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HOJE EU VIIIIMMM
BORA?
A seda clara que cobria o corpo de Jiyong caía pelos ombros magros. Aquilo não a incomodou quando atravessou a passagem para a sacada, observando a guarda diante do palácio. O clima era ameno, trazendo diversas lembranças indesejadas, mas a princesa de Ujuseon não se permitiu demorar-se naquele tipo de auto tortura.
Não se passou muito tempo até que sentisse os braços finos envolverem sua cintura. Lábios macios tocaram seus ombros e ela sorriu, virando-se para encarar a outra mulher. Foi inevitável que suas mãos encontrassem o rosto de Nabi, dando-lhe um beijo simples, mas longo.
— O que já faz de pé? — Nabi perguntou, sem desviar dos olhos da princesa — Nem tive tempo de pedir que te preparassem um banho.
— Este palácio está cheio de criados — Jiyong respondeu — Não precisa assumir essa tarefa.
— Eu preciso, já que sou um deles — Nabi sorriu ao responder, mas a expressão séria da outra a fez morder os lábios — É apenas uma constatação, não precisa se aborrecer.
— Sabe que não é apenas uma serva para mim — o aperto de Jiyong tornou-se mais intenso sobre a criada — Você me pertence de muitas outras formas, Nabi.
— Eu sei — a resposta veio acompanhada de outro sorriso.
Jiyong acariciou os cabelos curtos e negros de Nabi, bagunçados devido ao sono recente. Observou cada parte do rosto, desde as maçãs proeminentes, lábios cheios e estreitos, até os olhos de um castanho profundo.
Nabi sempre esteve por perto, tendo crescido para servir no palácio desde que fora capturada em Soli, o primeiro reino tomado por Ujuseon. Era uma criança naquela época, assim como a princesa, mas desde que passara a prestar serviços para Jiyong após alcançar a idade para tal, a herdeira havia demonstrado profundo interesse em possuir cada parte sua.
Nabi jamais se viu capaz de negar qualquer pedido da princesa. Sinceramente, não achava que negaria, ainda que pudesse. Havia uma troca mútua de muitas coisas além de prazer desde que passaram a se envolver daquela maneira, afinal.
Mas ainda existia uma hierarquia a ser respeitada. Ela era a serva, doando-se para sua alteza.
Todas as vezes em que demonstrava sua percepção, contudo, Jiyong sempre reagia de maneira contrariada. Achava certa graça, aliás, em como a princesa parecia render-se aos sentimentos que surgiram junto de seu relacionamento de maneira tão fantasiosa.
— Yang retornará vitorioso de sua busca — a princesa disse, ainda acariciando o rosto alheio — Ele governará sobre a face de todos os reinos. E você será minha para sempre.
O desejo que transbordava de cada palavra fez o sorriso de Nabi se abrir ainda mais, ainda que existisse certo pesar em seus olhos. As mãos finas correram levemente até a cicatriz que a princesa carregava próxima ao queixo, do lado direito. Jiyong havia se rendido aos ideais do pai, crendo em um futuro onde teria apenas a ilusão da liberdade.
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Tesouro da Justiça | Changhyuk
FanficSob a ameaça de uma guerra silenciosamente declarada por um líder conquistador e tirano, Minhyuk decide embarcar clandestinamente rumo a única coisa que pode salvar seu reino: O Tesouro da Justiça. Ele só não esperava se confundir e acabar dentro d...