Em um reino onde a magia é proibida, uma garota luta para esconder seus poderes.
Trabalhando em prol de sua vingança, Rosellen, uma das líderes do movimento rebelde contra o rei de Curcya, se infiltra no castelo como uma criada, afim de descobrir a...
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Fazia tempo que eu não andava a cavalo, o reino se tornou muito pobre desde que o rei havia começado com as execuções, que diminuíram e muito o comércio no reino, e muitas pessoas iam embora com medo de cometerem um erro e ser a próxima a ser executada. Mas naquela manhã gelada, o príncipe ainda estava dormindo quando cheguei a seu quarto com o café às oito da manhã, o acordei e deixei o café na mesa de madeira, fui ao banheiro e aprontei um banho rápido para o mesmo, ele se levantou e foi comer em silencio. Seria bom se ele fosse silencioso todas as manhãs.
Ele terminou de comer e foi em direção ao banheiro, no qual permaneceu por vinte minutos durante o banho. Ao sair, eram vinte para as nove, ajudei-o a se vestir rapidamente, ele parecia uma criança que fora acordada muito cedo e a mãe tinha que o arrumar para ir a escola. A diferença é que iriamos para um campo de escravos.
A ideia não saiu da minha cabeça a noite toda, eu podia dizer com propriedade que havia dormido menos de cinco horas aquela noite, mas saber que eu poderia encontrar Ressie hoje me fez ter vontade e levantar como o sol.
Terminei de ajudar o príncipe a se arrumar, e cinco para as nove, Dern bateu na porta e a abriu, a visão foi bem engraçada, um príncipe sonolento, e uma criada radiante correndo de um lado para o outro o arrumando.
- Sinto que não devo perguntar – Dern disse com um leve sorriso.
- Ele estava assim quando eu cheguei – Falei rindo.
- A bolsa com as roupas dele já está pronta? – O Chefe perguntou.
- Está sim, deixe que eu leve, carregue essa criança pra mim, por favor – Brinquei e Dern pegou o príncipe pelo braço rindo também.
Considerando o encontro da noite anterior, Dern estava bem mais relaxado em relação a mim aparentemente. Ele foi levando um príncipe meio grogue pelo quarto e eu fui arrumando o máximo que pude rapidamente, peguei a minha pequena trouxa de roupas, e a do príncipe também, vi que Dern tinha uma pendurada em seu braço, parei ao seu lado e peguei a bolsa de couro que estava pendurada em seu ombro.
- Não fique tentando fazer meu trabalho – Disse brincando.
- Nunca pensaria em fazer isso – Ele ergueu uma das mãos em rendição.
Dei um leve sorriso e fui descendo as escadas atrás do príncipe que estava lentamente acordando para a vida, e do Chefe que tentava puxar conversa com o mesmo. Fomos para os fundos do castelo, onde se encontravam os cavalos, uma dupla de guardas estava ali junto a quatro cavalos já selados. Reconheci Enner e dei um pequeno sorriso quando ele olhou para mim, Dern pareceu notar e seguiu o olhar do guarda até mim.
Cumprimentamo-nos e os guardas prenderam as coisas de cada um em seus cavalos, permaneci com minha trouxa de roupas presa ao ombro, não sabia com quem eu iria ir. Considerando que só havia só quatro cavalos, eu poderia supor que me fariam andar, coisa que eu não duvidava. O príncipe subiu em um garanhão cinza-claro, Dern montou um cavalo castanho tão escuro que quase parecia negro. Os dois guardas montaram em cavalos simples, ambos castanhos manchados.
