Capítulo trinta e nove

87 11 70
                                    

OIOIOI CHEGUEI

Foi mal pela falta semana passada, MAS HOJE CÁ ESTAMOS NÓS

BORA?

Hangyul ainda estava apreensivo quando a rampa do Raio Negro tocou a areia branca da ilha da justiça

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Hangyul ainda estava apreensivo quando a rampa do Raio Negro tocou a areia branca da ilha da justiça. Esperou por uma fera que tentasse impedir sua chegada, mas tudo que os aguardava eram destroços aparentes e manchas na água salgada, como as reminiscências de uma batalha em alto-mar.

Havia pouquíssimos homens à bordo. Enquanto deixavam o navio e caminhavam lentamente pela praia, Hangyul ainda procurava qualquer sinal de perigo, segurando firme o cabo da espada, perfeitamente entalhado com a imagem de uma águia; uma honra recebida pela sua reputação em Mulbang-ul. Estava atento, esperando por qualquer tipo de ataque. Afinal, era estranho que chegassem até ali com tanta facilidade sem enfrentar nenhum outro contratempo.

Os destroços deixaram-no aflito. Seria possível que Minhyuk e Kihyun estivessem naquelas terras? Seria capaz de finalmente encontrar os garotos, de preferência em segurança? Será que Yang estaria à espreita, aguardando o momento de atacá-los, ou teria levado o mesmo fim que os corpos fétidos com que esbarrara naquela praia?

— Vamos avançar até o anoitecer — o capitão avisou, e Hangyul não viu motivos para negar.

Apesar da longa viagem, a chegada havia sido tão suave e suas expectativas e ansiedade eram tão grandes, que não se sentia cansado. Queria explorar o quanto antes também.

— Sim, senhor.

Nem todos os homens restantes pareciam concordar, mas nenhum deles apresentou objeção. Apenas tomaram o que puderam dos suprimentos que restaram à bordo e seguiram mata adentro, esperando encontrar o tesouro.

Mas Hangyul, ainda agarrado à espada com a personificação de seu espírito, fiel à orientação correta tal qual uma bússola, esperava encontrar algo no qual via muito mais valor.

☸⚘

Os pés de Jihyun pareciam sequer tocar a trilha enquanto ela saltitava pelo caminho. Hyungwon observava, seguindo-a de perto, enquanto os outros vinham mais atrás. Não pôde evitar a confusão que o acometeu, porque aquela mulher envolta em cores vibrantes, de cabelos compridos e olhar dilatado parecia com sua madrinha, ao mesmo tempo em que não tinha nada a ver com ela.

A Jihyun de quem se lembrava era uma mulher forte, calma e centrada. Era o oráculo de seu clã, mas para Hyungwon, era uma mulher doce e inteligente, que entregara-lhe muito afeto e sabedoria. Aquela mulher cantarolando na ilha da justiça não parecia estar em seu perfeito juízo, agitada, confusa e prolixa enquanto repetia suas palavras como se eles não fossem capazes de entendê-la.

De fato, não eram. Mas não era daquele jeito que Jihyun costumava se comportar quando queria se fazer entender.

— Wonnie — Kihyun chamou, aproximando-se um pouco enquanto puxava a manga de sua blusa; o rosto de Jihyun virou-se suavemente enquanto ela dava uma risadinha, fazendo os rapazes ficarem tensos, mas ela continuou caminhando, e eles continuaram seguindo — Você acha... Que ela conheceu os meus pais?

Tesouro da Justiça | ChanghyukOnde histórias criam vida. Descubra agora