Capítulo 28

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NARRADORA

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NARRADORA

Tendências mudam, boatos voam por novos céus, páginas viram e grudam umas nas outras. Salários são ganhos e lições são aprendidas, e tudo na vida, um dia muda. Digo, exceto na vida de Sue Tanner e Payton Moormeier, que continuam trancafiados no mesmo lugar e no mesmo maldito ano.

Seus dias passam-se em extrema lentidão, como se nada nunca fosse, de fato, à lugar algum. E não ía.

— Dina! — Sue clama, boquiaberta, ao avistar Cooper caminhando pela cozinha da própria casa. — Onde você estava?

Nem ela mesma sabia o que responder. Estava prestes à queimar os ovos na frigideira, caso contasse a verdade.

— Como assim? Eu estive aqui a noite inteira. — esclarece a morena, enquanto seus olhos atentos tomam conta do fogão.

— Estava? — Tanner franze a testa, desconfiosa.— Nós não te vimos.

— Bem, eu...

— Onde você estava na hora em que o bar pegou fogo? — Payton a corta.

Dina descansa as mãos na cintura, abrindo e fechando a boca incontáveis vezes.

— Fogo? Do que estão falando? — ela gargalha. — Nada pegou fogo. Vocês tem certeza de que estão bem? — questiona ela, tirando uma das panelas de cima do fogão.

— Como pode dizer que "nada pegou fogo", Dina? O Sam's Club incendiou por completo. Foi horrível. O meu pulso até queimou, e...

Tanner apanha seu pulso sensível para provar, porém, não há mais nada ali. Está quase idêntico ao seu outro: em adequado e vigoroso estado.

— E então? O que tem o seu pulso? — pergunta Dina, desalinhada.

— Ele queimou. — Payton intromete- se. — Eu mesmo apliquei gelo e fiz um curativo, Dina. Por que não acredita?

— Olha, eu não sei aonde vocês estão com a cabeça, mas da última vez em que nós fomos ao Sam's Club, vocês comeram para caramba e ainda repetiram a janta. — explica Cooper. — Nada pegou fogo.

Payton e Sue entreolham-se, meandrosos. Por um instante, cogitam a possibilidade de estarem ficando loucos, embora não estivessem, de fato.

— Eu vou subir. — farta de toda aquela conversa sem rumo, Sue alerta, pouco antes de subir a escadaria da casa. Payton a segue até seu quarto.

Ela debruça-se na cama, contorcendo o corpo e agarrando os travesseiros, sonolenta. Sua noite havia sido longa.

Moormeier olha para os lados, à procura de sua mochila, deslocando todos os móveis do quarto e bagunçando seu armário, jogando inúmeras roupas e calçados para o alto.

— Caralho, Payton, para de desarrumar as minhas coisas!

Sue levanta-se da cama, na tentativa de interrompê-lo. Porém, ele mantém-se inquieto, deixando todo o seu aposento em completa desordem.

— Tanner? — ele finalmente a chama, suspicaz. — Você guardou a minha mochila?

— Não.

— Ela... — Payton finalmente descansa seu corpo na cama, parando, por um minuto, de desarranjar o cômodo. — Sumiu. Desapareceu.

— Quê?

— Sim. Quase todas as minhas coisas estão nela, Tanner.

— Talvez você apenas não tenha procurado direito.

— Não fale isso. — suplica ele, sentindo-se contrariado.

Um tanto quanto extenuante perder todas as suas coisas eventualmente, não? Payton é uma das melhores pessoas para responder isto.

— Sue, eu não sei mais o que fazer. Todas as minhas coisas estão desaparecendo.

— Acalme-se. Deve ter um motivo lógico para isso. — diz ela, tentando pensar em algo o mais rápido possível. — Talvez as suas coisas estejam desaparecendo porque elas simplesmente não fazem parte dos anos 60.

— Isso não faz sentido algum, Sue. Se isso fosse mesmo verdade, as suas coisas também deveriam estar sumindo, certo? Já que você também está presa nos anos 60.

Sue não gosta de estar errada. Na verdade, odeia admitir que está errada. Mas, desta vez, não havia muito o que fazer. Moormeier tinha razão e ela tinha consciência disto.

— Então esqueça. — suspira. — Eu não faço ideia do que está acontecendo.

Ah, é claro que não tem. Suspeito seria se tivesse.

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GOLD RUSH - Payton MoormeierOnde histórias criam vida. Descubra agora