Capítulo oito

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OI GENTE CHEGUEI MAIS CEDOH

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Bora

Foi inevitável que se sentisse temeroso

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Foi inevitável que se sentisse temeroso.

Os pés e as palmas ainda tinham a pasta viscosa e Minhyuk caminhou descalço, cansado e assustado até a cabine do capitão. Kihyun o seguia, recusando-se a deixá-lo sozinho mesmo quando Minghao frisou que Changkyun não o havia chamado para aquela conversa.

Quando a porta se abriu, Changkyun permitiu que ambos entrassem, fechando a porta e voltando até a própria mesa, apoiando-se nela. Os olhos presos ao príncipe completamente diferente de quando o vira naquela cerimônia e até mesmo mais cedo, antes de ser jogado ao mar.

Os cabelos claros estavam bagunçados, os pés descalços denunciavam que havia se machucado e a blusa torta deixava um lado de suas clavículas à mostra. Ao seu lado, Kihyun parecia um cão de guarda, olhando-o com total desconfiança e desafeto.

Changkyun sorriu; estava perfeitamente habituado àquele olhar.

— Você me disse que tinha um mapa — o capitão quebrou o silêncio ao perceber que os outros dois o analisavam e não diriam palavra alguma.

— Sim... Sim, senhor — Minhyuk respondeu e suspirou — Ele está... Preso nas minhas costas.

— Como? — O olhar de Changkyun se franziu, curioso.

— O mapa... Está gravado nas minhas costas — repetiu, receoso de que o capitão agisse de forma rude novamente; preferiu inclusive não falar naquele momento sobre aquele ser um ato divino também.

— Venha cá — Changkyun pediu, estendendo a mão, e Kihyun se colocou em alerta imediatamente; o capitão revirou os olhos pelo seu comportamento — Eu preciso ler o mapa ou ficaremos navegando sem destino para sempre.

Kihyun bufou enquanto observava Minhyuk caminhar na direção do outro homem. Parado diante de Changkyun, o príncipe observou a orelha cheia de brincos, os dedos cheios de anéis e as unhas pintadas, além do risco escuro sob a linha d'água em seus olhos. Globos estes que se ergueram e o encararam enquanto as mãos puxaram a barra da camisa sem pedir permissão.

Minhyuk deixou que ele se livrasse da peça e a deixasse de lado, sobre a mesa. Estar tão exposto era inquietante e a sensação só aumentou quando percebeu o capitão desencostar completamente da mesa e empurrá-lo na direção desta, usando uma das mãos para fazê-lo se inclinar sobre o tampo de madeira.

A posição era constrangedora e Kihyun se aproximou mais um passo, mas recebeu um olhar gelado do capitão enquanto ele tomava uma pequena candeia para iluminar melhor sobre a pele do príncipe.

As mãos correram pela tez, trilhando os trajetos com a ponta dos dedos e Minhyuk engoliu a seco. Tentou observar algo por cima dos ombros, saber se poderia ao menos se erguer um pouco daquela posição, mas Changkyun riu deixando que os dígitos corressem até a base de sua coluna antes de se afastar um passo.

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