Sob a ameaça de uma guerra silenciosamente declarada por um líder conquistador e tirano, Minhyuk decide embarcar clandestinamente rumo a única coisa que pode salvar seu reino: O Tesouro da Justiça.
Ele só não esperava se confundir e acabar dentro d...
Bem, este é o penúltimo capítulo de TDJ e eu vou soltar ele junto com o último (eu costumo liberar o último com o epílogo, mas não teremos um dessa vez, então...)
Bora?
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Dior entrou nos próprios aposentos sozinha.
Minjee, sua assistente pessoal, fora dispensada sem muito alarde naquela tarde e, apesar de exausta devido a viagem de volta para Mulbang-ul, tudo que Dior precisava era um tempo longe das vistas de todos.
Havia muito que precisava processar, desde a partida de Minhyuk até aquele dito pirata que o estava sondando desde que eles atracaram em Angae. No entanto, não havia nada que a rainha conseguisse absorver com propriedade depois da notícia entregue por Minhyuk e Kihyun.
Hangyul. Ele não havia voltado. Ele não poderia voltar, nunca mais.
Dior desamarrou os laços do vestido e caminhou até a sacada. As cores da tarde que partia e deixavam apenas estrelas à vista eram majestosas, encantadoras. Estrelas essas que se misturaram como uma aquarela quando os olhos de Dior se encheram de lágrimas que ela não conseguiu evitar.
Hangyul não poderia voltar. Ele estava morto.
Um gemido doloroso escapou da garganta de Dior, tão intenso que ela curvou o próprio corpo contra o mármore. Aquela era uma dor completamente nova, tão grande que ela não conseguia respirar. As pernas cederam e Dior caiu sobre os joelhos, deixando que as lágrimas grossas lavassem seu rosto enquanto ela sentia... sentia tanta dor, culpa e falta.
— Eu devia ter feito você prometer que voltaria... — ela sussurrou, sem fôlego, para o vazio — que voltaria para mim.
Minhyuk havia lhe dado a notícia com a voz trêmula e olhos transbordando, dizendo-lhe que ele havia se sacrificado para salvá-los. Ele abraçou Dior mais forte, inconsolável e sussurrou no ouvido da mãe.
— Nós descobrimos algumas coisas na ilha — fungou, mas sua voz estava suave — sobre nosso laço sanguíneo.
Dior precisou de muito esforço para não quebrar completamente naquele momento, mas ainda precisou secar uma lágrima que correu pela sua bochecha. Ela queria ter contado a Hangyul, queria que eles pudessem ter conversado sobre isso, queria ver a expressão em seu rosto quando falasse sobre sua paternidade em voz alta, ainda que fosse apenas para ela.
No entanto, tudo que ela tinha agora era a lembrança do último dia em que o viu em Mulbang-ul. De como ele foi encontrá-la antes de partir no Raio Negro naquela noite, do seu sorriso gentil assegurando a ela que ficaria tudo bem, de suas palavras doces pedindo que ela tivesse fé e paciência. Lembrava-se das mãos ásperas segurando as dela enquanto a puxava amavelmente para um abraço, acalentando seus receios longe dos olhos alheios, repetindo que tudo daria certo.
