Capítulo trinta e seis

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OLAAAAR

EU TO MUITO ANSIOSA POR ESSE CAP KKKKK

BORA?

Quando Hanse abriu os olhos, ainda era madrugada

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Quando Hanse abriu os olhos, ainda era madrugada.

Ele observou o tom escuro entre as folhas que farfalhavam muito acima de sua cabeça, demorando a situar-se e entender onde estava. Lembrou-se, pouco a pouco, de ter sido atirado do navio e engolido pelas ondas furiosas causadas pela ira de Jangmul e o dragão com as cores solares. Acreditou que não haveria mais nenhum caminho para si além do seio da deusa mãe após aquele embate, mas as dores em seu corpo diziam-lhe que havia sobrevivido.

Estava sem forças o suficiente para mover-se e checar onde estava, mas sentiu os pulsos presos por algo macio, diferente das correntes que o prendiam à bordo da Tormenta Escarlate. Um suspiro escapou dos lábios, até que decidiu inclinar suavemente a cabeça para observar o espaço ao redor. Havia terra sob seu corpo, árvores de troncos grossos ao derredor, rochas cheias de limo e plantas selvagens oscilando na brisa noturna. O som de insetos era audível, assim como o barulho de ondas se quebrando na praia, próximo dali.

Recostado à uma raiz enorme e retorcida, estava o príncipe de Ujuseon.

Tinha uma das pernas esticadas e a outra erguida junto ao peito. Estava maltrapilho, com parte das roupas rasgadas e um punhal firme na mão direita. O olhar parecia preso na figura de uma mariposa que abria e fechava as asas, tão lentamente que parecia querer hipnotizá-lo.

Hanse voltou a encarar o céu após sua breve observação. Seungwoo havia livrado seus punhos das correntes, tinha certeza. Mas também não o deixaria livre, pois ainda sentia medo de ter a crueldade causada por Yang devolvida para si. E o molac sabia, Seungwoo não seria capaz de ser tão cruel — mesmo para defender-se — quanto o pai seria.

— Somos os únicos que restaram? — ousou perguntar, ainda sem se mover, e o corpo inteiro do príncipe estremeceu.

— Não se mexa! — Pediu, de forma tola, erguendo-se do lugar onde estava, empunhando a lâmina com a mão trêmula — Eu... Eu o escoltarei até encontrarmos Yang.

Hanse olhou em sua direção, sem intenção alguma de sair do lugar; ainda sentia-se muito preguiçoso.

— É isso mesmo que deseja? — o molac perguntou, deixando Seungwoo momentaneamente sem palavras.

Mas que deveria responder, afinal? Não haveria ninguém para protegê-lo senão seu pai. Estava perdido em uma ilha cheia de inimigos de seu reino, criados por Yang, mas que fariam parte de sua herança, certamente. Que escolha tinha senão procurar por aquele que acreditava ser o único que o manteria a salvo?

— Não pergunte bobagens — pediu, tentando soar severo.

— Existem outros por perto? — Hanse indagou, mudando o assunto ao invés de pontuar que o príncipe não foi capaz de responder diretamente sua pergunta.

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