26 - Ganhar, Mas A Que Custo?

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Acordei no dia seguinte extremamente dolorida, era um domingo, eu sabia que seria requisitada no castelo como em um dia normal, mas minha vontade de ir era mínima

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Acordei no dia seguinte extremamente dolorida, era um domingo, eu sabia que seria requisitada no castelo como em um dia normal, mas minha vontade de ir era mínima.

Coloquei uma calça de linho branca, uma blusa também branca, botas e uma capa preta e me levantei para ir pegar algo na padaria para comer, fui surpreendida na frente de casa por duas figuras loiras.

- O que foi que aconteceu com você?! - Arabella correu em minha direção levando as mãos ao meu pescoço, tinha até me esquecido disso, mesmo sendo o motivo da minha dor.

- Tivemos um pequeno problema ontem no baile - Expliquei vaga - Os planos foram alterados de última hora.

- Se precisasse de ajuda poderia ter nos chamado - A loira exclamou irritada - Por favor, não morra! Ainda temos Thyrse inteira pra reconquistar.

- Reconquistar? - Passei os olhos por eles confusa.

- Você não quer seu trono de volta? - Alerick finalmente falou.

- Mas eu nem sei... Eu não sei governar, e depois de tudo que eu fiz... Não considero que sou digna do trono dos meus pais - Me afastei um pouco deles.

- Tudo que fez foi para sobreviver, todos sabem o que acontece com as mulheres em Curcya - Arabella tentou me confortar.

- Não conheço um povo que iria querer como soberana alguém que matou, torturou e roubou.

- E seus pais não fizeram isso também? - Alerick se colocou na minha frente - Acha que Eoghan nunca foi para a guerra? Ele também matou pessoas, também torturou espiões do reino, também utilizou de "espólios de guerra" - O loiro se aproximou - E mesmo assim o povo lutou até seu último fôlego por ele e pela rainha.

- Mas eu não sou eles.

- Prefere deixar que todo o território de Thyrse seja usado pra construir as próximas instalações de guerra de Curcya? - Ele me perguntou.

- Do que está falando? - Olhei para ele.

- O rei pretende entrar em guerra com Fyora, um dos reinos do outro lado do mar - Arabella explicou - Nós vivemos lá por anos, a rainha conhecia seus pais e nos deu abrigo durante um tempo, ela nos enviou um pássaro com uma carta hoje, pedindo ajuda.

- Por isso ele queria casar Eiden com Daiana... - Murmurei mais para mim mesma, olhei para eles - Qual o nome do outro reino?

Eles se entreolharam, logo Arabella falou:

- Bravaria.

- O rei vai tentar se juntar com Bravaria, está tentando casar o príncipe com a herdeira de lá - Olhei para eles - Se conseguir ele vai destruir tudo que restou de Thyrse, e vai levar Fyora junto.

- O que podemos fazer? - Arabella perguntou.

Ele destruiria tudo. Destruiria o pouco que restou do que meus pais construíram. Destruiria o que restava do meu povo. O rei atacaria Fyora. Com a união entre Curcya e Bravaria, e Thyrse em ruínas, ele comandaria os dois continentes. A minha mente veio imagens de centenas de milhares de pessoas morrendo e sucumbindo ao rei tirano. Mais pessoas mandadas para campos de extermínio, mais pessoas torturadas, mortas na praça. Ele provavelmente criaria uma praça em cada reino. O pensamento me deixou tonta e me fez querer vomitar. Olhei para meus primos. E finalmente tomei uma decisão.

Rosellen - Crônicas de Magia e VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora