Em um reino onde a magia é proibida, uma garota luta para esconder seus poderes.
Trabalhando em prol de sua vingança, Rosellen, uma das líderes do movimento rebelde contra o rei de Curcya, se infiltra no castelo como uma criada, afim de descobrir a...
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Marchamos silenciosamente até os limites da capital, somente os poderes sobre as sombras de Edwin nos ajudavam a passar despercebidos durante a tarde nublada. Estava excepcionalmente frio naquela tarde, talvez o clima estivesse sentindo tudo que aconteceria hoje.
Assim que saímos do pavilhão, as crianças e outras pessoas que não estavam aptas para lutar, se dirigiram nas carroças para o outro pavilhão que Enner havia indicado. Enquanto nós, nós estávamos marchando rumo ao que seria uma batalha.
Seria tão bom dizer que eu sentia que teríamos apenas aquela batalha e então o final disso tudo. Mas eu sentia dentro de mim que aquele não era o fim, ainda teríamos provações, ainda teríamos mais batalhas. Aquele não era o fim da guerra.
Eu estava à frente do grupo junto com Atarah, Edwin, Darya e Enner. Não conseguia tirar meu irmão, Vanya e Arabella da mente, queria saber se estavam bem, se tudo estava saindo como planejado do lado deles. Mas aquele não era momento de pensar nos outros, se eu pensasse demais, se me distraísse, era só aquilo que o rei precisaria para acabar comigo de uma vez por todas.
Levamos em torno de uma hora marchando em direção ao castelo, Edwin continuava usando seus poderes para encobrir a maior parte dos nossos soldados e também o som de nossos pés batendo no chão e das espadas tinindo em nossas cinturas.
- Como está? - Enner perguntou baixo ao meu lado.
- Mais calma do que deveria - Respondo.
- Claro - Atarah fala do outro lado - Foi treinada para isso.
- A batalha é uma velha amiga - Completo - Não consigo me sentir nervosa indo em direção a ela.
- E isso é bom ou ruim? - O ruivo ergueu uma sobrancelha.
- Depende de que lado você está - Atarah riu.
Algumas pessoas na rua nos viam, mas a grande maioria apenas olhava, abaixava a cabeça e fingia que não estava vendo nada. Imaginei se eles estavam realmente nos vendo, se o poder de Edwin era assim tão grande. Mas para mim, aquelas pessoas não falavam nada por que estavam conosco, também queriam ver a queda do rei.
Finalmente chegamos próximos aos muros do castelo, estávamos a talvez quinhentos metros dos muros e dos portões que nos levariam para dentro. Olhei para Enner e este tirou de uma bolsa de couro um relógio simples, ele o consultou e olhou para mim, assentindo com a cabeça.
- Está na hora - Olhei para Atarah, passando rapidamente meu olhar por seu irmão.
A mulher apenas assentiu e olhou para o irmão por cima do ombro. Como em um passe de mágica, todas as sombras que nos cobriam sumiram, parecia então que tínhamos mais substância, como se antes estivéssemos nos fundindo as sombras.
- Grupo Um vai para o portão sul! - Ela levantou a mão indicando o grupo e a direção, todos começaram a se mover - Grupo Dois para o portão oeste comigo!
