Em um reino onde a magia é proibida, uma garota luta para esconder seus poderes.
Trabalhando em prol de sua vingança, Rosellen, uma das líderes do movimento rebelde contra o rei de Curcya, se infiltra no castelo como uma criada, afim de descobrir a...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Eu já disse que você deveria ser atriz? - Enner perguntou ao lado, soltei um risinho.
- É, já disse sim.
- Não me assuste de novo desse jeito! - Ressie falou a minha frente - Realmente achei que estivesse em perigo e machucada.
- Não posso te contar nada, irmão - Expliquei cansada - Quanto menos souber, mais real são as reações de vocês, e mais fácil é para nossos planos.
- Sabemos o que temos que saber - Vanya falou, assenti para ela - Já pensaram se alguém desconfia de nós? Iriam nos torturar para tirar qualquer resquício de informação, ainda mais agora que a Aliança finalmente se apresentou.
- Ela tem razão - Enner falou depois de um tempo - O rei já deve estar colocando todo mundo nas ruas para procurar eles.
- Por isso que eu não conto as coisas - Passei os olhos por todos - Sou egoísta, se fizessem algo contra vocês eu delataria todos pra poder salvá-los.
- Não é egoísta, apenas significa que ama a família - Ressie acrescentou.
- Amor é uma falha - Exclamei apertando os punhos - Amar me deixa fraca, deixa todos nós fracos.
- Somos uma fraqueza então? - Ressie perguntou, olhei para ele por alguns longos segundos.
- São - Respondi por fim - E não estou disposta a deixar alguém explorar essa fraqueza.
O resto do caminho foi silencioso, o único som ouvido era o das rodas da carruagem passando pelas estradas do reino e dos cavalos relinchando. Eu tinha que fazer alguma coisa, Eiden iria atrás da Aliança agora, nós teríamos que ir atrás de mais magics, de todos que restaram. Uma guerra se aproxima, isso eu não podia negar. Até por que fui eu quem começou essa guerra, esse foi o primeiro movimento dos rebeldes, o início da nossa revolução, mas melhor que todos, eu sabia que estava tudo muito longe de acabar, sabia que eu ainda estava no caminho de muitas perdas.
Chegamos a minha casa, o local estava silencioso, rapidamente desci da carruagem, meu irmão veio atrás de mim, e depois Vanya. Olhei para Enner na carruagem, lancei um olhar para minha casa, os outros provavelmente estavam lá, seria esse o melhor momento para apresentar Enner?
- Quer entrar? - Perguntei a ele.
- Seus amigos estão lá?
- Possivelmente.
Ele passou os olhos de mim para a casa e para mim novamente, lentamente assentiu e desceu da carruagem. Entrei na frente deles, já imaginava o que poderia acontecer, todas as opções e caminhos diferentes brilhavam em minha mente como estrelas. Nenhum deles era muito bom. Abri a porta e entrei na casa, estava tudo apagado, então fiz aparecer um pouco de fogo na palma da minha mão, consegui encontrar as velas e os lampiões, acendi eles pela casa, na sala, encontrei os três sentados, Atarah estava de pernas cruzadas, imponente como sempre. Darya passava os olhos por um livro qualquer. Edwin estava me olhando fixamente, mais precisamente para meu pescoço, ele estalou os dedos e as sombras dele desapareceram, dando lugar a uma luminosidade baixa.
