24 - Ignorância Gritante

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Contra tudo o que sabia, comecei a me debater nos braços de Edwin, ele levantou uma faca para meu pescoço

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Contra tudo o que sabia, comecei a me debater nos braços de Edwin, ele levantou uma faca para meu pescoço. Odiava ter que me fazer de impotente.

Notei ao nosso redor se abrir um círculo espaçoso, apenas Eiden estava a minha frente, Dern estava logo ao seu lado com a espada já desembainhada, mais alguns guardas se amontoavam atrás deles, vozes, gritos e sibilos eram ouvidos por todo o salão, mas logo iam se abaixando aos pedidos cortantes do rei e do príncipe.

- Estou muito feliz de finalmente conhecê-lo Alteza - Edwin continuou com uma educação forçada - És um homem difícil de contactar, tive que recorrer a ações mais bruscas.

Ele apertou um pouco mais meu pescoço com o braço, soltei o ar e um resmungo junto, passei os olhos por Eiden suplicando por ajuda. Não gostava de fazer isso com ele, mas era necessário, ao longe eu podia ver os olhos verdes de Enner, ele parecia não saber se ajudava em algo ou deixava as coisas acontecerem.

- O que quer? - Eiden sibilou passando os olhos de Edwin para mim e mais alguma coisa atrás de nós, provavelmente Atarah e Darya, que deveriam estar defendendo as costas daquele que me segurava.

- É muito simples Alteza, queremos uma cabeça - Edwin falou sorrindo como um louco, não podia vê-lo, mas sua voz era o suficiente - Mais precisamente a de seu pai.

Eiden soltou o ar nervoso, o rei lá do alto não dizia nada, a rainha estava meio escondida atrás dele, os demais convidados estavam quase colados nas paredes, mantendo distância dos rebeldes.

- Está falando loucuras! Solte a garota! - Eiden ordenou.

- A garota? É assim que você trata alguém com quem passa tanto tempo? - Edwin lançou uma carta importante, mostrou que estava vigiando o príncipe, de dentro do castelo - Nem eu seria tão grosseiro assim.

Nervoso o príncipe pareceu morder os lábios, logo ele murmurou.

- Solte Rose - Ele dirigiu para Edwin um olhar que poderia queimar alguém, acho que se tivesse essa habilidade, ele o teria feito.

- Vamos por partes - Edwin falou e notei que Atarah estava ao nosso lado agora, para entrar no papel tentei me debater um pouco nos braços de Edwin - Não, não, não, fique quieta, não gostaria de destruir esse seu belo rosto.

Ao meu lado Atarah me lançou um olhar de escárnio bem ensaiado, ela virou para o príncipe.

- Veja, Alteza, seu povo está morrendo - Ela começou com uma voz diplomática - Quantos do seu povo já morreram pelas mãos de seu pai? Acha mesmo que permitiremos que suba ao trono para ser alguém como ele? Para assassinar mais de nossos irmãos? - Atarah soltou um riso anasalado.

- O que querem? - Perguntou nervoso, o príncipe não sabia mais o que fazer, não podia ir contra o pai na frente dele.

- Coisas simples, Alteza - Foi a vez de Darya falar, Atarah foi para trás de Edwin, mantendo uma dança mórbida - Queremos que sejam destituídos de seus cargos os nobres que praticam tráfico humano, tortura, estupro e muito mais.

Rosellen - Crônicas de Magia e VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora