Capítulo dezenove

135 22 79
                                    

CHEGUEI CEDO

VAMO?

Minhyuk estava curioso com aquele passeio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Minhyuk estava curioso com aquele passeio.

Haviam passado por muitas tendas diferentes no trajeto e o príncipe percebeu, constrangido, que haviam diversas casas de luxúria oferecidas à Eloseu, o deus de sua personificação, abertas ainda durante o dia. Tais lugares eram permitidos em todos os reinos, mas sabia que sua mãe detestava a existência das práticas que ocorriam ali.

Sua surpresa, no entanto, foi perceber que Changkyun deixou algumas moedas para as moças que estavam na entrada, sem sequer insinuar que gostaria de entrar. Quis perguntar se aquele era mais um dos seus negócios a serem resolvidos enquanto ele estava preso no navio, mas não conseguiu. Apenas o seguiu e ignorou o sabor amargo que havia naquela questão.

Deixou o assunto de lado, entretanto, ao perceber que se afastavam um pouco da área central. Naquele ponto, a praia se estendia sem tantas pessoas, podendo observar um ou outro barco pesqueiro mais ao longe.

A mão de Changkyun ainda segurava a sua, mesmo que já estivessem distantes da aglomeração, mas Minhyuk não disse nada. Apenas o seguiu até que eles chegassem à uma gruta, onde a água do mar ainda alcançava, formando uma piscina claríssima, escondida sob as rochas desalinhadas. Havia um buraco sobre suas cabeças, por onde os raios solares entravam, deixando o lugar brilhante e divino.

— Que lindo! — Minhyuk disse e suspirou enquanto seus olhos tentavam capturar tudo.

— Dizem que lugares como esses possuem magia. — O capitão falou, também olhando ao redor — Sob a lua certa, ou as estrelas... — voltou o olhar ao príncipe — Ou com as pessoas certas.

Minhyuk virou-se para o outro, sorrindo de modo deslumbrado antes de decidir tomar uma iniciativa que deixou o capitão um tanto desconcertado. Livrou-se da blusa com rapidez, seguido das botas e da calça; apenas a roupa íntima ainda presa ao corpo enquanto ele mergulhava.

Changkyun decidiu não acompanhá-lo, sentando-se à margem e recostando-se à uma das pedras enquanto o observava. A felicidade do príncipe era quase infantil de tão pura, e o capitão precisou conter o sorriso. A pintura no corpo alheio era conhecida em quase toda parte, mas havia algo que ainda não tinha visto.

— O que é isso no seu joelho? — perguntou, vendo-o jogar os cabelos para trás e voltar à margem.

— Ah, isso — suspirou, alisando a pele — É uma baleia.

— Você a pintou aí? Por que?

— Eu não pintei — negou com a cabeça — É uma longa história.

Changkyun cruzou os braços, como se esperasse que ele continuasse e Minhyuk sentiu-se nervoso. Sempre acabava se chateando ao falar sobre aquilo.

— Eu... Eu tinha doze anos. Estava navegando com Hangyul, o capitão da marinha do meu reino. Ele sempre teve dificuldades em negar a esses pedidos, então nós fomos em um trajeto curto pela costa privada. Estávamos no Antares, um brigue de velas claras que ele possui. Eu estava tão animado por irmos um pouco mais longe que me pendurei nas cordas para ver o mar além do costado. Foi quando eu caí.

Tesouro da Justiça | ChanghyukOnde histórias criam vida. Descubra agora