Em um reino onde a magia é proibida, uma garota luta para esconder seus poderes.
Trabalhando em prol de sua vingança, Rosellen, uma das líderes do movimento rebelde contra o rei de Curcya, se infiltra no castelo como uma criada, afim de descobrir a...
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Resumindo os dois dias seguintes:
Eu havia me juntado a Atarah e Edwin no treinamento dos soldados. Novos recrutas chegavam a cada dia. Eram de todas as idades e lugares. Apareceram ferreiros que nos ajudaram com as armas. Homens e mulheres com magia que viviam nas florestas e nos ajudaram a treinar outros rebeldes que também tinham magia mas não sabiam muito bem usar.
Até por que a única pessoa do grupo que tinha controle total (ou mais ou menos), sobre a própria magia, era eu. E eu não sabia como ensinar. Darya havia me ensinado a controlar, a não explodir em combustão, a não deixar que meus olhos brilhassem. Mas ensinar a usar essa magia? Como se ensina um transmorfo a transformar? Como se ensina um elementar a dobrar os elementos a seu favor? Como se ensina uma tocha humana temperamental a não incendiar uma floresta inteira?
Não eram perguntas que eu soubesse responder.
Vanya treinou bastante também. Quando não estava treinando, ela cuidava das crianças junto com Darya, às vezes liam para elas, às vezes ensinavam o básico para se defenderem. E não estavam erradas em fazer isso.
No final do primeiro dia, Enner apareceu com um rosto que eu bem conhecia, Cliver. Atrás deles vinham mais três homens e duas mulheres. Fugiram, explicou Enner quando perguntei. Aparentemente o rei estava surtando, fazendo os guardas e soldados treinarem mais, lutarem mais.
Ficamos bastante tempo escondidos no pavilhão, mas o ruivo voltou com a notícia de que houveram ataques aleatórios na capital e em outros locais do reino. As pessoas estavam se rebelando, fossem magics ou pessoas comuns. Era isso que eu queria, união, todos unidos contra um inimigo em comum, independente das diferenças entre si.
No segundo dia, Ressie finalmente voltou. "Arabella está com saudades!" Ele me disse assim que me viu.
- Nos veremos em breve - Confirmei com um suspiro.
Ressie ficou com Atarah vendo o total de números que tínhamos agora. Eu permanecia ao lado de Edwin, e agora Enner e Cliver, ajudando a treinar os recém-chegados. Notei que Vanya gostava de ficar com as crianças, mesmo quando Darya saía para resolver demais assuntos, a mulher permanecia com as crianças, brincando com elas, cuidando delas, simplesmente lhes dando a atenção que merecem.
Ao fim do segundo dia, nosso grupo sentou em um círculo para jantar. As duas mulheres que vieram com Enner eram criadas do castelo, não queriam lutar, então se puseram a ajudar com o que pudessem, inclusive fizeram um jantar incrível mesmo com as poucas coisas guardadas em nossos armários.
Claro que o fato de Cliver ter caçado um cervo ajudou. Com a quantidade de gente que estava conosco naquele momento, com sorte aquele cervo duraria três dias.
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