11 - Fogo Mas Não Literal

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- Essa era a mãe de vocês? - Eiden perguntou hesitante

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- Essa era a mãe de vocês? - Eiden perguntou hesitante.

- Era sim - Falei curta e notei que o corpo de Ressie havia se retesado contra o meu.

- Está tudo bem - Ressie falou me virando para ele - Não se pode mudar o passado, mas construiremos nosso futuro.

Sorri abertamente para ele, as centenas de lembranças boas e ruins desse lugar afloravam em minha mente. Coisas que eu havia me feito esquecer.

- Vou trocar minha roupa no meu antigo quarto e depois vou pegar lenha - Afirmei - Você e Vanya podem acomodar os demais.

Ressie assentiu e eu segui para meu antigo cubículo particular.

Entrei no meu antigo quarto e notei que estava parecido com um depósito, não havia marcas de que um dia eu havia estado ali, fiquei me perguntando o que Ressie tinha feito, por que o velho fazendeiro jamais entraria ali, eu tinha a impressão de que ele se anojava de mim, eu só não entendia por que.

Troquei rapidamente de roupa, já que o clima estava mais frio coloquei uma capa quente e saí do quartinho fechando a porta atrás de mim. Os guardas estavam se arrumando na sala da casa, em frente a lareira para a qual eu pegaria lenha.

Saí pela porta da frente e fui para a lateral da velha casa, na qual um pequeno casebre de apenas alguns metros quadrados guardava os instrumentos usados na fazenda, haviam pás, enxadas, grandes tesouras, aradores e machados.

Peguei um dos machados que parecia estar em melhor estado, foi quando notei a tábua solta no chão, na qual eu sabia que Ressie escondia espadas, adagas e arcos com aljavas lotadas.

Apurei os ouvidos esperando alguns segundos, afim de notar se alguém estava por perto, possivelmente Dern, mas não ouvi nada, me agachei e levantei a tábua solta, algo equivalente a uma mina de ouro para um guerreiro apareceu aos meus olhos, armamentos que estavam muito bem conservados, mesmo depois de tanto tempo.

Se eu tivesse me lembrado disso mais cedo, essas armas me poderiam ter salvo em diversas situações complicadas.

Tampei o esconderijo novamente e me levantei, peguei novamente o machado e saí dali, me dirigindo para a floresta depois dos campos de plantação. Chegando lá procurei árvores que pareciam mais secas e com o machado comecei a contar lenha, separando o tronco em toras de mais ou menos cinquenta centímetros e depois cortando estas em quatro, fui colocando a lenha ao lado e cortando mais um pouco de madeira.

Fingi indiferença quando senti a presença de alguém a alguns metros de mim, continuei meu trabalho cortando a lenha como alguém indefesa, mas com um movimento do meu próprio corpo, senti o aperto de algumas lâminas em minhas cintura.

- Devo considerar estranho uma donzela estar fazendo um trabalho que deveria ser de um homem? - Dern perguntou as minhas costas, eu já imaginava que era ele, só pelo seu cheiro.

Rosellen - Crônicas de Magia e VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora