NARRADORA
Novembro. É sempre um alívio entrar neste mês e perceber o quão perto todos estamos das festas de final de ano, embora Tanner e Moormeier já não tivessem tantos motivos assim para festejar há quatro meses.
Doenças como a de Sue não se curam com o tempo, assim como pessoas não podem sair de certo lugar sem que se mexam. E tudo em Texas de 1963 permanecia-se igual. Mas Texas do século vinte-e-um já não era o mesmo há tempos.
[...]
• (Cidade próxima à Texas,
nos USA, anos atuais.)Três carros eram estacionados ao mesmo tempo no meio de uma estrada a caminho para Texas naquele final de tarde. Outro helicóptero estava pousado próximo ao mato lateral. Saiu de um dos carros um homem branco, baixo, de rosto agradável e peças de roupas marcadas por músculos.
— Bradley Rogers, agente do FBI. — O homem apresentou-se para a única mulher sentada na curta escada do helicóptero. A única da equipe.
— Nicole Murphy, delegada civil de Houston. — Acenou com a cabeça para Rogers, que aquecia as mãos nos bolsos da cargo cinza. — Qual é a história, aqui, agente Rogers?
— Eu tenho duas testemunhas em Texas e, em uma manhã de meados de Agosto, parece que os filhos delas desapareceram juntos, durante o caminho ao colégio. O caso só foi avaliado e entregue à mim na madrugada de ontem.
— Quem seriam os desaparecidos?
— Payton Moormeier e Sue Tanner, ambos estudantes prestes a concluir o Ensino Médio — afirmou. — Eu entrei em contato com conhecidos, amigos, parentes...
— E deixe-me adivinhar, nenhum deles os viram?
— Não — Bradley tocou a nuca. — Nenhum deles nem sequer ouviu falar deles.
— O quê?
— É. Eu também achei que algo estava estranho, e então peguei o primeiro voo para me encontrar com a polícia local, e me deparei com uma novidade.
— Que seria?
— Texas não existe.
Nicole pigarreou. Abaixou a cabeça e tentou não soltar uma risada.
— Você está dizendo que a cidade de Texas, no Estados Unidos, não existe?
— Basicamente, não mais.
— Então... você não consegue ter contato com ninguém de dentro de Texas e todos do lado de fora estão com um tipo de amnésia seletiva?
— Agente Murphy, este não é apenas mais um caso de dois adolescentes desaparecidos, e sim, de uma cidade desaparecida.
— E por que você ainda não entrou lá para investigar?
— Porque ninguém consegue entrar.
Bradley desencostou-se de seu carro. Levantou e encarou fixamente um ponto em sua frente. E então pensou ter visto linhas vermelhas. Linhas vermelhas quase imaginárias, no meio da rua, mexendo-se.
— O que é isso?
Nicole Murphy deu as costas para Rogers. Torceu as sobrancelhas e os lábios. Não acreditou no que viu por um restante de tempo até chegar perto o suficiente das linhas vermelhas, prestes a tocá-las.
— Um tipo de... campo de energia.
— Cuidado, Agente Murphy. — pediu Bradley. A policial encostou-se no campo energético que enfim havia visto. Ela já não o ouvia mais. — Hum... sério, tome cuidado.
Nicole estava centrada o suficiente para respondê-lo. Ficou em silêncio por alguns minutos e aí ouviu algo. Esbugalhou os olhos.
— Eu escuto. Escuto música.
— Música?
— Sim. Música. — Nicole deu um passo a frente, inclinando-se. — Elvis Presley.
Então virou-se irritada.
— Não entendo — Murphy pôs as mãos na cabeça, não mais tão concentrada. — Escuto Elvis, vozes americanas e barulho de copos batendo uns com os outros. Alguém está tocando música dentro desse campo.
Intrigado, Bradley balançou a cabeça.
— Os desaparecidos... — sacou as fichas sobre o caso, tentando procurar os nomes nos papéis. — Sue Tanner e Payton Moormeier. Eles passaram por aqui durante o caminho para a escola. É parte obrigatória da rota.
— Uma estrada? Isso é estranho. — questionou Nicole, baralhada, enquanto fazia anotações em seu braço. — Então apenas há de presumir que ambos estejam lá dentro, tendo em vista que estavam juntos no dia do desaparecimento, correto?
— Correto — averiguou Bradley, guardando as fichas de volta em seu bolso. — Esse é o ponto, Agente Murphy. Que lugar é este e o que estão fazendo lá dentro?
— Precisamos de testes.
— Testes?
Nicole moveu as mechas ondulado do rosto, as arrumando em seu coque alto.
— Alguém precisa entrar lá.
[...]
• Faz pouco menos de um ano desde a última vez que eu atualizei Gold Rush. Sempre bom aparecer por aqui ❤️
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GOLD RUSH - Payton Moormeier
Fanfiction⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Sue Tanner e Payton Moormeier se conhecem desde crianças, e se há algo que eles sabem muito bem sobre um ao outro, é que eles se odeiam. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Mas, após um infeliz acidente, eles se encontram juntos... Nos anos 60! Agora o casal terá que...