeier acabara mesmo de comparar-me, assim?

— E eu não sabia que você sabia mentir tão bem assim. Pensei que estivesse enganada quando disse que te odiava, mas você sempre consegue ultrapassar as minhas expectativas.

Ele levantou-se e chegou mais perto de mim.

— Está dizendo que me odeia?

Não. Sim. Mais ou menos. Ah... não soube o que responder ao certo, então, mantive-me estática.

Payton ajoelhou-se na minha frente, com aquela expressão ardilosa que só ele sabe fazer.

— Ah, Tanner... você não deveria ter dito isso. — ele riu fraco, fazendo-me sentir sua respiração próxima ao meu rosto.

— Posso repetir.

— Repita. — suplicou.

Mordi o lábio.

— Você é a pessoa mais hipócrita que já sequer tive a chance de conhecer. Não me surpreende que seja tão obcecado por tudo que não pode ter. — cravei meus olhos escuros nos seus. — E eu te odeio por isso.

Ele agarrou meus pulsos e os levantou.

— Não se mexa.

[...]

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GOLD RUSH - Payton MoormeierOnde histórias criam vida. Descubra agora