35 - Contagem Regressiva

21 4 3
                                    

Voltando para o quarto coloquei uma calça marrom de couro, uma blusa branca comum, botas pretas como sempre

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Voltando para o quarto coloquei uma calça marrom de couro, uma blusa branca comum, botas pretas como sempre. Procurei meu manto marrom simples, o coloquei sobre os ombros, depois prendi minha capa preta ao redor do pescoço. Levei menos de dez minutos para fazer isso, e ainda colocar minhas adagas escondidas pelo corpo.

Saí do quarto apenas para encontrar uma Vanya que resolveu não sair da posição anterior e permaneceu próxima de onde havíamos escondido as bombas de fumaça, embaixo do piso de madeira. Edwin estava jogado em um dos sofás e Darya tomava uma xícara de alguma coisa fumegante, chá talvez.

- Finalmente - Edwin se levantou ao dizer - Vamos que temos muito o que fazer.

Revirei os olhos para o idiota e me virei para Vanya.

- Vou voltar assim que possível pra testarmos a bomba - Ela apenas assentiu com a cabeça - A noite vou te passar o que puder com relação a luta.

- Não se preocupe - Ela falou piscando.

Respirei fundo e fui em direção a saída da casa murmurando um "Vamos" para Edwin e Darya. Saí da casa mesmo sem ver se estavam me seguindo, era um dia frio, estava ventando do lado de fora. Caminhamos sem muita conversa pelas ruas, até o primeiro ponto que iríamos, nas comunidades menores.

O local era basicamente um monte de casinhas de madeira ou materiais piores, todas caindo aos pedaços. O lugar era o que poderíamos chamar de favela, as casas tinham dois a três cômodos, moravam em torno de cinco pessoas por casa, os filhos mais velhos saíam para trabalhar no exército ou na guarda afim de receber dinheiro e enviar para a família.

Mas até mesmo o exército não pagava um grande valor, a guarda era a melhor escolha para a maioria, por que como a grande maioria dos guardas ficavam no castelo, comiam no castelo e treinavam ali também, o maior valor que ganhavam, enviavam para suas famílias.

Chegamos ao ponto central das comunidades menores, havia uma espécie de área circular, como uma praça, mas era cheia de barracas de madeira onde as pessoas vendiam alguns produtos. Abaixo das comunidades menores, você encontraria a maior parte do sistema de esgotos da cidade, e ali se escondia o Boca.

O Boca era nada mais nada menos que um mercado negro. Muitos comerciantes se escondiam ali para vender coisas que as pessoas queriam, mas os guardas não os permitiriam ter. Como exemplo, armas, drogas, ou até comida ou tecidos roubados dos barcos mercantes.

- Onde Atarah vai ficar? - Perguntei aos dois.

- No meio da praça dos comerciantes - Edwin respondeu - Vai ser exatamente o horário em que os comerciantes de cima e de baixo vão estar com mais movimento, ela vai conseguir atingir muita gente.

- Certo.

Comecei a olhar ao redor, haviam pouquíssimos guardas. No total, na praça, deveriam haver apenas uns cinco guardas, todos com espadas, mas estavam mais conversando entre si do que cuidando alguma coisa, não havia um posto dos guardas no local.

Rosellen - Crônicas de Magia e VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora